65. O Desespero

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Ele chega de mancinho em seu quarto, mas Beatriz ouve o barulho dá porta se abrindo, e leva a sua atenção até ele. Um leve sorriso brota em seu rosto.
Beatriz estava pálida, abatida e muito fraca. Seu parto teve complicações gravíssimas, e ela ainda estava sobre o efeito da anestesia.

Diogo: Oi meu amor, como está se sentindo?

Beatriz: Fraca! Estou com muito sono, e muito sede. Você poderia pegar um copo com água pra mim? - murmura

Diogo: Claro!

Ele caminha até uma mesinha, aonde havia uma jarra com água e um copo, ele despeja um pouco de água no copo, e dá para Beatriz tomar.
Ela faz um leve movimento para se inclinar, mas é interrompida por Diogo.

Diogo: Não faça esforço, deixa que eu te dou. - ele leva o copo até sua boca, inclina e desepeja um pouco de água na boca de Beatriz.

Beatriz: Brigada! - ela agradece. - Você viu nossos filhos? - ela sussura com um sorriso no rosto.

Diogo fica sério, e receoso. Ele não saberia como dar a notícia da perda do seu filho, para Beatriz.

Diogo: Vi sim meu amor. - ele coloca o copo, na outra mesa que havia ao lado da cama onde Beatriz estava. - Você me deu uma menininha linda, é tão linda quanto você, Beatriz! - ele passa seu dedo polegar em seu rosto.

Beatriz: E meu menino, você o viu, ele também é lindo, como você? - ele sorrir ao falar.

Diogo recua, abaixa a cabeça, passa sua mão por seu pescoço, respira fundo, mas quando ele ia falar, Beatriz percebi sua aflição e seu nervosismo.

Beatriz: Diogo, porque está tão nervoso, o que foi, o que aconteceu com o meu filho. Não te deixaram ver é isso? - pergunta aflita

Diogo: Não Beatriz, não deixaram eu vê-lo. O nosso filho, ele...ele.. Ér, como que eu posso te falar isso meu Deus!

Beatriz o olha com desespero, seus olhos já estavam ficando marejados.

Beatriz: Ele o que Diogo, chega de rodeios, me diz o que, que tem o meu menino? - ordena.

Diogo: Meu amor, o nosso menino, ele..ele, infelizmente não resistiu! O nosso filho morreu! - ele abaixa a cabeça e chora.

Beatriz fica atônita, ao ouvir que o seu filho havia morrido, ela leva um choque de realidade, sua expressão era de desespero, havia lágrimas em seus olhos, ela reprimia um choro, mas aquela dor foi bem mais forte que ela, e uma lágrima percorria em seu rosto.
Ela se vira para o outro lado, e chora desesperadamente.

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