Helena perdeu seus pais em um trágico acidente, ainda muito nova. Desde então, trabalha duro para sustentar a casa e oferecer uma vida digna à sua irmã, Alice.
As dificuldades a fizeram ter sede de vitória e traçar um plano para sua vida: se formar...
— Quem é aquele cara? — Ele pergunta em um sussurro. — Tecnicamente, — meneio a cabeça — meu marido. — Como é? Você é casada? — Pois é... Surpresa. — Sorrio rápido, notoriamente constrangida. — Agora entra logo, que o Leo está te esperando. — Certo. — Harry me lança um olhar desconfiado e o ouço sussurrar antes de entrar: — Casada?
Após isso, respiro fundo e vou até Caíque.
— Caíque, eu... — Não precisa dizer nada, Helena. — Ele me interrompe, enfiando as mãos nos bolsos. — Está tudo bem. — Certo. — Mordo meu lábio. — Então... Como você nos achou aqui? — Nathan. — Ah, é claro. — Sorrio fraco. — Agora, me explica direito essa história. Como foi que Chang levou um tiro? — Vamos ali fora. — Caminho até a saída do Pronto Atendimento.
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— Então, quer dizer que Otávio sequestrou Alice e está te chantageando para ajudá-lo a destruir minha família? — Exatamente. — Que cara maldito! — Leo rastreou o celular de Alice até o suposto cativeiro, na intenção de salvá-la e nos livrar dessa chantagem, mas quando chegamos lá... — Suspiro. — Era uma armadilha. — Otávio é muito mais esperto do que julgamos. — Eu não sei mais o que fazer, Caíque. Estou completamente desesperada. — Termino a frase com lágrimas nos olhos.
Caíque segura meus braços carinhosamente.
— Vai ficar tudo bem, Helena. Eu prometo.
Respiro fundo, tentando controlar o turbilhão de emoções que estou sentindo e consinto em silêncio.
— Encontrei vocês. — Nathan vem a passos rápidos em nossa direção. — Onde a Marina está? — No carro. Ela está bem abalada com todas as memórias vindo à tona sem parar. — Memórias? Ela está se lembrando? — Caíque questiona. — É tudo minha culpa. — Suspiro. — Eu saí despejando tantas informações em cima dela e... — Você não tem culpa de nada, Le. Uma hora ou outra isso iria acontecer. E todos nós esperávamos muito por isso, inclusive ela. — Do que Marina se lembra, exatamente? — De tudo, Caíque. Absolutamente tudo. — Caramba, isso é ótimo! — Não para ela. Imagine como Marina está se sentindo. — Ela está confusa, mas vai se sentir melhor após algumas horas de sono. E acho que vocês deveriam fazer o mesmo. Todos nós tivemos emoções demais para um só dia. — Nem me fale. — Suspiro. — Than, muito obrigada. Por tudo. — Não foi nada. — Ele me abraça. — Se tiver qualquer notícia de Alice, me ligue, ok? — Pode deixar. — Até mais, amigo. — Nathan se vira para Caíque. — Até. — Ele aperta sua mão. — Vá com cuidado. — Pode deixar. — Vão com Deus. — Amém, Le. — Nathan acena e se vai.
— Você deveria seguir o conselho do seu amigo. — Não posso deixar o Leo sozinho aqui. E se Otávio decidir terminar o que começou? — Ele não fará nada a Leonardo dentro de um hospital. — Eu não teria tanta certeza assim. — Me lembro da vez em que quase fomos mortos à mando do mesmo. — Ok, vamos fazer o seguinte: eu vou, pessoalmente, pedir uma atenção redobrada ao quarto de Leonardo. Se necessário, até colocar um guarda de prontidão na porta. Depois vou levá-la para tomar um banho, descansar e mais tarde voltamos. Tudo bem assim? — Está bem. — Olho o céu, distraída. — Nossa, que horas são? — Já passa de três da manhã. — Caramba! — Pois é. A hora passou voando, não é mesmo? — Muito. — Bom, vou tomar as devidas providências. Você me espera aqui? — Sim.