•• Aninha Gomes ••
Em toda minha vida eu nunca vi um homem tão lindo como o And, ele tem um olhar negro muito penetrante, seu corpo nem tão musculoso mais também não é tão magro. Suas sobrancelhas grossas, suas pernas longas, ele realmente é um belo homem, irresistível. Ele resolveu tudo numa simplicidade assustadora, quando eu menos esperava, ele resolveu. Estou muito grata a esse homem.
Dentro daquele carro, foi impossível não olhar para ele e ficar fascinada, afinal não é sempre que surge um homem desses na nossa vida.
Ele pediu uma comida leve, comemos na mesa de jantar, foi bem difícil beber e comer na frente dele, ele parecia me olhar como se tentasse ver além de mim. Eu nunca fiquei tão impotente na frente de homem algum, ele me deixou assim.
Quando acabamos de comer ele foi para o banheiro tomar banho eu fiquei assistindo televisão, estava dando "Vai que cola- O filme " eu ria tanto que nem percebi quando ele saiu do banheiro. Ele passou uma toalha de rosto branca e nos cabelos o secando, uma tentativa sem sucesso. Ele era bastante alto eu me sinto um anão em sua frente. Seu corpo é maravilhoso ele está apenas de toalha, enquanto seca seus cabelos, meus olhos percorrem cada pedaço de seu corpo fazendo minha boca salivar. Fecho os olhos e tento nutrir essa sensação que eu nunca senti em apenas olhar para um homem. Mas, ele não é um homem qualquer, foi ele quem me ajudou hoje quando eu quase fui estuprada.
Quando eu abro os meus olhos ele não está mais lá deve ter ido para quarto por uma roupa. Eu não consigo tirar um sorriso dos lábios e fico que nem uma boba olhando para o corredor vazio.
— Então, esse é o plano? —
— a voz de Paulo Gustavo me arrancou uma risada exagerada.Eu havia esquecido do filme que agora pouco eu disse que era maravilhoso. Por causa de um par de músculos comestível. Sim, ele é comestível!
— Rindo sozinha? — sou surpreendida por ele que aparece vestindo uma calça moletom e uma camisa sem manga.
— É que eu amo o Paulo Gustavo — me defendo.
— Ah, ele parece ser um pouco — ele balbucia e logo continua. — Feminino demais.
Ele diz com seu sotaque carregado, e me entregando uma blusa de manga branca e uma cueca.
— É — fico sem jeito, e ele pareceu perceber.
— Essa cueca e a blusa são novas, bom eu não vejo porque não usar uma minha. — ele me explica sorrindo.
— Tá bem, obrigado! — seguro em mãos antes de pegar às coisas.
O banheiro era do tamanho do meu quarto na casa da minha avó, tinha um grande espelho e fiquei encarando o meu corpo por breves segundos, em seguida tirando o paletó dele. Olhando para o meu corpo nu, não sei o que os homens tanto veneram em mim. Quando mais nova eu gostava dos olhares sobre mim, eu gostava de me sentir desejada por homens mais velhos quando eu ia para rua. Mas, agora eu não vejo nada além de seios grandes cintura fina e quadril. Existem mulheres mais lindas, eu tenho vergonha do meu corpo por eu ter seios demais. Depois de vinte minutos naquela água quentinha desligo o chuveiro e saio do box me secando com a toalha. Visto a cueca que ele me deu, ela ficou parecendo um shortinho curto e peguei a blusa, e a vesti. Seco meu cabelo tirando o máximo de água possível pois estava ensopado.
Passo os meus dedos no meu cabelo os penteando, coloco todo ele para trás e saindo do banheiro logo em seguida.
— Pensei que estivesse morta. — brinca ele levantando e vindo até mim. — Vem, vou te levar para conhecer quarto aonde vai dormir.
— Tá bem! — murmuro.
Ele me pega pelo braço, eu reprimo um gemido mordendo os lábios inferior. Eu não posso estar tão desesperada assim? Ele continua me guiando pelo corredor até chegar em frente o quarto, ele abre a porta e eu entro, é bem aconchegante e luxuoso diferente do quarto que eu durmo.
— Obrigada!
— Não há de quê! Amanhã às sete te levarei para a empresa para pegar o seu carro.
— Obrigado mais uma vez And, por tudo. — agradeço.
Ele não respondeu, ele apenas sorriu se virou saindo, eu peguei o celular dentro da minha bolsa e coloquei para despertar, minha bolsa estava em cima da cama. O quarto é todo branco, a parte da janela é toda de vidro pegando até o chão, e tem um banheiro. Eu poderia ter tomado banho aqui e me livrado do constrangimento que foi eu ter saído com essa roupa do banheiro.
Depois de responder os meus amigos no whatsapp e de ter navegar um pouco na internet eu coloco ele para carregar e durmo ouvindo no fone Listem da Beyoncé.
Mamãe está na cozinha fazendo meu mingau de fubá que eu tanto amo. Eu acabei de sair do banho e fui para o meu quarto, peguei uma roupa e sinto como se alguém estivesse me olhando. Não tiro a toalha, coloco a calcinha por baixo da toalha e sinto duas mãos, uma tampando a minha boca e a outra soltando a toalha.
Mexo o meu corpo para todos os lados, fecho os meus olhos com força querendo que isso seja um pesadelo mais não é... Ele arranca a toalha do meu corpo, encostando aquelas mãos nojentas nos meus seios que estão começando a crescer. Choro querendo que ele pare. Ele não para, ele continua... Mas, mamãe me grita, então ele para mas não tira as mãos da minha boca. Ele pega uma faca enfia na minha cara e diz.
— Se você contar para a sua mãe. Eu mato você e ela, e os malditos dos seus irmãos. — ele diz fazendo um arranhão com a faca na minha barriga eu só assinto com a cabeça. — Boa menina.
Diz saindo pela porta do meu quarto, eu deito no chão abraçando as minhas pernas. Por que ele faz isso comigo?
Coloco a roupa, um casaco e uma calça, não quero ele olhando para o meu corpo. Ainda chorando volto para o banheiro e pego a gilete da mamãe e faço várias linhas no meu braço esquerdo. Eu só tenho nove anos e eles me machucam, eu queria me matar, mas não quero deixar a mamãe sozinha...
— Ou. Acorda. Ana. — sinto meu corpo ir para frente e para trás.
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(Concluído) O Indecente do meu Chefe
Romance#21Loucuras - 29 setembro Andrew Clark, quais são às palavras que definem este homem? Com certeza, compaixão não é uma delas. Ele é prepotente, indecente, imoral, devasso, arrebatador, marcante... São milhares de palavras que definem um único homem...