Acidente

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— Por favor, você poderia nos informar se Marina Schneider deu entrada nesse hospital? — Pergunto à atendente, logo que chegamos ao endereço que Lúcia nos informou.
— Só um minuto, por favor. — Ela procura em seu sistema. — Sim. Marina Schneider, deu entrada às 17:35.
— Como ela está? Você sabe nos dizer?
— Não sei sobre o atual quadro da paciente, mas sei que ela se envolveu em um grave acidente de carro.
— Ai, meu Deus! — Troco olhares com Caíque. — Obrigada, moça.
— Por nada. — A atendente sorri rapidamente.
— Vai ficar tudo bem. — Caíque me abraça de lado, beijando minha têmpora.
— Tomara. Cadê o Nathan que não chega?
— Ele deve ter pego algum engarrafamento. O hospital é bem afastado.

Mordo meu lábio, sentando-me.

— Ai, finalmente! — Avisto Nathan entrando desesperado, seguido por Catarina, mãe de Marina, após longos trinta minutos de espera

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— Ai, finalmente! — Avisto Nathan entrando desesperado, seguido por Catarina, mãe de Marina, após longos trinta minutos de espera.
— Cadê ela, Helena?
— Só sabemos que ela está internada aqui e que sofreu um acidente de carro. Eles só passam informações para familiares.
— Eu quero saber onde está minha filha! Onde ela está? Cadê a Marina? — Catarina se altera e grita pela recepção.
— Calma, dona Catarina. — Vou ao seu encontro, enquanto ela chora compulsivamente. 
— A minha menina... Por que ela? Por que não eu?

Eu a abraço.

— Ela vai ficar bem. A Marina é muito forte.
— Com licença. — Uma enfermeira se aproxima. — Vocês procuram por Marina Schneider?
— Sim. — Caíque toma a frente. — Você sabe nos informar sobre seu estado?
— Infelizmente, o quadro de saúde dela ainda é delicado... — Neste momento, sinto as pernas de Catarina perderem a força. — Porém estável. A Doutora Eliana dará mais detalhes a vocês.
— Eu posso ver minha filha? Por favor... Eu preciso vê-la. — Catarina pede em meio a soluços.
— Vou ver o que posso fazer pela senhora. Venha comigo. — A enfermeira acolhe Catarina pelos ombros e a leva corredor adentro.

— Isso é tudo culpa minha. — Nathan trava o maxilar, tentando segurar o choro.
— Não diga bobagens, Than. Não é sua culpa. — Acaricio seu ombro.
— É sim! Nada disso teria acontecido se eu tivesse dado atenção à ela!
— Se é culpa sua ou não, isso é o que menos importa agora. — Caíque interfere. — O que temos que fazer agora é rezar para Marina se recuperar logo e descobrirmos quem está por trás desse "acidente".
— Como assim? Você acha que tem alguém por trás disso? — Nathan questiona.
— Com certeza. Olha, pensem... — Caíque aponta com a cabeça para o seguirmos até o lado de fora. — Vocês não acham muita coincidência ela se encontrar com um cara suspeito há alguns dias atrás, ir procurar o Senhor Perfeito aflita e logo depois sofrer um acidente que quase a mata? Qual é, só eu assisto filmes policiais por aqui? — Pergunta com as mãos na cintura.
— É, faz sentido. — Mordo meu lábio.
— Odeio admitir isso, mas... Você tem razão, Caíque.
— É claro que tenho!
— Mas quem poderia querer fazer mal à Marina?
— Não sei, Nathan. Mas a primeira coisa que temos que descobrir é quem era o tal cara com quem ela se encontrou. Ele pode ser a chave de tudo.
— Então nós vamos atrás dele. Estamos juntos nessa? — Olho-os.
— O que diz, Caíque? — Nathan se vira para ele.
— Pela Marina, não por você. Que fique claro.

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