Quinze - Cortes? Mutilação?

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Narrado por Andrew:

   Olho nos olhos dela e nesse momento eu desejo tomar ela para mim, fazer ela entender que joguinhos comigo não adiantaria. Que nem isso ela precisava, que eu queria ela de todas as formas...

Por cima.
Por baixo.
De quatro.
Rebolando.
Quicando.
Queria fazer um meia nove, mesmo que ela seja baixa dá para fazer.

   Mas, quando eu abri a suas pernas para ficar entre ela, seu semblante se contorceu. E eu resolvi não fazer nada, me afastei dela levantando da cama. Eu não posso fazer isso, não agora, vou esperar sua recuperação, ela acabou de ser operada. Mesmo que eu não aguente, terei que aguardar um pouco.

— Aonde você vai? — perguntou frustrada.

   Fui até a janela respirando fundo e voltei me sentando ao seu lado na cama. Seguro com a mão esquerda seu queixo e o levo até os meus lábios e a beijo. Sinto sua pele macia nos meus lábios, me fez ficar ainda mais duro. A vontade de foder com ela reapareceu, só que ela está recém operada e eu não quero machucar ela.

   Eu não vou mentir ela é uma mulher tentadora, eu sempre achei as negras com uma beleza inconfundível. As mulheres morenas tem uma pitada à mais, como seios... Umas que não tem seios tem os quadris longos. Lábios...

   Se você está se perguntando por que eu me casei com uma loura? Bom, eu tenho em Blair um braço amigo. Eu me casei por causa da empresa, foi mais por causa do pai dela que era sócio do papai. Então, eu me casei com ela. Eu já conhecia ela desde pequeno, então foi fácil... Ela era apaixonada por mim. Eu só não aceito que ela tenha outros relacionamentos, mesmo eu não sendo fiel a ela. Ela sempre soube disso, eu nunca escondi dela as minhas intenções.

— Ana, só deus sabe como eu estou me segurando para não te pegar neste momento e te foder... Só que eu estou pensando no seu bem. — digo, ela me encarou e fechou os olhos. — Ana, olhe para mim.

   Peço e quando ela voltou a abrir os olhos eles estavam cheios de lágrimas.

— Andrew eu não sei o que eu estou sentindo por você... — sussurra. —Eu nunca senti esse desejo que eu estou sentindo, ainda mais sendo o meu chefe. Isso está fora dos meus limites. Eu tenho sonhos e neles nenhum homem se encaixava... Até você aparecer.

   Tudo menos isso...

— Ana, eu também te desejo. — me limito nisso levantando da cama e andando de um lado para o outro.

   Estou frustrado comigo mesmo, como eu não pensei nessa possibilidade? Dela se apaixonar por mim? Antes eu não ligaria nenhum pouco com seu sentimento, mas agora? Ela? Eu não sei o que está acontecendo comigo. Eu quero proteger ela, quero cuidar de Ana com a minha vida.

— Não, eu não estou apaixonada por você... — murmurou parecendo com raiva de si mesma.

— E por um acaso eu pensava nisso? — perguntei usando um tom irônico, e sentindo meu sangue ferver.

— Não quis dizer isso. Andrew eu só quero te alertar uma coisa, eu não sou uma menina pobre que está atrás de um homem casado para viver uma vida de dondoca por troca de pau e dinheiro... — não acredito que ela usou uma palavra tão... tão chula. — Eu sou uma mulher que luta pelos sonhos, desde os meus 17 anos, desde o dia em que eu me mudei para a casa pra minha avó e tive que trabalhar para ajuda-la. Desde o dia que eu consegui uma bolsa integral na UESO, então pelo amor de deus não pense que eu estou falando que eu te desejo pelo seu dinheiro.

   Ela parecia aliviada.

   Mas, o que essa maluca está dizendo? Desde o dia que eu conheci ela, semana passada, eu vi nos olhos dela que não era interesseira, que se comportou comigo como ninguém nunca tentou se portar na minha frente. Eu me encantei pelo seu sorriso, ele é viciante. Eu me sinto em débito com Ana pelo tiro que ela levou do irmão, foi minha culpa. Se eu não tivesse chamado ela de puta, se eu não tivesse deixado ela sozinha. Talvez, ela estivesse neste momento em minha sala no escritório. O beijo não teria acontecido. Isso não estaria nessa conversa, sem nexo... Como se nós dois tivéssemos algo?

— Ana deite e descanse... A enfermeira deve está chegando. — digo indo até a porta.

— Vai lá, arregão. — gritou ela.

   Não olhei para trás, fui para fora do quarto, bati a porta com força. Ainda não está nem na hora do almoço, e eu já estou estressado. Era para eu ter ouvido o Sebatian e ter ficado bem longe dela, que Ana seria a minha perdição e que me deixaria sem controle algum. Chuto a parede e encosto a minha cabeça na mesma, antes que eu pudesse sair eu ouvi um solução.

   Ela está chorando? Não isso não tem motivo, por que ela está chorando? Eu ia abrir a porta, mas meu subconsciente me lembrou.

Deixa ela; essa daí não passa de uma empregada sua. Não se meta, vá até o bar e beba até a enfermeira chegar.

   E foi isso que eu fiz, fui até o bar que ficava no meu escritório fiquei lá bebendo. E pensando na merda que eu tinha na cabeça de ter beijado ela na escada... Na verdade ela ter me beijado. Às horas foi se passando, até que liguei para a recepção do hotel e pedi serviço de quarto. Ela não pode comer carne, nem frango... Nada que tenha gordura, por um mês. Pedi uma comida leve, peixe grelhado e bastante salada e arroz. Para mim eu pedi o mesmo só para não deixar ela intimidada. A enfermeira ainda não chegou, então decido ver como ela está e levá-la até a mesa de jantar para almoçar.

— Ana? — a chamo sem resposta. — Ana?

  Mais uma vez sem resposta.

   Abri as portas e ela estava deitada na cama, fui até ela e a mesma dormia como um anjo. Quando ela começou se debater como da última vez, segurei em seus braços, e lentamente eu acordei ela. Os seus olhos se abriram, parecia que eu estava no céu, se eu estiver não me tire dele. Quando realmente ela acordou se soltou dos meus braços, ela estava diferente. Ela coçou os olhos com as mãos e disse:

— Cadê a enfermeira? — perguntou ela.

— Ainda não chegou. — digo olhando em seus olhos que se desviaram dos meus.

— O que faz aqui? — perguntou.

— Vim te buscar para o almoço.

— Não estou com fome obrigada, agora se você pudesse me dar licença eu quero descansar, pois estou com dor... — resmungou deitando mais uma vez na cama.

— Ana, você não é mais uma criança... Vem... — eu disse a pegando pelo braço.

— Ai! — resmungou tampando os pulsos com as mãos.

   Eu não peguei com tanta força, ou o álcool está a mil no meu celebro, eu pego seu braço para ver se eu machuquei então eu fico paralisado com o que eu vejo. São marcas de cortes, ela esconde eles dentro de sua coberta. Eu fico espantando com o que meus olhos estão vendo, luto para não acreditar que seja verdade.

   Ela se cortou, foi isso?

— Ana o que isso significa? — perguntei.

   Ela não respondeu, então eu resolvi deitar ao seu lado até ele resolver falar o porque que ela fez isso.

Atitude legal, a dele né?
Andrew bonzinho😍😍😍

(Concluído) O Indecente do meu Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora