Ciquenta- ( bônus Sebastian)

3.8K 390 9
                                    


Narrado por Sebastian:

— Eu te amo, Florence... — eu digo olhando nos olhos dela.

Tantos anos que eu luto contra esse sentimento, ela não é minha irmã de sangue, eu não morava com meus pais quando eles a adotaram, por que isso agora? Eu necessito dela comigo, preciso abraça-lá dizer que a amo que enfrentaremos nossos pais juntos.

— CHEGA! — gritou tapando ouvido. — Até quando? Chega de mentir para mim, chega de mentir para nós dois, Sebastian. Nós dois somos adultos eu estou com 24 anos e você com 34. Já sabemos que nosso amor é proibido, na nossa certidão está o nome do seu pai e sua mãe. Não posso mais sentir isso que eu sinto por você... — ela disse apontando o dedo na minha cara e às lágrimas desciam pelo seu rosto.

— Florence, eu abro mão de tudo por você! — eu disse segurando em suas mãos, a mesma tentou se afastar mas não permiti. — Eu abro mão do sobrenome dos meus pais, mas por favor não me obrigue a ficar longe de você. Eu não consigo, eu luto contra esse sentimento a mais de 12 anos. Por favor... — fui interrompido pelo telefone.

Eu não iria atender mas vi o nome de Andrew, e ele precisa de mim, falta pouco para descobrirmos aonde ele escondeu ela no morro do macaco.

— Andrew! — atendi, fiz um gesto com a mão para Florence ficar parada, ela sabia o que acontecia, por isso não protestou, acho.

— Sebastian, Gustave encontrou o paradeiro dela, ela estou indo para lá... — eu o interrompo.

— Não faça nada, Andrew. Me espere que eu te acompanho! — digo.

— Não posso esperar mais, meus filhos vão nascer daqui a duas semanas, eu não posso mais ficar parado... — ele respondeu.

— Tá bem, avisou os investigadores? Não vá sozinho, me espere em frente ao morro. Estarei lá em menos de meia hora. — digo pegando minha pistola e a colocando no cox dá calça e minha carteira.

—Tudo bem! —ele respondeu desligando.

Eu olhei para Florence que tinha seus olhos atentos em mim, eles estavam suplicante pedindo para eu não ir.

— Por favor, esse lugar deve ser perigoso eu não posso te perder. — ela disse e caminhou até mim, envolveu seus braços no meu corpo e eu senti suas lágrimas molhando o meu peito.

— Flor, você sabe melhor que ninguém que não devemos ajudar os amigos, Andrew sempre me ajudou. Ele sempre nos ajudou, e dessa vez não é a vida de uma pessoa e sim de dois seres pequenos. Dois bebês, que são inocentes nas mãos de um psicopata, eles estão com a vida em risco, e mesmo que eu te ame tanto não posso te colocar acima deles. — eu disse beijando o topo da sua cabeça e a afastando.

Deixei meu apartamento, que eu aluguei, e fui para a escada. Como o meu apartamento ficava no quarto andar, ir pela escadas não era nenhum problema. Fui direto no estacionamento do hotel, assim que vi meu carro, destravei ele. Entrei nele correndo, liguei e sai do prédio o mais rápido.

Liguei o GPS, e percebi que em menos de quinze minutos eu chegaria aonde eu queria.

Não demorou muito para eu ver os homens armados e a Ferrari de Andrew, só que o resto estava vazio. Gustave conversava com um homem que estava com cara de bandido que usava um fuzil em mãos. Andrew estava com ele. Me aproximei deles ocorrendo.

— ... Nós só queremos a garota! — Gustave disse.

— Olha só Play Boy aqui não tem garota nenhuma não... Já falei que o chefe disse para meter bala em cima de vocês. — ele disse apontando a arma.

— Pergunta quanto ele quer? — Andrew disse.

Eu olhei dele para o garoto.

— Agora sim está falando a nossa língua. — ele disse. Pegou um rádio no bolso e clicou em um botão. — Chefia ele perguntou quanto o senhor quer? Ah tudo bem! — ele entregou para Andrew.

— Seiscentos mil? Tudo bem. Não tenho como depositar hoje, nem como trazer o dinheiro agora...

.....

Estamos chegando perto de uma casa abandonada, eles disseram que a algum tempo um homem estranho trouxe uma moça para cá.

Eu estava com Andrew ao seu lado, e Gustave também com nós dois, jamais imaginaria Gustave estaria nos ajudando não depois dele descobrir a verdade entre mim e Florence.

Não metemos a polícia local, pois eles iriam querer prender esses bandidos, a verdade é que esse problema é deles. O nosso é a Ana, e as crianças.

— AH... — ouvimos um grito.

A voz estava fraca mas sabíamos de quem era, às pistas não estavam erradas era mesmo aqui. Andrew quis correr atrás dela, mas não permiti. Seguirei firme em seus braços o impedindo de cometer suicídio, indo até lá.

Narrado por Ana:

Senti uma dor muito forte, mas eu estava sozinha, melhor sozinha não. Amarrada com Gustavo morto na minha frente. Nunca vou esquecer dele se matando na minha frente, ele disse que me amava. Cortou o próprio pescoço, eu não quero mais ver ele morto. E para piorar acho que minha bolsa estourou, pois está saindo muita água de mim.

Eu estou com medo, eu estou com braços e pernas amarrados e só consigo gritar, mas mesmo assim estou fraca. O cheiro do defunto está começando a se espalhar no cômodo pequeno e fechado, e eu não estou conseguindo respirar direito.

Gustavo está morto desde manhã, e eu não sei o que fazer mas, comecei a sentir dores um pouco depois de vê-lo morrer na minha frente. Vejo alguns insetos vindo e começo a gritar, moscas ficam em cima do seu corpo.

— SOCORRO! PELO AMOR DE DEUS ALGUÉM ME TIRA DAQUI... — comecei a gritar, e às dores das construções aumentaram.

— ANDREW, POR FAVOR! NOSSOS FILHOS ESTÃO NASCENDO... — gritei, como se ele fosse me ouvir.

Eu comecei a suar frio, e minha visão começou a escurecer eu estava quase fechando os olhos, foi quando a porta foi arrancada e foi parar do outro lado quase me acertando.

Fechei meus olhos com força e o medo me tomou, pensei ter cido um dos capangas dele. Abri meus olhos ao lembrar que ele sempre esteve só, e vi os rostos assustados olhando para mim.

Eu também me olharia assim, não sei como estou viva, Gustavo bateu nos meus braços e pernas com um chicotes que deixou grandes arranhões e roxo, e tirando que estou com o sangue dele no meu corpo todo.

— VAI FICAR ME OLHANDO... ESTOU SENTINDO UMA DOR DO CARALHO, NÃO QUERO QUE MEUS FILHOS NASÇAM AQUI ME SOLTA. — eu gritei, pois a dor era tanta que eu nem deixava a emoção de ver Andrew me tomar.

_________________________

(Concluído) O Indecente do meu Chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora