Onze- Minha namorada?

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Narrado por Andrew.

Idiota, é isso que você é.

   Deixei que ela ficasse sozinha por alguns minutos enquanto eu falava com Sebastian, e o ela fez? Ana fugiu da minha empresa. Liguei tem mais de meia hora para Taylor e pedi que ele rastreasse o número de celular dela, que eu iria até o inferno para encontra-lá.

   Desço as escadas da empresa correndo, ligando para Sebastian aviso a ele pra ir ao meu apartamento, falo o endereço. Sebastian recusou meu convite e disse que sairia com a irmã dele, que depois ele faria o que estou pedindo. Eu respondi que tudo bem, e desliguei o celular.

   Realmente eu não entendo esses dois, Sebastian e Florence não são irmão de sangue, mas eles também não se assumem logo. Os dois tem a preferência de sofrer, vivendo esse romance proibido às escondidas. Eu sei que a mãe deles não aceitaria, mesmo assim, ela não é irmã dele, eles não foram criados juntos, eles se amam de verdade. Sem nenhuma enrolação.

  Taylor me manda a mensagem com o endereço de onde ela estava, eu liguei no GPS do carro e segui o mesmo. Me deparei com uma praia, o lugar que eu tanto venerei de estar, aonde mulheres de biquínis minúsculos estariam, prontas para me darem o prazer que eu procurava. Mas, estou incomodado, a imagem de Ana usando biquíni minúsculo, e vários homens a desejando, fez meu corpo interio se arrepiar. A raiva me tomou. Não quero que nenhum homem que não seja eu, veja seu corpo perfeito. Somente eu.

Ei, está esquecendo que você ainda não viu? Ah, não me enche.

   Estaciono meu carro em uma vaga qualquer, começo procurar por ela mesmo de terno e gravata. Não acredito que estou na praia, no Rio de Janeiro de terno, isso é hilário. Fico andando olhando para os lados, e nada, depois de uns minutos vejo um alvoroço, e ouço um barulho de tiro. Meu coração começou a palpitar forte, minhas mãos a suar assim que meus olhos encontraram Ana caindo de joelhos. Ela gritou para o garoto que atirou nela, mandou ele fugir, ele correu muito. Eu comecei a correr em sua direção, quando eu a vi cair e meu corpo ficou tenso. Não me contive em ir até ela, a cada segundo que eu me aproximava, era uma emoção diferente. Medo. Perda. Solidão. Arrependimento.

Não, por favor!

  Quando vejo sua cabeça tombar no chão e as pessoas ficarem em sua volta - um bando de bastardos inúteis e imprestáveis -, corro em sua direção. De longe é possível ver alguns políciais se aproximarem. Afasto todos os idiotas parasitas, e me ajoelho em sua frente seguro sua cabeça com um pouco de tremor nas pernas.

— Ana! — murmuro seu nome e sou capaz de ouvir sua voz um pouco fraca, sussurrar um oi. — Stay with me... Please abandon. Keep your eyes open. — quando fico nervoso, não consigo pensar direito, então não consegui pronunciar as palavras em português.

— Tá... — suas palavras ficaram vagas quando seus olhos se fecharam.

— Please... Abandon... — suplico desesperado.

  Vejo seus olhos se abrirem.

— Andrew, cuida da minha avó se algo acontecer comigo? — suplica com a voz fraca. Nego, respiro fundo tentando controlar meu nervosismo.

— Nadla... Va ti acontecer... — tentei falar português mais ficou bastante carregada com o sotaque americano. — Liguem para emergência! — gritei para o pessoal a volta.

— Calma senhor ela já está a caminho! — um dos policiais respondeu.

  Volto a minha Ana, suas mãos estavam cheias de sangue que desciam cada vez mais, ela estava lutando para continuar acordada.

— Me perdoa por tudo que eu fiz hoje... Por tudo que eu falei. & consegui dizer mais calmo, olhando em seus olhos.

— É, claro. Andrew eu sei que esse não é o momento... — murmura e eu a interrompo.

— Por favor, não se esforça muito!

— Andrew, vem aqui. — me chama para ficar mais perto.

  Acho que vou fazer ela falar, assim é melhor dá tempo da ambulância chegar.

— Promete não contar para nenhum policial? — perguntou e eu assenti. — Foi meu irmão que atirou em mim.

  Meu mundo parou.

  Puta que pariu!

   Isso por um acaso foi algum filmezinho de ação? Sei lá! Como o irmão dela pode fazer isso? Um irmão, atirar na própria irmã. Abri meus olhos e olhei bem fundo nos olhos dela, ela sussurrou um por favor!

  Ana começou a gemeu de dor, e eu gritei pelo socorro que estava vindo. Os enfermeiros dá ambulância colocaram ela em uma maca, e a levaram para fora da areia e eu fui seguindo. Não me importa nem um pouco se meu carro iria ficar aqui, depois mando um dos meus empregados buscar.

— O que você é dela? — fui surpreendido por uns dos caras que me barrou quando tentei entrar na ambulância.

  Olhei para Ana, que agora seu semblante era de dor, ela estava chorando. O que eu sou dela? Chefe? Sim. Mas, isso não vai ajudar muito!

— Sou o namorado dela! — sussurrei.

Ele acentiu me dando passagem.

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Até mais...

(Concluído) O Indecente do meu Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora