Peças se encaixando

5.1K 424 133
                                    

Oi meus amores, tudo bem com vocês?
Estou repostando esse capítulo, pois percebi que há falhas na postagem anterior e algumas leitoras não conseguiram comentar ou votar. Se perceberem mais algum erro, por favor, me avisem.

Grande beijo,

💙

— Que casal peculiar. — Caíque alfineta, encostado à parede, logo que passo pelo corredor, na volta do almoço.
— Eu devo responder ou simplesmente ignorar e fingir que não te ouvi? — Pergunto ironicamente, sem me virar para encará-lo.
— Você já respondeu.

Reviro os olhos e volto a caminhar, ainda sem o olhar, até que sua mão me impede de prosseguir.

— Ei, espera. Nós precisamos conversar, Helena.
— Não precisamos, não. — Me livro de sua mão.
— Você não entende, não é?
— O que? Que você é um completo idiota, fraco e totalmente manipulável? — Disparo. — Claro que eu entendo.
— Nossa, quantos elogios. — Caíque ri fraco. — Apesar de todas as ofensas, eu continuo me preocupando com você. E me dá arrepios vê-la naquela sala, sob a mira de Otávio.
— Acredite, não é nada confortável para mim também.
— Então, por que você insiste em ficar lá, recebendo ordens daquele cretino?
— Ele é o vice presidente. Tenho que acatar suas ordens de qualquer forma.
— Ele está querendo manipular você, Helena!
— Fique tranquilo. Porque, ao contrário de você, eu não sou manipulável. 

Caíque posta as mãos na cintura, suspirando.

— Eu sei que não é. E isso é o que temo. Quando Otávio não conseguir o que quer com você, o que acha que ele fará?

Suspiro.

— Ele tentará se livrar de mim de qualquer forma, Caíque.
— Mas não precisa ser assim. Você não precisa passar por isso.
— Essa é a questão. Não se trata só de mim, se trata de todos nós. Se trata da segurança das pessoas que amo. E eu não posso e não vou simplesmente ignorar essa situação. Eu só vou parar quando colocarmos esse mau caráter na cadeia!

Caíque me olha e sorri de canto.

— O que foi? — Pergunto, um pouco constrangida.
— Eu te amo tanto. — Sussurra.

Meu coração dá um salto, implorando para que eu responda que o sentimento é recíproco.

— Laila discordaria dessa afirmação. — Desvio meu olhar, ignorando as batidas descompassadas em meu peito. — Por falar nisso, onde ela está?
— Eu não sei. — Ele responde com frieza. — E para ser sincero, não me importo.
— Pois deveria. — Dou tapinhas em seu ombro, me despedindo. — Bem, vou voltar ao trabalho. Até mais.

Cruzo os corredores até a sala de Otávio, que ainda se encontra vazia, e começo a organizar algumas papeladas.

Pouco depois, abro uma gaveta à procura de uma pasta e acabo encontrando uma foto antiga de família, bem ao fundo. Nela, estão um casal sorridente acompanhado de duas crianças, uma menina pequena, de aparência frágil, e um garoto com um belo sorriso estampado no rosto. Sorriso esse que, de alguma forma, me parece familiar.

— Otávio? — Passo meu indicador sobre a foto, distraidamente.

Em seguida, pego meu celular dentro da bolsa e registro a foto em minha galeria. Mal a coloco de volta na gaveta, quando alguém bate na porta.

— Helena, estão lhe chamando no RH. — Marcela avisa, colocando a cabeça para dentro da sala.
— Ah, certo. Já estou indo, Marcela. Obrigada.
— Por nada. — Ela sorri e se vai.

Plano B  Onde histórias criam vida. Descubra agora