Os dias passaram, e eu estou muito irritada com o Andrew. Sabe aquela pessoa que fica o tempo te repreendedo dizendo que você vai se machucar se fizer alguma coisa?
Foi por isso que eu passei:
Não levante, você vai se machucar.
Pare de gritar, você vai acabar ficando sem voz.
Ana deixa que eu te ajudo.
Caralho, ele foi muito irritante. Ainda bem que hoje eu volto para minha casa, falei com ele que eu ia comprar umas coisas para minha avó e de lá eu ia pra casa. Depois viria para pegar às minhas coisas. Afinal, não rolou nada depois do banho. Sabe que desilusão fingimos que nada aconteceu? Pensando bem é melhor assim. Ele é casado, e eu não tive essa criação para ser amante de ninguém.
Só que não vou mentir, sonhei bastante com ele. Ele realmente me deixou bem, eu nunca vou me esquecer do que tivemos, foi especial para mim. Sim, muito!
Arrumei minhas malas, com as minhas roupas que estavam aqui. Tudo que ele havia me dado, eu deixei guardado. Peguei as chaves do meu carro, e caminhei em direção a porta de saída do apartamento. Tranquei a mesma com o cartão de acesso do apartamento, Andrew foi para empresa. Eu estou de licença, então eu tenho até quarta feira para ficar em casa. Tipo depois de amanhã, mas nem ligo. Meu aniversário está chegando, daqui a três dias eu vou fazer 22 anos. Irei com às meninas para uma boate Gay. Pelo fato da maioria delas serem homossexuais. Mas, realmente eu não ligo.
Quando eu conheci elas, eu tinha 15 anos, elas me ajudaram muito, e somos amiga até hoje. Na época eu ia a igreja, e todos às criticavam por seus gostos pelo mesmo sexo. Já eu nem ligava, eu cheguei a beijar duas meninas, mas não pense que elas influenciaram em algo pois não. Eu só fiquei em uma festa, depois elas souberam, e mesmo assim me disseram que eu fedia a heterossexualidade. Que eu não servia para ser lésbica, nem aqui nem com elas me chupando. Sabe o que eu fiz? Eu ri delas.
Já a igreja, eles não entendiam a nossa amizade. Eu amava elas, e amo até hoje. Eu fiquei muito mal, com uma coisa que aconteceu para me afastar da igreja. Foi assim, eu cantava na igreja no ministério de louvor, e vivia com as meninas. O pastor chegou em mim e pediu para eu me afastar delas se eu quisesse continuar na igreja. Eu não me afastei, e quando foi três dias depois, a minha líder do ministério de louvor praticamente me expulsou da igreja. Poxa, eu me senti muito mal. Eu só tinha em Deus um colo amigo, era só quando eu louvava a ele, que eu sentia uma paz.
No entanto, me tiraram isso. Me arrancaram dos braços do meu pai, meu único pai. Depois que eu saí da igreja eu fiquei sem chão, e foram elas. Sim, as meninas lésbicas que todos jugavam... A vergonha de toda a família me ajudaram e me deram colo amigo.
Foi aí que eu percebi que eu não preciso, de estar em um lugar, no caso igreja. Para ter Deus ao meu lado, eu sei que ele me ama, e que vela por mim, que nesse momento está orgulhoso de mim por eu ainda continuar amando ele.
Saindo de meus pensamentos, eu entro no elevador. Eu já disse como este hotel é chique? Se eu não disse eu vou dizer agora. A entrada do hotel no caso o hal, é cerca de 7 vezes a minha casa. Que é dois quartos, uma cozinha. Sala. Banheiro e um quintal, tudo simples. Nada muito exagerado. Já o hal deste hotel tem seis lustres, imensos e lindos. Sem contar às pessoas que parecem de outro mundo, eu jamais imaginaria que tem algumas pessoas ricas que são legais, gentis. Ah, mais tem aquelas que são tão esnobes e racistas, que por eu ser negra nem olharam na minha cara. Os funcionários são bem gentis, e legais.
Saio do hotel sorrindo, sem deixar de reparar nos olhares de surpresas de umas pessoas por me ver saindo do hotel. O manobrista do hotel me entrega as chaves reserva que deixei com ele, só agora me liguei que peguei a chave atoa. Sorrio sem graça para ele, e abro a carteira para pegar uma nota de vinte reais, já que eu não tenho mais dinheiro, esse eu estou tirando da gasolina da semana do meu carro.
— Não precisa! — ele disse.
— Ah, pelo amor de Deus! Não se faça de rogado e aceita, eu posso não ser rica, mas é de coração. — digo, e ele abre um sorriso mostrando uma covinha em sua bochecha esquerda.
Ele é fofinho.
— Senhorita Ana... Eu vou ser honesto com a senhorita, o senhor Andrew já me deu a gorjeta, bem mais que generosa. — ele disse sorrindo.
Eu gostei de sua sinceridade, sorri para ele e assenti com um aceno de cabeça. Liguei o ar-condicionado do meu carro e fechei os vidros deixando ele para trás. Eu não quero que ele perceba a minha raiva por causa do Andrew.
Chego ao shopping, compro novas roupas de cama e novas roupas para minha avó. Vejo se tem um lugar que faz canecas personalizadas com o rosto das pessoas.
Agora estou voltando para o apartamento do Andrew, que deve estar pé da vida por eu não ter esperado ele pra ir no shopping comigo. Entro no hotel e recebo um aceno do segurança, que eu vi a pouco tempo. Não faz nem duas horas que eu saí daqui, entro no elevador e subo um pouco receosa.Quando eu coloco o cartão para abrir a porta do apartamento, eu sinto um calafrio na minha espinha. Mesmo assim entro, olho de canto de olho para ver se Andrew chegou mais não vejo nada. Pelas pontas dos dedos eu vou para o meu quarto, e eu sou surpreendida por uma voz feminina que me faz parar estática aonde eu estava.
— Quem é você? — pergunta em um sotaque americano horrível.
Me viro para encarar a jovem menina, que veste apenas um shortinho curto e uma blusa Branca, ela tem os cabelos castanhos e estar sem salto e tem cara de criança.
— Eu sou Ana. O que faz aqui? — pergunto.
— Eu vim ver o Andrew, meu namorado. — ela disse, e eu tussi.
— Você disse namorado? — perguntei um pouco nervosa sentindo meus olhos encherem de lágrimas.
— Sim, eu falei com ele mês passado, não deu para eu vir... aí eu vim essa semana, ele me deu passagem direta para o apartamento, já que houve um imprevisto e ele não pode ir me buscar. — ela disse.
E eu me senti usada, pela milésima vez, ele tem uma amante além da esposa. Eu sei que essa não é a esposa dele pois eu pesquisei uma foto dela. Além de trair a esposa comigo, ele tem uma amante. É isso? Estou com nojo, dele e, principalmente de mim por ter me deixado ser usada por ele. Que homem nojento.
— Ah, então me desculpe senhorita. Eu sou a assistente dele, e só vim pegar as minhas coisas, pois passamos o final de semana trabalhando. Se me dê licença eu tenho que ir. — digo indo direto para o quarto e pegando a mala.
— Tudo bem! Tchau. Ah, você é linda. — ela balbucia.
— Obrigado, você também. Apenas me diga uma coisa, quantos anos você tem? — perguntei e ela inocente disse.
— 17... Em Dezembro eu faço 18. — eu fiquei horrorizada.
— Ah, tudo bem. Não vou mais te incomodar.
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(Concluído) O Indecente do meu Chefe
Romance#21Loucuras - 29 setembro Andrew Clark, quais são às palavras que definem este homem? Com certeza, compaixão não é uma delas. Ele é prepotente, indecente, imoral, devasso, arrebatador, marcante... São milhares de palavras que definem um único homem...