Saio do quarto com ele ao meu lado, nos dois pegamos o elevador juntos.
Estou vestindo um short cós alto e um cropped vermelho, por de baixo um biquíni preto tomara que caia.
— Aonde quer ir? — perguntou.
— Eu não conheço nada aqui, então acho justo você escolher... — digo.
Ele não diz nada, o elevador para, sinto o olhar das pessoas em cima de nos dois. E por um segundo fico incomodada, tudo parece tão mais calmo do que no Brasil. Às pessoas não se importam por eu ser negra e estar com um homem, gato gostoso.
Tenho certeza que essa viagem vai estar sempre guardada dentro do meu coração, vou tranca lo a sete chaves e jogar elas fora.
...
Ele escolheu um restaurante dentro do hotel, e todas as comidas são exóticas e eu comi feliz da vida.
Agora estamos andando pela areia da praia, ele não se importa com nada que está acontecendo aqui. Às mulheres estão sem a parte de cima do biquíni fazendo top les( não sei se escreve assim, mas me dê um crédito estou sem celular e esse é horrível), sentamos em uma sombra e eu apoio a minha cabeça no ombro dele.
Ele compra um côco para nos dois, eu sorrio para ele.
— Isso está perfeito! — murmuro deitando minha cabeça no seu ombro.— Essas mulheres não tem vergonha não?
— Elas estão acostumadas. — ele dá de ombros.
— Vamos nadar? — pergunto.
Ele me olha e assenti com a cabeça, eu sorrio e levando. Retiro o cropped e ajeito o biquíni nos meus seios no mesmo, logo depois deslizando o short pelo meu corpo.
— Pode colocando esta saia, Ana! — ele diz nervoso, eu olho para o meu corpo e ando para trás tentando ver o problema.
— Ah, não mesmo!
— digo séria. Qual o direito que acha que tem sobre mim?Coloco minhas coisas em um canto e retiro o chinelo, desfaço o coque no meu cabelo.
— Não me provoca, Aninha — ele diz mexendo no volume que se formou no seu short.
— Não estou te provocando, meu amor... Vou dar um mergulho. — digo e vou em direção da água da praia.
Ouço ele me gritar, mas finjo não ouvir. Ele está assim por causa do típico biquíni brasileiro, mesmo que essas mulheres estejam usando somente a parte de baixo eu estou com um minúsculo biquíni, que elas não usariam jamais.
Se estou com vergonha das cicatrizes? Não, jamais estaria, elas são a prova que eu venci.
Sinto o peso do olhar dos homens em cima de mim, mesmo que esses olhares não seja dele, eu estou me sentindo desejada. Eu sei que é por causa do meu corpo que está todo a mostra, modéstia parte eu tenho um corpo bem definido. Quadril largo, um pouquinho... Mas um pouquinho mesmo de bunda, também tenho a cintura fina e meus peitos. Diferente dessas mulheres que tem uma vara no lugar do corpo, mas enfim estou chamando mais atenção.
Coloco os pés na água e ela está incrivelmente claro e quente, eu sorrio e vou entrando aos poucos. De longe eu vi uns golfinhos pulando sorri, antes de mergulha. Quando eu mergulhei e levantei vi alguns homens me olhando, a primeira coisa que eu fiz foi ver o meu biquíni se tinha saído e não.
Um garoto surgiu a minha frente, por educação eu sorri o cumprimentando ele.
— Olá! — respondi em português.
— Ah, você também é brasileira. — ele disse, eu olhei por cima do ombro dele para ver Andrew e o vi conversando com uma mulher. — ... Qual é o seu nome?
Droga, nem ouvi o garoto falando.
- Ana... - digo saindo de perto dele e indo na direção do traste do Andrew.
Meu sangue está fervendo, meus olhos queimando de raiva. Filho de uma puta, passo direto por ele e pego às minhas coisas visto o short e vou em direção ao hotel sem olhar para ele.
— Ana? — Andrew me chama, aperto os meus passos e corro. — Eu estou te chamando, tá surda!
Sinto um cheiro estranho e sinto ânsia de vômito, me inclino na primeira lixeira que encontro e vomito tudo que eu comi. Andrew segura meus cabelo para trás, termino e ele compra uma água para mim.
— Você está bem? — perguntou me olhando preocupado.
— Estou foi aquela comida que me fez mal... — sorrio para e lembro da menina e soco o peito dele. — Seu filho da puta, quem era aquela sem sal... Hein?
Ele segura os meus braços e cai na gargalhada, e minha raiva aumenta.
— Ainda rir de mim? — pergunto gritando.
— Não, Ana. Ela estava me perguntando as horas... — ele disse.
— Foda-se finja não falar a porra da língua dela... — digo com raiva sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.
— Você está fazendo tempestade em um copo de água. Você veio com esse biquíni, mesmo eu tendo implorado para não vir. Você estava com conversando com a porra daquele cara lá, enquanto os outros te secavam... — ele diz exaltando a voz.
— QUEM QUIS VIR PARA O HAWAII FOI VOCÊ! — gritei revelando a barraqueira que eu nem sabia existir dentro de mim até encontra-lo.
Me virei e saí andando, fui em direção do hotel e mesmo não olhando para trás eu sei que Andrew está aqui, me seguindo.
— Boa tarde, senhorita! — não respondi e fiquei de braços cruzados esperando Andrew vir.
E me surpreendeu quando eu olhei para trás e ele não veio, vejo o cara que nos atendeu mais cedo e faço sinal para ele. O mesmo vem até mim, praticamente correndo.
— Diga senhorita...
— Preciso do cartão extra do quarto, vim trocar de roupa... digo forçando um sorriso, e tentando esconder a raiva que eu estava sentindo.
Ele foi pegar.
Subi sentindo os meus olhos se encherem de lágrimas, nesta suíte que por ser a mais cara por ter quatro cômodos. Dois quartos uma sala e cozinha, vou para o outro quarto e coloco a minha mala lá no canto. Me jogo na cama e choro, fico ali não sei por quanto tempo, só sei que escureceu e ele não apareceu.
Fui tomar banho e senti outra vontade de vomitar, e fui... Eu sempre fui cheia de palhaçada com alguns tipos de comidas, não faz bem para o meu estômago eu colocava tudo para fora.
Tomei um banho escovei os dentes e deitei, as lágrimas voltaram a se pôr no meus olhos só que eu não permiti que elas descessem. Fechei os olhos me forcei a dormi.
O sono não veio, vi quando Andrew chegou e não se importou de deitar ao meu lado com cheiro de bebida.
Eu não falei nada, amanhã eu converso com ele sobre tudo o que houve.
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Continua...
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(Concluído) O Indecente do meu Chefe
Romance#21Loucuras - 29 setembro Andrew Clark, quais são às palavras que definem este homem? Com certeza, compaixão não é uma delas. Ele é prepotente, indecente, imoral, devasso, arrebatador, marcante... São milhares de palavras que definem um único homem...