Me sinto culpada olho para seu rosto e não consigo decifrar sua reação. Nem sei por que eu bati na cara dele, me senti ofendida… Eu deveria estar agradecida pelo que ele fez a mim me ajudando e não com raiva.
— Me Desculpe Sr. Andrew. — balbucio as palavras, sem conseguir olhar nos seus olhos. — Mil desculpas, não…— ele me interrope.
— Senhor? — ele crava seus olhos nos meus. — Não sabia que um nome poderia mudar as coisas de ontem pra hoje.
— E como eu devo te chamar? — pergunto confusa, pois não sei aonde ele quer chegar com está conversa.
— Andrew… — diz desviando o olhar do meu. — Acho melhor irmos… Vou fingir que nada aconteceu, depois deste tapa que me deu. — ele murmura olhando no relógio.
Não digo mais nada, ele é o meu chefe eu tenho que me portar na frente dele. Fico vermelha se é que isso seja possível, tipo eu dormi com a blusa dele. Ele me ajudou em um momento que eu estava bastante sensível, ontem a noite ele me surpreendeu, pois ninguém além de minha avó me ajuda neste momento. Agora o medo que eu tive dele tentar algo comigo depois de tudo isso, acertar um tapa em sua cara... Não sei aonde eu estava com a cabeça.
— só faço merda. — murmuro baixinho quando nós estávamos em frente ao elevador.
— Disse algo? — perguntou.
— Não, eu não disse nada.
***
Meia hora depois eu estava na porta da empresa, Andrew fez questão que entrássemos juntos, eu não pude questionar. Quando entramos lado a lado, senti todos os olhares em cima de nós dois, parecia até que eu e ele fizemos algo errado. Caminhei com ele ao meu lado para a mesa de recepção, aonde Manuela me lançava um olhar crucial, de tipo: O que você fez amiga que você não me contou.
— Bom dia, Sr. Clark! — murmura ela. — Bom dia, Aninha!
— Bom dia, Manu! — digo lhe entregando o crachá.
Ela desvia para Andrew.
— Senhor, nós estamos um pouco sem saber o que fazer! Ontem ficamos sabendo do que houve que o Sr. Gustavo foi preso... — Andrew a interrompe fazendo-a se assustar.
— Não me lembro de ter pedido sua opinião, ou de ter falado algo do assunto, vamos Ana! — ele diz me puxando pelo braço.
Quem ele pensa que é pra me puxar.
— Ei, está me machucando. — resmungo tentando retirar suas mãos dos meus braços, pois ele estava apertando com força.
— Desculpe! — balbulcia, quando estávamos em frente ao elevador, ele ainda está com a mão em meu braço. — Ela é sua amiga?
— Sim, será que você pode me soltar! — Peço olhando para suas mãos.
— Ah, é claro! — sorri envergonhado me soltando, respira fundo. — Deveria escolher melhor as suas amizades.
Franzi o cenho o encarando sem me importar com os fofoqueiros.
— Não vejo nenhum problema com às minhas amizades! — me defendo. Eu hein, onde já se viu falar das amizades alheias.
— Ela se veste vulgarmente, te olhou com repulsa antes de falar amiga, e o pior quis chamar a minha atenção fazendo fofocas.
— Sei!
Eu também acho ela falsa, o que eu posso fazer? Nada! Ele é um ótimo observador. O elevador chega e entramos, olho para o meu vestido que está bem justo, meus seios estão quase esmagados pelo vestido. Levanto o rosto e vejo que ele olha para a minha bunda, respiro fundo e ajeito o meu cabelo. Será que ele escolheu o vestido sabendo ia ficar assim?
— Você é bem bonita. — enfim diz terminando a sua análise.
Não consigo responder, fico vermelha.
— Eu vou para a minha mesa... — digo apertando o número do andar.
— Não, eu tenho uma proposta para te fazer. — Andrew fala apertando o botão novamente.
— Tudo bem! — murmuro.
Eu não tenho escolha mesmo, o elevador sobe e alguns minutos ele para, Andrew saí e eu o sigo, ele entra em uma sala, que é grande e iluminada. A sua sala é linda, me pergunto por que eu nunca vim aqui antes. Sua voz e o seu sotaque, me arranca de meus pensamentos.
— Sente-se Ana — aponta para a cadeira a frente de sua mesa.
Me sento em uma das cadeiras de frente a ele, que se acomoda passando sua mão no queixo me observando.
— Bom, como você sabe, Gustavo não está mais na empresa e sendo assim você está com seu emprego em minhas mãos. — tnão acredito, ele me trouxe até aqui para me demitir. — Até eu decidir quem irá tomar a presidência, você trabalhará como minha assistente.
Minha boca abre e fecha rapidamente 4 vezes, eu não tinha pensado nisso, ele quer que seja a sua assistente?
— Como assim? — pergunto ainda surpresa.
— Achei que fosse mais esperta. Ana eu quero você me assessorando enquanto eu estiver no Brasil. Caso, eu tenha que viajar você virá comigo, seu salário irá dobrar, porque seu trabalho não será na empresa será comigo.
Isso é loucura! Eu não posso ser sua assistente.
— Desculpa, eu não posso aceitar. — falo desviando olhar.
— Sim, você pode. É isso ou rua! — afirmou ele.
Pensei na minha avó, em todo o seu sofrimento com as fraldas, com todo o dinheiro que eu dou a ela. Penso em meus irmão quando todo mês eu levo brinquedos para eles, penso em meu irmão mais velho que está preso por ser pego vendendo drogas. Eu não posso ficar desempregada, não agora. Não posso, eles precisam de mim. Meu sobrinho precisa. Sem pensar em mais nada eu o olho, ele está com um olhar nervoso.
— Tá bem, eu aceito! — digo rendida ele solta um pequeno suspiro.
— Vou te dá o número da minha secretária ela vai te passar todas as informações que precisa no momento. — ele me informa ligando o seu notebook.
— O que eu terei que fazer? — pergunto olhando em seus olhos.
— Ana terá que passar, limpar, me alimentar! — ele está muito palhaço para o meu gosto. —Falando sério, você passará a minha agenda, cuidará para que meu dia seja menos estressante, atenderá as minhas ligações. E por fim, não passará nenhuma ligação da minha esposa para mim.
Esposa... Ele disse esposa? Não, ele é casado
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(Concluído) O Indecente do meu Chefe
Romance#21Loucuras - 29 setembro Andrew Clark, quais são às palavras que definem este homem? Com certeza, compaixão não é uma delas. Ele é prepotente, indecente, imoral, devasso, arrebatador, marcante... São milhares de palavras que definem um único homem...