— Merda! Saí da minha cabeça. — sussurro com lágrimas nos olhos.
Eu não quero lembrar, chega de me atormentar com essa porcaria de Gustavo. Nunca olhei nos olhos dos meus filhos, por me sentir uma mulher impura. Uma mulher violada, que não saberia amar ninguém mais. Tento de todas ás formas esquecer, mas se torna algo impossível.
E chega ser irritante ver Gustavo, lembrar dele, quando o que eu mais queria era esquecer aquele dia.
Gustavo apareceu com três homens, eles quatro abusaram de mim. Eu estava grávida de oito meses e uma semana. Na verdade como alguém como ele teve coragem de fazer aquilo comigo.
Levanto e vou até a ponta do quarto, que é meu agora. Andrew vem todos os dias, mas quem disse que eu consigo olhar nos olhos dele? Quem disse que eu consigo dizer que o mão? Dizer tudo o que aconteceu? Eu me prendi na minha própria prisão, e ninguém sabe como isso me atormenta todos os dias.
Nunca permiti que ninguém falasse o nome dos meus filhos perto de mim, eu não queria. Era simples, eu tinha medo de ser rejeitada por eles assim como eu os rejeitei. Me doeu muito o que eu fiz há cinco anos, os rejeitando. Era como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado do meu coração. Eu rejeitei meu filho, eu sou um monstro. Não mereço nada de ninguém, nem o amor do Andrew.
Hoje é o meu aniversário, os tão sonhados 28 anos. Que eu tanto ansiei quando eu era mais nova. Andrew pediu para eu me arrumar que ele queria almoçar comigo em uma parte da clínica, somente eu e ele. Vou ir pois quero dizer a ele, para ele ser feliz e me esquecer.
Coloquei um vestido que ele me mandou, algumas enfermeiras estão me ajudando com cabelo e maquiagem. Decidi não ir de salto, pois faz anos que eu não uso e só Deus se eu iria cair no primeiro passo.
Me vesti e por um momento eu não me reconheci, uma das enfermeiras me levou até o último andar da clínica, e ela sussurrou feliz aniversário no meu ouvido antes dela abrir às portas.
Uma escuridão tomou conta dos meus olhos, então eu abri os mesmo e um telão com umas imagens começou a passar.
Era eu e Andrew, no início da nossa viagem, eu estava feliz e ele também. Depois da minha gravides. Eu e o Andrew com ele com a câmera na minha barriga, ele passava a mão e beijava.
— Nossos filhos! — ele sussurrou beijando a minha barriga.
— Katherine e Lucas... Esses serão os nomes deles. — disse sorrindo.
— Por quê? — indagou ele.
— É muito complexo para você entender, Andrew. — sussurro.
Depois outro dos bebês e eu não aguentei e comecei a chorar, com uma música tocando imagens dos meus filhos começaram a passar. Eles brincando com o Andrew, eles crescendo. Aí outra imagem minha que eu gravei no celular dele apareceu.
— Não conta para ninguém meus amores, mas mamãe ama muito vocês! — sussurrou passando a mão na barriga. — Sim, Kathe mais que a mim mesma. Sim, Lucas mais que seu pai.
Mais lágrimas saíam dos meus olhos, eu não consegui a conter minhas mãos começaram a tremer.
Imagens dos primeiros passos deles apareceram no telão, eu estava soluçando. Grande era a emoção de ver meus dois filhos andando. Minha filha parecia comigo quando criança, nas suas primeiras palavras ela disse.
— Mamã! — ele me chamou de mãe e eu não estava lá para ouvir.
Depois o aniversário de dois anos deles, e na hora do pedido Andrew perguntou para o Lucas qual era o seu pedido. Ele disse com às poucos palavras que aprendeu a pronunciar.
— Que a mama, se cule. — essas palavras ascenderam uma chama de desespero dentro de mim.
— E o seu Princesa? — perguntou ele para a minha menina.
— Quelo que a mamã volte pla casa.... — alguns gemidos do choro escaparam dos meus lábios.
Às luzes se ascenderam e minha boca se abriu e meus olhos se arregalaram, eles estavam ali. Vi duas crianças começou a correr em minha direção, e a única coisa que eu fiz foi me abaixar e abrir meus braços. Eram os meus filhos. Eu perdi tanto deles, enquanto eles só queriam a mim ao lado deles.
— Mamãe, você é tão bonita! — sussurrou Kathe mexendo nos meus cabelos.
— Você me ama, mãe? — perguntou Lucas.
Eu olhei para o alto e Andrew me observava, ele estava com os olhos suplicante.
— Eu amo vocês mais que tudo na minha vida, me perdoem. — respondi abraçando os dois.
— Também te amo! Papai disse que estava doente, a senhora está bem? — perguntou Lucas.
— Estou melhor agora com vocês aqui.
— Ana? — Andrew me chamou.
Levantei depois de beijar minha filha, peguei ela no colo e abracei forte. Eles dois eram pequenos, eu peguei os dois no meu colo. Andrew pegou o Lucas do meu ele estava mais lindo. Me permito observar ele por um instante.
— Sabe o que eu mais quero de você? — ele pergunta.
Eu nego com a cabeça observando a festa que ele preparou, vendo todos os meus amigos ali com ele.
— Que se case comigo... — ele diz. — Ana Carolina Gomes de Freitas, aceita ser minha mulher. Prometo te amar e te respeitar, colocar suas decisões acima de tudo. Dar o melhor de mim sempre, cuidar para que a nossa vida seja melhor a cada ano que se passar. Eu só quero ficar ao seu lado, sempre. Aceita casar comigo?
Meus olhos ficaram um bom tempo arregalados. Eu não esperava isso dele, não agora. Eu vim disposta a acabar de uma vez por todas com alguma chance de nós dois ficarmos juntos. Daí ele faz isso, eu olho para os olhos da minha filha e não me sinto mais suja.
Eu me sinto amada e querida, sinto que eu posso esquecer de tudo, com a ajuda das pessoas que eu amo. E eu amo ele, amo estar com ele. Andrew é o homem mais doce e amável, e compreensivo que eu já conheci em toda a minha vida. Não posso deixar que ele se vá, não eu não posso. Eu não posso permitir que isso aconteça com nós dois. Não de novo.
— Andrew, eu sei que sou difícil. E de verdade obrigada por me amar, mas eu não posso... — ele ia me interromper, mas não permiti. — eu não posso fingir que nada aconteceu, dói todas às noites que eu acordo de madrugada e você não está lá, nem nossos filhos. Eu sei que eu errei, mas Andrew eu não posso mais viver sem você. — respiro fundo. — Por isso eu aceito ser sua esposa, na alegria e na tristeza na saúde e... Sempre.
E com isso ele me beijou, retribui o seu beijo.
Eu ainda sou amada, posso continuar a viver ao lado de pessoas que se importa comigo. Eu o amo e ele me ama. Nada mais tem importância.
Teu End!
FIM...
AINDA HOJE EU PUBLICO O EPILOGO.
Meus queridos leitores, ontem eu fui assaltada... Por isso não postei ontem, levaram meu telefone novinho que eu tinha comprado tem nem um mês. Consegui um novo, e estou retomando as postagens.
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(Concluído) O Indecente do meu Chefe
Roman d'amour#21Loucuras - 29 setembro Andrew Clark, quais são às palavras que definem este homem? Com certeza, compaixão não é uma delas. Ele é prepotente, indecente, imoral, devasso, arrebatador, marcante... São milhares de palavras que definem um único homem...