Trinta e sete- Bônus/Noite do acidente

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Narrado por Andrew:

  Esperei uma semana ela voltar, mas, ela não voltou, então com todos os meus problemas resolvidos, deixei nas mãos de Sebastian a empresa. Sei que ele é capaz de levar a empresa sozinho.

  Coloquei minha vida no eixo, não visitei minha mãe, só avisei que eu voltei e pedi para não vir me incomodar. Passei assimp que eu cheguei na boate New Dance bebi até esquecer meu nome, e no dia seguinte acordei no meu hotel. Novo apartamento que eu comprei e me mudei para lá, não tiraria a casa de Blair jamais.

  Na terça-feira, lá estava eu, de novo só que dessa vez fiquei mais bêbado a ponto de quase levar uma surra de um cara, por eu ter passado a mão no peito da namorada dela.

  Na quarta eu tive a visita inesperada de Blair, ela não me fez perguntas, na verdade não disse uma palavra. Ela somente retirou a bebida da minha mão e me levou para o quarto, me jogou dentro do chuveiro gelado. Me deixou meia hora lá de baixo, até o efeito de álcool passar, e no final jogou a roupa em cima de mim e saiu do apartamento.

  Na quinta-feira, não tive vontade de por um copo de bebida na boca eu estava com raiva de estar estragando a minha vida, por quem não merecia. Me arrumei coloquei uma roupa alegre e saí de casa, fui ver a mamãe, e a dona Lúcia que ainda estava em tratamento. Foi então que eu ouvi antes de abrir a porta do quarto dela.

— Filha você não pode fazer faxinas na casa de ninguém! Você está recém operada. — ela disse.

  A voz de Ana surgiu, acho que pelo viva voz do celular, fazendo meu corpo tremer e meu coração bater mais forte.

— Eu sei vó, eu não tenho opção. Todas as divididas estão atrasadas eu não tenho mais dinheiro, a senhora sabe disso. Eu não tenho pena de trabalhar, e nem vergonha de limpar vaso de ninguém. — ela disse, minha mão ficou ali travada na maçaneta da porta.

— Ana Carolina, você acabou de me dizer que fez 6 faxinas e já está morrendo de dor na coluna, e barriga no local da operação. Ainda vem me dizer que tem mais 8 na próxima semana. — dona Lúcia dizia com raiva.

  Eu comecei a me sentir mal por estar ouvindo atrás da porta, mas não só por isso por ela está passando por isso.

— Vó eu sei, mas é somente essa semana. Vou procurar trabalho em outra empresa, ou em qualquer lugar o mais rápido possível, a senhora sabe que eu não gosto de ficar parada. — ela disse.

— Tudo bem, você é quem sabe. Olha Ana, por que o menino voltou para cá... — ela disse e senti meu coração bater mais forte quando ouvi a sua voz.

— Vó, eu fiz a merda e nós dois nos separamos... Fui para Minas e quando caí em si de ter largado o homem que eu me apaixonei, só que quando eu voltei ele não estava. Então preferi deixar quieto, afinal eu fiz a minha escolha e ele a dele...

  Saí da casa da minha mãe sem me despedir. Na mesma noite eu bebi tanto que consegui comer três putas fantasiando ser a Ana.

  Sexta-feira pior dia de ressaca da minha vida não me deixei levar, bebi mais ainda. A verdade é que eu queria esquecer. Liguei para Sebastian e pedi para ele oferecer emprego a Ana. Ele me disse que ela não aceitou e só pediu uma carta de referência.

  Será que isso foi o nosso fim mesmo? Ela está tentando levar a vida dela, e eu afundando a minha cada vez mais fundo no álcool.

  No sábado eu fui ao encontro da minha casa com Blair. Convidei ela para jantar, a mesma aceitou sorridente e feliz. O jantar foi maravilhoso. Ela fez o favor de não me perguntar nada sobre o que aconteceu.

  Já no domingo, o dia demorou a passar, eu não sabia o que fazer. Escolhi ir para um bar perto da New Dance bebi três doses de tequila, e uma garrafa de vodka pura. Saí o bar era à noite, fui para Boate que era perto. Dancei até ficar de madrugada.

  Quando eu sai da boate ainda bebado e entrei no meu carro, dei partida. O mais rápido que eu conseguia, então imagens e cenas da última vez que eu vi ela começou a passar na minha cabeça.

  Eu pedindo ela em casamento e ela me beijando, eu achando que era um sim...

Não duvide jamais do meu amor Andrew... — sua voz soou.

  Uma buzina me tirou dos meus pensamentos, olhei para frente e desviei do caminhão. E meu carro bateu em outro carro, e capotou. Cada vez que ele batia no chão e girava, eu via o rosto da Ana chorando.

— Não por favor, Andrew... Resista! — era a voz dela.

  Como eu estava sem cinto meu corpo foi lançado alguns metro longe do carro, e o carro bateu em um posto de gasolina e explodiu. Eu via tudo e não me machuquei, mas logo senti uma dor muito forte na cabeça e nos braços e apaguei.

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(Concluído) O Indecente do meu Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora