Acho que Te Amo

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— Graças a Deus o senhor está bem! — Lúcia comemora, assim que entramos em casa.
— O que está acontecendo? Todo mundo resolveu se preocupar comigo hoje? — Caíque sorri, cambaleando levemente.
— O bonitinho estava enchendo a cara, acredita Lúcia?
— Que exagero, eu nem bebi tanto assim.
— Seu cheiro diz exatamente o contrário!
— Ei, sem brigas, por favor. — Lúcia intervém. — Por que vocês não sobem para tomar um banho, enquanto eu preparo um caldo quentinho, no capricho?
— Boa ideia, Lúcia. — Caíque sorri e lhe aplica um beijo na bochecha. — Obrigado por se preocupar comigo.
— Por nada. — Ela sorri em um misto de surpresa e constrangimento, levemente ruborizada.
— Pensando bem, Caíque... — Sorrio, com os braços cruzados, observando a cena. — Beba mais vezes.

— Hum

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— Hum... Esse caldo é maravilhoso!
— É mesmo. E cura uma bebedeira como nenhum outro.
— Você quem o diga, né? — Limpo seu queixo, sorrindo.
— Pois é.
— Sabe... Você me surpreendeu.
— Mais uma vez?
— Mais uma vez.

Ele sorri.

— E por qual motivo?
— O jeito como tratou Lúcia agora a pouco.

Ele sorri fraco, dando uma colherada em seu caldo.

— Fui impulsivo. Que vergonha.
— Não foi vergonhoso, foi bonito. Vergonhoso é a forma como os trata quando age com sua razão. "Senhor Caique" é um pouco demais, não acha?
— Meu pai sempre disse que tenho que me impor para ser respeitado.
— Desculpe, mas seu pai está errado. Você tem que respeitar para ser respeitado. Não é porque eles o chamam de senhor, que nutrem algum respeito por você. Talvez só zelem por seus empregos.
— E me achem um babaca mimado.
— Também. — Meneio a cabeça. — Mas não acho que seja o caso.
— É o que todos acham.
— Eu não acho.

Ele sorri.

— Já é o suficiente para mim.

Sorrio também.

— E então, como foi o passeio?
— Bom. — Penso em contar sobre o beijo, mas desisto. Penso em perguntar sobre o vaso quebrado, mas também não o faço. — Estamos bem.

Ele consente.

— Caíque, lembra da conversa que tivemos em nosso primeiro almoço na empresa?
— Sim. Por quê?
— Você disse que tem muita coisa que eu não sei sobre você. Sabe, agora é uma boa hora para me contar.
— Se eu contar, você não vai acreditar.
— Tente.
— Não. Tenho uma ideia melhor.
— E qual é?
— Vou te mostrar.
— Agora?
— Não. — Faz uma pausa. — Que dia é amanhã?
— Sábado?!
— Ótimo.

Encaro-o, sem entender.

— Amanhã você vai entender. Agora come, antes que esfrie.

Sorrio.

— Você apronta uma bagunça danada aqui dentro. — Aponto para minha cabeça.
— E aqui? — Ele aponta para meu coração. — O que eu faço?
— Ainda estou tentando descobrir.

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