Trinta e oito - Gravidez de risco

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  Fui atendida rápido e se não fosse por Sebastian eu teria perdido o bebê.
Sim, eu estou grávida de dois meses e três dias. Chorei de felicidade e de alívio por não ter perdido o bebê. Agora a minha única preocupação é o Andrew, como ele deve estar. Pedi para Sebastian comprar minha passagem para Nova Iorque, que assim que eu conseguisse dinheiro eu o devolveria.

  Ele foi até a minha casa e pegou algumas roupas minhas, e trouxe para o hospital. Vou ter alta amanhã de manhã vamos direto para o aeroporto.

  Pego meu celular, e ligo para a minha avó.

— Alô, o que aconteceu com você? A ligação caiu!

— É que eu sofri um princípio de aborto, e desmaiei. Acordei toda suja de sangue e liguei para Sebastian... — ela me interrompeu.

— Princípio de aborto?

— É vó, eu estou grávida. Se não fosse por Sebastian eu teria perdido o bebê, mas graças a Deus. Tudo deu certo e o bebê está bem. Vou ter alta amanhã e vou direto para Nova Iorque. — eu disse sorrindo triste.

— Oh, meu amor! Tudo bem, vou avisar a Madalena. — ela disse.

— Tá bem! Vó como está o Andrew? — perguntei sentindo os meus olhos arder.

— Ele está na sala de observação. A operação foi um sucesso. — ela disse.

— Que bom, vó! Vou desligar agora, manda um beijo para a mãe dele e diz que eu sinto muito.

— Tá bem, meu amor! Vou falar sim. Tchau estamos te esperando.

— Tá bem, tchau.

  Desliguei o celular, respirei fundo algumas vezes. Meu coração se apertou um pouco, mas não chorei. Deus não vai permitir que nada aconteça com ele, como também não permitiu que nada acontecesse com meu filho e comigo.

  Como é bom poder falar, meu filho. Ele vai ter tudo que eu não tive, principalmente o amor de um pai. O Andrew vai ser o pai para os nossos filhos, ele vai amar. Eu nunca jamais, tiraria esse poder dele.

  Se eu descobrisse que estava grávida lá na frente, eu daria um jeito dele saber da verdade afinal ele é o pai. E eu não acho que teria o direito de tirar dele esse gosto.
 

   A noite passou lo de manhã tive alta eu estava nervosa. Mas não demonstrei se não eu não viajaria. Minha gravidez é de risco, e eu não posso deixar de ver o Andrew, então estou boa. Vou respirar fundo, isso é muito bom.

Respira

Inspira...

  Acabei dormindo a viagem toda. Sebastian estava um cavaleiro comigo, toda hora pergunta se quero alguma coisa, se tem algo me atrapalhando. Da até raiva e mandar ele se foder e caçar algo para fazer. Mas, não me dou a esse desfrute pois eu estou sendo levada a Nova Iorque com seu dinheiro.

— Você não parece bem! — ele comentou quando eu agarrei com força meu braço por causa do medo de altura e estou na janela.

— E... Eu tenho medo de altura! — comento.

— Por que, não me disse isso antes? — resmungou ele retirando o cinto e ia levantar quando eu o impedi.

— Tá maluco, só saio dessa cadeira quando o avião pousar. — eu disse sussurrando em seu ouvido ele riu.

— Tá, bem! Acho melhor você dormir a viagem vai ser longa.

...

...

...

  Felizmente o avião pousou, Sebastian insistiu tanto para eu passar no apartamento dele, que eu senti vontade de jogar ele fora do aeroporto. Mas não fiz e disse que só saía daquele aeroporto para o hospital, sem alternativas ele me levou.

  E nesse momento estamos no táxi indo para o hospital, e eu não sei se eu choro ou se eu me mato. Sei lá. Agora que estou quase chegando perto de onde ele está, meu coração se aperta dentro do meu peito.

  E se ele não quiser me ver? E se ele me mandar embora?

— Chegamos! — ele disse.

  Pagou o táxi, e eu nem me dei ao luxo de me gabar por estar em Nova Iorque, sendo que só vim por causa do Andrew.

  Entramos e eu segurei em seus braços, pois fiquei com medo. Estava de noite, as pessoas olham para mim e Sebastian... Melhor para mim com cara espantada, como se já me conhecesse.

  Subimos de elevador, e andamos um pouco até um sala, ele abriu a mesma. E lá eu vi, minha avó, e os pais de Andrew e uma moça loira, que assim que me olhou se levantou com raiva.

— O que essa cachorra está fazenos aqui? — gritou ela em inglês.

  Dona Madalena segurou Blair pelos braços a afastando de mim, que continuou a me ofender. Olhei para Sebastian procurando ajuda, essa situação estava me deixando constrangida.

— Chega de ofender a mãe do meu neto! — o senhor Clark levantou gritando com ela.

— Ne... Neto? — perguntou incrédula olhando olhando envolta da sala.

— Sim, ela está grávida. E quase perdeu o bebê, então se não for para cooperar saia daqui agora. — Sebastian disse.

  Ela bufou e voltou a se sentar, eu estava com os olhos cheios de lágrimas e sentindo meu corpo tremer. Que vergonha, agora eu sou tachada como amante dele?

  Olho para minha mão e vejo o anel de noivado e isso me dá forças.

— Não fica assim... — Sebastian sussurrou no meu ouvido.

  Me afastei dele e fui abraçar a minha avó ela me acolheu em seus braços e eu chorei. Me apertei em seus braços, e ela fez carinho na minha cabeça.
Quando afastei meu corpo do dela, senti uma tontura e me apoiei no braço dela, senti dois braços me segurar quando meu corpo foi ao chão.

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(Concluído) O Indecente do meu Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora