Helena perdeu seus pais em um trágico acidente, ainda muito nova. Desde então, trabalha duro para sustentar a casa e oferecer uma vida digna à sua irmã, Alice.
As dificuldades a fizeram ter sede de vitória e traçar um plano para sua vida: se formar...
— Adivinha quem é a nova estrela da campanha da West? — Paro à porta da sala de Caíque, radiante. — Minha cunhada?
Concordo com a cabeça, sorrindo.
— Eu tinha certeza que ela conseguiria, Alice é linda. — Teve a quem puxar. — Pisco. — Claro que teve. — Caíque sorri, fecha o notebook e vem ao meu encontro. — Depois do trabalho vamos até lá, parabenizá-la. — Combinado. Agora vamos almoçar? — Vamos, comilona.
Sorrio e o beijo.
— Bom almoço, casal. — Laila sorri quando passa por nós no corredor.
Eu apenas olho para Caíque, que dá de ombros.
— Otávio não veio trabalhar hoje. — Ele comenta durante o almoço. — Já era de se esperar, não é? — Sei lá, posso estar enganado, mas... — Mas?
Ele estala a língua.
— Deixa para lá. — Odeio isso. — Semicerro os olhos. —Começou, termina! — De algum jeito, — Caíque diminui o tom de sua voz — acho que Otávio está envolvido nisso. — No acidente da Marina? — Acompanho-o. — E também no encontro misterioso entre ela e o japa. — Japa? Já parou para pensar que ele pode ser chinês? Ou talvez até coreano? Por que todo mundo sempre associa asiáticos a japoneses? — Costume. — Dá de ombros.
Nesse momento, uma mensagem chega em meu celular.
— É o Nathan. — Leio a mensagem. — O que o carrapato quer? — Caíque dá um gole em seu suco. — Ai, meu Deus. A Marina. — Olho-o. — Ela entrou em coma.
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Um mês depois
— Helena! — Caíque me grita, da sala. — Venha aqui, depressa! — O que foi? — Vou correndo ao seu encontro. — Tinha um cara nos espionando. — Ele mantém o olhar fixo para fora, parado em frente à janela. — Nos espionando? Tem certeza? — Claro que tenho. Ele estava parado bem ali, — aponta para o jardim — olhando aqui para dentro. — Você viu como ele era? — Vi. Está preparada? — Ele se vira para mim.
Concordo com a cabeça.
— É o japa com quem a Marina se encontrou. — Sério? — Ou é exatamente igual ao cara das gravações do Alemão. — Caíque olha mais uma vez pela janela, antes de continuar. — O mais curioso é que ele me deixou vê-lo, como se quisesse que eu o reconhecesse. — Ele para com as mãos na cintura. — Nós passamos um mês inteiro procurando por ele, por qualquer pista e nada, o cara parecia ter virado fumaça. Agora ele simplesmente aparece na porta da nossa casa e deixa ser visto? — Ele pode estar querendo algo de nós. — A questão é: o quê?
Mordo meu lábio.
Caíque vem até mim e me envolve pela cintura.
— Essa história pode ser mais perigosa do que imaginávamos. Temo por você, por sua segurança. Nunca vou me perdoar se algo te acontecer. — Você vai estar comigo? — Meus olhos vão de encontro aos seus. — Sempre! — Então eu não temo nada.