Helena perdeu seus pais em um trágico acidente, ainda muito nova. Desde então, trabalha duro para sustentar a casa e oferecer uma vida digna à sua irmã, Alice.
As dificuldades a fizeram ter sede de vitória e traçar um plano para sua vida: se formar...
— Bom dia, Jorge. — Entro com dois capuccinos nas mãos e lhe entrego um. — Bom dia, Helena. Obrigado.
Sorrio e me sento.
— E então, muito trabalho para hoje? — Ah, sim. Muito! — Já temia por essa resposta. — Dou um gole em meu capuccino, antes de botar a mão na massa.
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Quatro horas depois
— Hora de almoçar, Helena. — Graças a Deus. — Suspiro, me espreguiçando na cadeira.
Jorge ri.
— Vá se acostumando. Essa semana será toda assim. — Vou precisar de uma dose extra de cafeína, então. — Seremos dois. — Ele me estende a mão. — Vamos? — Vamos. — Levanto e, com o braço entrelaçado ao de Jorge, me encaminho até o restaurante da empresa.
— Boa tarde, Jorge. — Laila sorri, quando nos cruzamos no corredor. — Helena. — Olá Laila. — Jorge retribui o sorriso.
Eu aceno com a cabeça.
— O que deu nela? — Cochicho, quando Laila some de vista. — Não faço a mínima ideia.
— Oi, meu amor. — Caíque vem sorrindo ao meu encontro. — Olá, Jorge. — Oi. — Sorrio e selo seus lábios. — Caíque. — Jorge o cumprimenta. — Vejo que finalmente resolveu levar a empresa a sério. — Acho que sua afirmação teria que ser um pouco diferente, Jorge. — Por exemplo? — Que eu finamente resolvi levar minha vida a sério.
Caíque sorri para mim.
— Estou muito feliz por você, rapaz. — Jorge dá dois tapinhas em suas costas. — Muito feliz mesmo. — Obrigado, Jorge. — Ele sorri. — Bom, vamos almoçar? — Vamos!
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— Eu estou achando essa mudança de atitude dela muito esquisita. — Comento sobre Laila, enquanto almoçamos. — Tudo bem que ela não está se esforçando para parecer simpática, mas também não está sendo extremamente irônica ou agressiva, como de costume. — Ela está aprontando alguma. — Caíque afirma. — Eu conheço a Laila, ela não mede esforços para ter o que quer. Para ela: " Os fins justificam os meios." — E se ela simplesmente não te quer mais? — Palpito. — Talvez depois que você tenha deixado seu lado badboy para trás, não seja mais tão atraente assim para ela. — Bons moços não são atraentes? — Ele franze o cenho. — Para mim, são.
Caíque sorri.
— De qualquer maneira, é bom ficarmos atentos. — Jorge opina. — Penso como Caíque: Laila está aprontando alguma. Vem chumbo grosso por aí!
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— Lar, doce lar. — Me alongo, jogando a bolsa no sofá.
Caíque envolve minha cintura, virando-me de frente para ele.
— Uau. — Sorrio e lhe beijo. — Sabe, eu estava pensando... — No quê? — Você acredita em destino? — Levando em conta tudo o que está acontecendo... — Reflito por um segundo. — É, eu acredito sim. — Acho que você estava predestinada a se mudar para cá, me conhecer e se casar comigo. — Ele sorri. — Com mil lanchonetes na cidade, você foi parar justamente na que eu estava. — Completamente sem rumo... Desesperada. — Me lembro. — E eu? Feito um louco procurando por uma noiva!
Dou uma risada.
— Daí vem você com o pedido de casamento mais inusitado que eu poderia receber. "Vamos nos casar? Preciso recuperar meus bens." — Imito-o. — Eu não falei bem assim. — Ele ri. — Mas realmente, era só nisso que eu pensava... No meu dinheiro. — Balança a cabeça negativamente. — Eu até que te entendo... Você foi criado assim. Não sei se eu seria diferente se tivesse nascido rica, poderosa, com o mundo aos meus pés. — Gesticulo. — Você seria. — Como tem tanta certeza? — Você tem uma alma bonita. E almas bonitas não se corrompem.
Sorrio fraco.
— Você sempre fala em como eu ou o Paulo somos bons. — Acaricio seu rosto. — Mas você também é. — Não. Não sou, não. — Ele desvia o olhar para o chão. — Eu sou egoísta, orgulhoso e arrogante. Já fiz mal a muita gente. — Não foi isso que eu vi quando você se propôs a salvar a vida da Camélia. — Eu usei a situação da Camélia para me beneficiar. — Ele trava o maxilar. — Eu sabia que você aceitaria se casar comigo se eu ajudasse.
Mordo meu lábio.
— Eu sou desprezível. — Caíque sorri com tristeza. — Não, você não é. Você me protegeu quando eu estava apavorada com a tempestade, você construiu uma estufa com suas próprias mãos para me deixar feliz. Isso sem falar na alegria que você proporciona para aquelas crianças com seu violão e suas histórias. — Seguro seu rosto. — Você é uma boa pessoa, só precisa acreditar nisso. E o que você já fez de mal realmente não pode ser desfeito, mas serve de aprendizado e um exemplo a não se repetir.
Ele sorri.
— Conhecer você foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, sabia? — Ele acaricia meu rosto. — E você foi o melhor negócio da minha. — Ah, então é isso o que sou pra você? Um negócio bem sucedido? — É claro. Quem em sã consciência não gostaria de se casar com o cara mais rico e cobiçado da cidade? — Dou de ombros, em tom de brincadeira. — Cheia de gracinhas.
Dou uma risada.
— Você me resgatou da solidão que eu mesma me sentenciei, Caíque. E não tem dinheiro no mundo que pague isso. Que pague o que eu sinto por você.
Ele sorri e me puxa para um beijo lento e desejoso. Só paramos quando a campainha toca.
— Péssima hora. — Caíque reclama. — Está esperando alguém? — Eu não. E você?
Ele nega com a cabeça. Em seguida, vai até a porta e a abre.
— Você de novo? — Oi para você também, Caíque. — Reconheço a voz de Nathan. — Posso entrar? — Vai adiantar eu falar que não? — Caique resmunga, dando-lhe passagem. — Than, o que houve? — Vou até ele. — Preciso de sua ajuda. — Ele suspira. — Da ajuda de vocês dois, na verdade. E provavelmente, nunca vou me perdoar por pedir isso.