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Caíque me abraça e me gira pelo ar.

Eu gargalho, me segurando em seu pescoço.

— Como eu pude viver tanto tempo sem você?
— É o que eu me pergunto todos os dias. — Passo as mãos por seu rosto, beijando-o em seguida.

Caíque me toma em seus braços novamente e caminha até a água.

— Você falou que não ia fazer isso!
— Não falei, não. — Ele sorri e se joga na água comigo.
— Você não fez isso! — Me levanto, passando a mão por meus cabelos completamente encharcados.
— Ah, eu fiz sim. — Ele ri.
— Muito obrigada por estragar meu look "esposa do cara que tem uma praia particular"!
— Você fica ainda mais linda assim. — Ele corre os olhos por todo meu corpo.

Mordo meu lábio e o puxo pela camisa.

Nosso beijo é intenso e profundo e nossas roupas já não se fazem mais necessárias.

O som do mar se torna nossa trilha sonora e a areia branca vira nossa cama.

E aqui, com a natureza de testemunha, fazemos amor.

E aqui, com a natureza de testemunha, fazemos amor

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— Te achei. — Caíque me surpreende andando pela areia da praia, já pela manhã.
— Bom dia. — Me viro, sorrindo.
— Por que não me acordou?
— Você teve pesadelos a noite toda. — Acaricio seu rosto. — Merecia descansar um pouco mais.

Caíque baixa os olhos.

— Eu não devia deixar Otávio me assombrar assim. — Suspira. — No sonho, eu o via tirando todos os que eu amo de mim. Ele se divertia com isso, com meu desespero.

Puxo Caíque para um abraço apertado, que ele retribui como uma criança amedrontada.

— Vai ficar tudo bem. — Sussurro. — Eu estou aqui com você.

Ele sorri, depositando um beijo em minha testa.

Caminhamos de mãos dadas e pés descalços pela areia, até que Aci nos alcança com meu celular em uma das mãos.

— Helena, deve ser algo urgente. Ele não para de tocar.
— Ah, obrigada Aci.

Olho a tela e vejo que é Alice.

Oi Li.
Irmã... — Ela choraminga.
Você está chorando? Alice, o que houve? Cadê a Camélia?
Calma... Está tudo bem com a Camélinha.
O que aconteceu então?
— O Israel... — Ela soluça.
O que tem ele?
Ele agarrou e beijou Lívia à força.
O Israel fez isso? Sério?
Eu vi tudo, irmã. Ai, eu estou tão mal!
Mas, Li... Essa história está muito estranha. O Israel não é desse tipo.
Eu pensava o mesmo. Mas eu vi, Helena. Vi com meus próprios olhos. Lívia ficou tão constrangida.
— Constrangida?
— Ela não queria me contar para não me magoar, mas depois desse episódio, ela me confessou que Israel já estava dando em cima dela há um tempo.
— E você ouviu a versão dele também?
— É a desculpinha esfarrapada que todo homem dá! Eu não tenho nada para ouvir dele!
— Claro que tem! Você não pode ouvir só uma versão da história, ainda mais de uma pessoa que você mal conhece.
— Ela é minha irmã, Helena!
— Não é, não! Não até que se prove isso!
— Olha, eu liguei para desabafar, mas já vi que foi uma má ideia.
— Alice, espera...
Fica com Deus, Lena.
Alice, não desliga! Ali... — Olho a tela do celular. — Desligou.

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