Helena perdeu seus pais em um trágico acidente, ainda muito nova. Desde então, trabalha duro para sustentar a casa e oferecer uma vida digna à sua irmã, Alice.
As dificuldades a fizeram ter sede de vitória e traçar um plano para sua vida: se formar...
— Nossa, eu estou incluso nesse pedido? — Caíque finge surpresa. — Então deve ser realmente sério. — Caíque! — Repreendo-o. — O que aconteceu, Than? — Me aproximo dele, segurando os braços. — A Marina... — O que tem ela? — Ela desapareceu. — Como assim, desapareceu? — É tudo minha culpa! — Nathan anda de um lado para o outro, desesperado. — Eu não impedi ela de ir e agora ela pode estar correndo perigo e eu nem sei por onde começar a procurar. — Ei, fica calmo, nós vamos achá-la. — Pouso minha mão em seu ombro. — Mas antes você precisa nos contar o que aconteceu.
Nathan suspira, antes de começar.
— Ela foi até meu trabalho pela manhã e estava... Estranha. Parecia preocupada, como se quisesse me contar alguma coisa. — Ele faz um gesto negativo com a cabeça. — Mas eu estava tão atarefado que não dei atenção à ela, pensei que fosse algo sem importância. Fui grosso, agi como um idiota. — O Senhor Perfeito comete erros? Uau! — Caíque ironiza, mexendo em um enfeite. — Ei, para! O assunto é sério! — Repreendo Caíque novamente. — Ok, desculpe. — Ele ergue as mãos. — Mas, quem é essa Marina? E por que você pediu minha ajuda também? — Por que achei que talvez você poderia saber onde ela está. — Nathan responde. — E por que eu saberia? — Porque você a conhece. — Eu conheço? — Caíque reflete por alguns segundos. — Espera... Não vai me dizer que a Marina que você está procurando é a... — Marina Schneider. — A filha do Otávio?
Nathan concorda com a cabeça.
— Agora quem não entendeu fui eu. Você conhece a Marina e também o pai dela? — Olho para Caíque. — Nós conhecemos. O pai dela é o Otávio, vice presidente da empresa. — Ah, está de brincadeira?! — Infelizmente, não. — Caíque balança a cabeça, em sinal de reprovação. —Ela é tão bacana... Não merece o pai que tem. — Que mundo pequeno. Eu sempre achei estranho ela não falar sobre o pai... — Ela quase nunca fala sobre ele. — Nathan responde. — Mas também, ter um pai como Otávio não é nenhum motivo de orgulho. — Ele é tão ruim assim? — Questiono. — Você não faz ideia, amor. — Amor? Nossa! — Nathan resmunga. — Inveja, Barolli? — Caíque provoca. — Ei, chega! Vocês dois! — Encaro-os. —Than, você já a procurou em algum lugar? — Já fui na casa dela, na casa da avó... Até no hotel em que Otávio está hospedado eu fui. E nada. Ninguém sabe onde ela está. Seu celular só dá fora de área... — Ele suspira. — Eu só consigo pensar no pior. — Não podemos pensar assim. — Seguro suas mãos. — Ela está bem. E nós vamos achá-la. — Com licença... — Lúcia surge na sala. — Devo colocar um lugar a mais na mesa? — Obrigada, Lúcia, mas não será necessário. Nem nós iremos jantar agora. — Faço uma pausa. — Uma amiga nossa está desaparecida. — Meu Deus! Há algo que eu possa fazer para ajudar? — Há sim. — Respondo após refletir por alguns segundos. — Ligue para quantos hospitais conseguir e pergunte por Marina Schneider. Se conseguir alguma informação, me ligue. — Claro, Helena. Vou ligar para a polícia também. — Obrigada, Lúcia. — Pego minha bolsa e com um gesto de cabeça, Caíque e Nathan me seguem em direção à porta. — Vão com Deus. — Lúcia se despede, fechando a porta.
— Você acha que aconteceu algo mais sério com ela? — Caíque pergunta. — Deus queira que não. — Suspiro, antes de entrar no carro.
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— Nada aqui também. Algum outro lugar? — Caíque olha em volta, com as mãos na cintura. — Já rodamos metade dessa cidade. Não é possível que ninguém a tenha visto. — Aqui as pessoas vivem com pressa, mal reparam umas nas outras. — É nessas horas que sinto falta da minha cidade. — Suspiro, olhando em volta. — Certo... Uma última tentativa? — Claro. Onde? — Armazém do Alemão. Minha despedida de solteira foi lá. É um dos lugares preferidos da Ma. — Você fez uma despedida de solteira? — Coisa das meninas. — Desconverso. — Vamos? — Vamos.
Entramos no carro e partimos em direção ao Armazém.
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— Oi, Alemão. — Cumprimento o dono do bar, que mexe em seu notebook. — Oi, boa noite. — Ele sorri, simpático. — Posso ajudá-los? — Por favor, nós precisamos de uma informação. — É claro. — Não sei se você se lembra de mim. Eu estive aqui algumas vezes há um tempo atrás com uma amiga. — Vejo tantas pessoas todos os dias aqui... Mas seu rosto realmente não me é estranho. — Será que dela você se lembra? Ela se chama Marina, é loira, cabelos na altura dos ombros, olhos verdes... Mais ou menos dessa altura. — Mostro um palmo acima de minha cabeça. — Ah, claro. Marina Schneider? — Ele sorri. — Isso, essa mesma! Por acaso ela passou por aqui? — Hoje não. Mas ela esteve aqui ontem, com um rapaz. — Rapaz? Como ele era? — Caíque pergunta. — Alto, traços asiáticos e muito bem vestido. — Algum namorado, talvez? — Acho que não. A conversa deles estava bem séria para um casal.
Caíque e eu trocamos olhares.
— Mas, por que essas perguntas? Aconteceu algo com ela? — É o que estamos tentando descobrir. Ela desapareceu hoje, pela manhã. — Nossa. — Se você souber de algo, qualquer coisa, por favor, nos avise Alemão. Estamos realmente preocupados. — Caíque pede, antes de pegar um pedaço de papel e uma caneta no balcão e anotar seu número. — Pode deixar, qualquer notícia eu aviso vocês. — Ele pega o papel das mãos de Caíque. — Desejo boa sorte na busca. — Obrigado.
— Quem será esse cara? — Pergunto para Caíque, enquanto voltamos para o carro. — Não sei. Mas essa história está ficando cada vez mais estranha.
Voltando para casa, meu celular toca. É Nathan.
— Oi, Than. — Le, alguma novidade por aí ? — Sobre onde a Ma possa estar não, mas soubemosonde ela esteve ontem. — Onde? — No Armazém do Alemão. — Ah... Ela adora esse lugar. — É, mas elaseencontroucom uma pessoa lá. — Pessoa? Quem? —Aí é que está. O Alemão o descreveu como alto, bem vestido e asiático. Tem ideia de quem possa ser? — Não. Será que esse cara tem algo a ver com o sumiçodela? — Isso nós vamos ter quedescobrir. Ondevocêestá? — Aqui na casa da Marina.Entramos em contatocom a polícia, elesvão iniciar as buscas. — Than... Eujáte retorno. A Lúciaestá me ligando. — Ok.
Desligo e atendo Lúcia.
— Alô. — Helena. Achei sua amiga! — Graças a Deus, Lúcia! Onde ela está? — No Hospital Santa Cruz. Não me deram muitas informações, mas pelo visto o caso é grave.