Capítulo 7- Recomeçar

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O guarda andava naqueles corredores cinzentos, alguns detentos faziam algazarram e outros apenas o observam. Caminhou até celas isoladas, parou em uma destrancando. Um jovem estava sentado em um canto da cela, usava uma camisa de manga longa e capuz, que a mesma cobria o seu rosto, e calça azul escura.

_ Ei garoto! – falou ríspido, o garoto nem se mexeu – Estou falando com você! Você tem visita.

O garoto apenas abriu seus olhos revelando seus orbes azul turquesas.

******

O homem de cabelos platinados olhava atentamente o quadro do seu "caso" que mais tirava o sono, ou melhor, "sugava" a sua vida nos últimos anos. Ali apenas havia fotos das cenas dos crimes, poucos depoimentos e nada concreto do suspeito. "Como poderia haver um crime tão perfeito?".

_ Pronto chefe! – entrou o rapaz loiro – Já trouxe a caixa que você me pediu.

_ Ótimo! – falou com seu sorriso – Mais antes Kira, fala sobre esse caso! – apontou para o quadro de cortiça.

_ O Caso do Shinigami Negro!? – perguntou supresso. O homem de cabelos platinados apenas confirmou com cabeça – Estamos nele mais ou menos 7 anos, as vitimas não tem um padrão: podendo ser grandes criminosos ou políticos. Às vezes a família toda é envolvida. O assassinato é bem rápido, por poucos depoimentos que conseguimos dizem é no torno de 15 segundos* e cena do crime praticamente é limpa por ele. Ninguém viu o seu rosto até hoje, usa uma mascara que parece um demônio. O nome no qual é referido é devido a figura de mitológica da morte por não haver nenhuma vitima sobrevivente.

_ Agora me responde: Há quanto tempo você não sai com a menina do arquivo?

_ O-o que isso tem haver Senhor? – corou um pouco

_ Oras apenas me responde Izuru.

_ Um bom tempo. – falou desaminado

_ E tem bons meses que não houve nada à relação esse caso?

_ Sim senhor.

_ Bom, pode arquivar isso tudo. – disse virando para o rapaz.

_ M-mas...

_ Acho que perdemos um pouco da nossa vida por causa do "Shinigami", não concorda? - interrompeu o loiro - Talvez tenham sido "mortos" por ele. – refletiu um pouco – Arquiva isso e peça que não envie nenhum caso parecido para nós. Quero só caso pequeno, entendido?

_ Sim senhor.

_ Ah! Aproveita e marca um encontro com a moça do arquivo. – riu – Tô sabendo que ela está solteira ainda. – riu do rapaz que estava sem jeito – Agora vou resolver coisas mais importantes para mim. – pegou o seu paletó que estava na cadeira e saiu da sala.

*********

O dia tinha sido sufocante para loira. Não por causa do trabalho e sim por maldito pensamento: Gin e o divorcio. Tudo que ela mais queria que ele aceitasse o divorcio e ela podia ser livre. Bem essa era a parte racional. Por que se olhar na parte emocional já é uma coisa totalmente diferente. Desejava o seu retorno, que ele estivesse no seu lado como velhos tempos.

O seu plano era simples naquela noite tomar um bom banho e ter uma boa noite de sono. Era, principalmente na parte boa noite de sono. Tinha acabado de trocar quando a campainha tocou. Olhou para o relógio que marcava 22:30 horas.

_ Mais que merda! – murmurou – Quem será o louco?

Caminhou para porta e olhou no olho mágico, deu dois passos para trás. "Não, não só posso estar louca..." a campainha ínsitia.

Passou a mão nos cabelos úmidos, tentando pensar um pouco. "Fingir que não escutei ou abra a porta?"

_ Ran, meu crisântemo, eu sei que você tá aí.

Aquela voz foi o estopim, destrancou as trancas da porta e a abriu de supetão:

_ O que faz aqui, Sr Ichimaru? – tentou demostrar brava.

_ Uau, adorei a recepção calorosa! – mantendo o seu sorriso – Principalmente do traje. – referiu a camisola curta seda preta que loira vestia.

_ Você ainda não me respondeu: o que faz aqui? – com tom mais firme.

_ O que mais eu poderia estar fazendo aqui? – entrou no apartamento e fechando a porta – O apê é meu também e vim para nosso lar. –sorriu.

_ Tá de brincadeira? – Depois de muito tempo você retorna de maior cara lavada? Aí tem coisa Gin.

_ Acho que estou de brincadeira? – fechou seu sorriso e demonstrou os orbes azuis claros – Em relação a você nunca estou de brincadeira. – tentou uma aproximação com a loira, a mesma recuou.

_ Só por uma noite? Angu de um dia não engorda cachorro...

_ Pelo menos o satisfaz. – aproximou um pouco

_ Não quero desse jeito.... – seus olhos lagrimejaram

_ Eu quero desculpar pelas minhas valhas que tive. – a envolveu nos seus braços. – Podemos recomeçar novamente, vamos esquecer-nos do divorcio.

_ Gin.... – já estava meio aos soluços – Você promete?

_ Prometo – sorriu sincero

_ Então tá. – afastou dele enxugando as lágrimas teimosas – Eu aceito as suas desculpas, mas tem duas condições.

_ Quais seriam?

_ Da próxima vez que você sumir sem explicação cabível, eu divorcio de você!

_ E a segunda?

_ Hoje dorme no sofá. – apontando para objeto.

_ Mas o que? Vou dividir com a Haineko – olhando para gata cinzenta gorda em cima do sofá.

_ Um pequeno castigo por me deixar sozinha – deu um sorriso zambeiro – Quem sabe... se seu comportamento melhore ao decorrer da semana, né? Podemos pensar .... – aproximou do rapaz – Fica assim não. – deu um beijo rápido nos lábios do rapaz – Isso é por ter voltado para casa... para mim – sorriu e saiu andando para o quarto.

_ Ei Ran, volta aqui. – chamou o rapaz e que ia atrás.

_ Boa noite, Gin! – fechou a porta do quarto antes que o rapaz entrasse.

Ele parou na porta, pensou a abrir. Apenas riu da situação que estava. Pelo menos seus planos estavam dando certo, estava de volta para mulher que tanto amava.

Trouble MakerOnde histórias criam vida. Descubra agora