Dois meses se passou, e eu me sinto culpada pelo fim do meu relacionamento com o Andrew. Eu fui tola, ele não vai querer ficar comigo, não depois de eu ter o abandonado. Por incrível que pareça, ele foi embora para Nova Iorque, fiquei sabendo pelo Gabe que me contou sem eu pedir. Achou que eu iria atrás dele, mas não eu pedi tempo, e ele se foi. O que significa que nós dois não daríamos certo juntos.
Sebastian me procurou na casa da minha avó, que ainda está fazendo o tratamento nos Estados Unidos, me pediu para voltar para empresa. Eu não aceitei, disse que procuraria um emprego em algum lugar eu só precisaria da carta de recomendação da empresa.
Ele concordou, e me deu a chave da casa que Andrew comprou e colocou no meu nome, eu fui até lá. Precisava lembrar do som da sua voz, dei um fim no meu celular quando eu ouvi a mensagem de voz que ele me mandou. Eu não podia mais me machucar e o machucar, posso até ter sido egoísta, mas naquele momento foi necessário.
Me dei conta da merda que eu fiz, abandonando o homem que me pediu em casamento. O homem que faria tudo por mim. Eu tinha que ter escutado ele e ficado ele iria me proteger do mundo. Como eu preciso colocar comida dentro de casa, foi preciso que eu arranjasse uns bicos de diarista. Uma amiga da minha mãe, me deu o endereço de algumas mulheres, e eu fiz.
Semana passada fiz 6 diárias, eu ganhei quatrocentos reais de cada uma, que resultou em dor na coluna. Comprei um celular novo e coloquei outro chip, não instalei nenhum aplicativo. Paguei as contas atrasadas, e o dinheiro acabou depois da compra que eu fiz.
Olho para frente da casa e respiro fundo, estaciono o carro em frente a casa em uma vaga que tinha ali, e pego às chaves em mãos. Sinto meu corpo tremer quando eu entro na mesma, o Jardim está cheio de folhas espalhadas tudo parece abandonado. Abro a porta de entrada da sala de estar, e fecho os olhos tomando coragem para entrar.
A casa é simples nos olhos do Andrew, eu achei um exagero quando ele comprou. O Jardim da frente é enorme e atrás tem uma piscina. A casa é de dois andares em cima tem duas suítes, e dois quartos de hóspedes, um escritório e uma biblioteca. Aqui em baixo tem sala de jantar, de jogos e confortos, cozinha, um banheiro para visitas, quartos para empregados. Eu não posso esquecer da garagem, que é enorme.
Ele é muito exagerado, era só nos dois.
Limpo as lágrimas que desce de meus olhos, e entro, um filme se passa pela minha cabeça. Vou até o sofá, e sento no mesmo fecho os olhos e sou levada a dois meses atrás quando ele me pediu em casamento. Deito no sofá, e sinto algo me incomodar, mexo de leve e pego em mãos.
Abro a caixinha vermelha de camurça, sentindo minhas mãos tremer, meu coração bater mais forte. Abro e não consigo controlar a minha surpresa e decepção comigo mesma.
Era um anel de noivado, coloco ele na minha mão direita, e respiro fundo e deito no sofá.
— Me perdoa, meu amor! Eu te perdi... — digo em meio aos soluços.
Sinto meu novo celular tocar e atendo a única que tem meu número é a minha avó.
— Oi, vovó! — atendo.
— Minha filha, como você está? Está se sentindo bem? — ela pergunta.
Eu estranho seu desespero, por que eu falei com ela, tem pouco tempo!
— Estou sim, aconteceu alguma coisa? — pergunto sentindo minhas mãos suarem.
— Você não soube? — perguntou, meu coração começou a bater mais rápido. — Andrew sofreu um acidente de carro e estar em uma cirurgia.
— O QUÊ? — grito.
— Se acalme minha filha, falei com Madalena e ela vai mandar um jatinho te buscar. — tentou me acalmar e eu estava nervosa com o corpo tremendo.
— Não, não! Cadê ele? Me diz que ele está vivo, vó... Por favor! — não meu amor, não. — Por favor, me diz que ele está...
Narrado por Lúcia:
A ligação ficou muda, olhei para Madalena preocupada. Estamos sentadas esperando notícias do Andrew que deu entrada na sala de cirurgia agora pouco. Ela me pediu para avisar a Ana, e eu o fiz.
— Acho que a ligação caiu! — digo a ela com lágrimas nos olhos.
— Meu Deus! E agora? — perguntou, eu abracei apertando ela em meus braços e dando conforto para ela, como se fosse a minha filha.
— Calma, Madalena tudo vai dar certo. Deus não vai permitir que nada aconteça a ele. — eu a confortei.
— Você não entende, ele sofreu o acidente por que ele estava perturbado, a única que pode ajudar ele é ela.
— Eu sei, ela vai retornar a ligação.
Narrado por Ana:
Abri meus olhos sentindo uma dor na barriga muito forte, dei um grito alto, e senti minhas mãos tremendo. Olhei para a minha barriga e vi uma mancha vermelha.
— Aiiii... Socorro! — grito.
Peguei meu celular, eu iria ligar para alguém mais só tenho o número da minha avó, e ela está em outro país.
Lembro da agenda que ficava dentro da em cima da mesinha, me arrasto até láz procuro o número do Sebastian.Pego meu telefone e dígito seu número, espero ele atender.
— Alô?
— Sebastian sou eu Aninha... Por favor me ajuda, está doendo. Estou sangrando.
— O que aconteceu Ana? — ele perguntou eu não respondi e dei um grito de dor, e lágrimas começou a banhar os meus olhos. — Ana responde, aonde você está? Eu estava indo para Nova Iorque.
— Na casa que o Andrew comprou... Por favor, me ajuda! Não tenho mais ninguém.
A ligação caiu, eu me encolhi no chão sentindo muita dor. E agora que eu estou caindo na realidade, era o meu filho, mas um que eu estou perdendo.
— NÃO! — gritei chorando.
Os minutos pareciam horas, eu só pensava no Andrew e nesse bebê que eu estou perdendo. Não posso perder os dois, não posso.
— Ana... — ouvi a voz de Sebastian.
— Aqui... — disse com a voz fraca.
Ele entrou pela sala, e me viu no chão, com o celular na mão. Me pegou no colo, e me carregou até o seu carro, me colocou no Banco de trás.
— Vai sujar o seu carro. — resmunguei me encolhendo mais.
— Ah, como se isso fosse mais importante né? — ele respondeu.
Alguns minutos depois eu já estava sendo colocada em cima de uma maca.
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E agora hein? Será que vamos perder mais um herdeiro?
Será que Andrew vai sobreviver?
Qual foi a causa do seu acidente?
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(Concluído) O Indecente do meu Chefe
Romance#21Loucuras - 29 setembro Andrew Clark, quais são às palavras que definem este homem? Com certeza, compaixão não é uma delas. Ele é prepotente, indecente, imoral, devasso, arrebatador, marcante... São milhares de palavras que definem um único homem...