Helena perdeu seus pais em um trágico acidente, ainda muito nova. Desde então, trabalha duro para sustentar a casa e oferecer uma vida digna à sua irmã, Alice.
As dificuldades a fizeram ter sede de vitória e traçar um plano para sua vida: se formar...
— Como eu pude viver tanto tempo sem você? — É o que eu me pergunto todos os dias. — Passo as mãos por seu rosto, beijando-o em seguida.
Caíque me toma em seus braços novamente e caminha até a água.
— Você falou que não ia fazer isso! — Não falei, não. — Ele sorri e se joga na água comigo. — Você não fez isso! — Me levanto, passando a mão por meus cabelos completamente encharcados. — Ah, eu fiz sim. — Ele ri. — Muito obrigada por estragar meu look "esposa do cara que tem uma praia particular"! — Você fica ainda mais linda assim. — Ele corre os olhos por todo meu corpo.
Mordo meu lábio e o puxo pela camisa.
Nosso beijo é intenso e profundo e nossas roupas já não se fazem mais necessárias.
O som do mar se torna nossa trilha sonora e a areia branca vira nossa cama.
E aqui, com a natureza de testemunha, fazemos amor.
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— Te achei. — Caíque me surpreende andando pela areia da praia, já pela manhã. — Bom dia. — Me viro, sorrindo. — Por que não me acordou? — Você teve pesadelos a noite toda. — Acaricio seu rosto. — Merecia descansar um pouco mais.
Caíque baixa os olhos.
— Eu não devia deixar Otávio me assombrar assim. — Suspira. — No sonho, eu o via tirando todos os que eu amo de mim. Ele se divertia com isso, com meu desespero.
Puxo Caíque para um abraço apertado, que ele retribui como uma criança amedrontada.
— Vai ficar tudo bem. — Sussurro. — Eu estou aqui com você.
Ele sorri, depositando um beijo em minha testa.
Caminhamos de mãos dadas e pés descalços pela areia, até que Aci nos alcança com meu celular em uma das mãos.
— Helena, deve ser algo urgente. Ele não para de tocar. — Ah, obrigada Aci.
Olho a tela e vejo que é Alice.
— Oi Li. —Irmã... — Ela choraminga. —Vocêestá chorando? Alice, o que houve? Cadê a Camélia? — Calma... Está tudo bemcom a Camélinha. — O que aconteceu então? — O Israel... — Ela soluça. — O que tem ele? — Ele agarrou e beijou Lívia à força. — O Israel fez isso? Sério? — Eu vi tudo, irmã. Ai, eu estou tão mal! — Mas, Li... Essa históriaestá muito estranha. O Israel não é desse tipo. — Eu pensava o mesmo. Mas eu vi, Helena. Vi com meus próprios olhos. Lívia ficou tão constrangida. — Constrangida? — Ela não queria me contar para não me magoar, mas depois desse episódio, ela me confessou que Israel já estava dando em cima dela há um tempo. — E você ouviu a versão dele também? — É a desculpinha esfarrapada que todo homem dá! Eu não tenho nada para ouvir dele! — Claro que tem! Você não pode ouvir só uma versão da história, ainda mais de uma pessoa que você mal conhece. — Ela é minha irmã, Helena! — Não é, não! Não até que se prove isso! — Olha, eu liguei para desabafar, mas já vi que foi uma má ideia. — Alice, espera... — Fica com Deus, Lena. — Alice, não desliga! Ali... — Olho a tela do celular. — Desligou.