Capítulo 53 - Demônios

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O jovem médico sentia o seu corpo sendo balançado pelo movimento do veículo. Ele tinha seus olhos vendados, tentou sentar, as suas mãos estavam atadas. Sentiu dores no seu corpo, talvez tivera levado uma surra ou ter tido apenas machucado pelo "passeio" de carro.

_ Olha a bela adormecida acordou. – ouviu uma voz que não conseguiu reconhecer. – Tem certeza que é para dá voltinha com ele? – parecia que tinha outra pessoa junto.

_ Foi que o chefe disse. – respondeu o outro – É apenas um passeio para ele refletir para não mexer com quem não deve atrever. Essas pessoas que fica vasculhando a vida dos outros.

_ Ah sim! – respondeu o outro – Pensei que poderíamos divertir um pouco – riu – Isso está muito chato.

Uryuu prestava atenção na conversa dos dois sujeitos. Será que... "Não pode ser! Isso é muito coincidência". Refletia em sua mente. Preferiu ficar quieto, mais cedo ou mais tarde, deverá descobrir mais coisas. Por mais que o medo estivesse instalado no seu corpo, era a melhor solução naquele momento. A única certeza, que não seria executado, pelo menos por enquanto.

O veículo foi parado bruscamente. Uryuu foi arremessado para lado com o impacto. Ouviu a porta do fogão abrir.

_ Vamos lá, almofadinha. – falou um dos compassas – Seu passeio acaba por aqui.

Jogou o jovem médico no asfalto, e puxou o saco de tecido preto que o cobria o rosto. Por um momento ficou desorientado. Ouviu o veículo que estava a partir. Olhou ao seu redor, estava em uma rodovia na entrada da cidade. Não havia trafego de veículos. Levantou do chão, caminhou pelas margens da rodovia em direção da cidade. Procurou nos bolsos a sua carteira. Ela não fora levada e nem a quantia que continha. Poderia andar até encontrar um posto, fazer uma ligação solicitando um taxi.

O caminho estava escuro e o modo que andava estava parecendo um bêbedo. Avistou um local iluminado a frente. Imaginou que lá poderia encontrar uma ajuda. Próximo ao local viu, uma moto estacionada. Andou apressadamente, parou ao avistar a figura. Um pouco mais alto que ele, usava uma máscara assustadora. Escondeu entre a grade e alguns materiais abandonados. Ficou aguardando o sujeito sair do local, foi quando viu a cabeleira laranja.

_ Não pode ser. – sussurrou.

***

A "lavanderia" estava agitada, Zaraki tinha reunido seus homens. Yumichika e Madarame estavam entre eles.

_ Está tudo pronto?

_ Sim. – respondeu Madarame – Tudo indica que ela está no comando. O motorista dela veio no bairro hoje de manhã.

_ Certo. –falou já andando até no carro – Em casa está tudo bem com a Yachiru?

_ Sim, deixei 5 seguranças para cuidar da casa. – o homem magro falou – Acredito que as duas estão seguras.

_ As duas? – o alto homem arqueou a sobrancelhas

_ Nozomi está lá.

_ Aquela garota – falou com desgosto – Vamos logo! – antes que entrasse no veiculo. – Atenção seus vermes. – gritou para os demais – Não vou aceitar nenhuma falha.

Os demais assentiram com a ordem do superior. Todos foram para seus postos. Uma guerra de gangue estava a prestes a começar.

***

As duas garotas estavam a conversar na cozinha. Yachiru estava achando maravilha, não ter a presença de Madarame ali, para importunar. Assim ela e Nozomi poderia conversar sem intervenções. Nozomi acabou se instalando na casa dos Kenpachi, após o incidente com a Unohana. Yachiru praticamente a tortura pelo este fato quase todos os dias. Mas como tinha criado uma empatia com a garota, praticamente a adotou como fosse um bichinho de estimação. A garota de cabelos rosas, de repente, tampa a boca da Nozomi com uma das mãos e faz sinal para que ficasse calada. Em resposta, Nozomi arregalou os olhos.

Trouble MakerOnde histórias criam vida. Descubra agora