Helena perdeu seus pais em um trágico acidente, ainda muito nova. Desde então, trabalha duro para sustentar a casa e oferecer uma vida digna à sua irmã, Alice.
As dificuldades a fizeram ter sede de vitória e traçar um plano para sua vida: se formar...
— Partiu meu coração ver a Marina assim. Ela está tão confusa e assustada. — Saio do quarto, acompanhada por Caíque. — Não conseguir se lembrar de nada nem ninguém deve ser desesperador. — Ele me abraça de lado. — Mas, felizmente, o caso dela é reversível. Tenho certeza que logo ela vai estar se lembrando de tudo. — Deus te ouça. — Olho em volta. — Será que o Than já foi embora? — Não. Olha ele ali. — Caíque aponta para uma cadeira na recepção, onde Nathan está sentado com o olhar distante. — Ei... — Toco de leve seu ombro, chamando sua atenção. — Ah... Oi, Le. — Por que essa carinha triste? — Me sento ao seu lado. — Não consigo aceitar que a Ma se esqueceu de tudo... De todos. — Ela vai se lembrar. Só precisamos ter um pouco de paciência. — Tem sido uma tortura diária para mim... Você imagina como eu me sinto? O quanto pedi a Deus para que ela acordasse e eu pudesse me desculpar? E agora... — Suspira. — Minhas desculpas não fazem diferença. Ela nem se lembra de mim. — Than... — Sabe, às vezes eu fico pensando... Acho que não mereço ser feliz. — Ei! Nunca mais repita isso! — Levanto seu rosto. — Você é o cara mais incrível que eu já conheci em toda minha vida! Você merece toda a felicidade do mundo.
Nathan sorri fraco.
— Acho que vou para casa, Le. Preciso colocar os pensamentos em ordem. — Você não vai, não. — Caíque intervém. — Você vem com a gente. — Ah, eu agradeço Caíque, mas... — Mas nada. Você está precisando de amigos agora. — Vamos.
Nathan o olha por um instante, mas cede, se levantando e nos seguindo.
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— E Alice, como está? — Nathan pergunta, sentado em nosso sofá, já pela noite. — Só falei com ela por telefone, ainda não consegui vê-la. Mas... — Me sento também, suspirando. — Está do mesmo jeito. É Deus no céu e Lívia na terra. — Reviro os olhos. — Ela nem cogita fazer um teste de D.N.A, Le? — Não. Ela crê piamente que as duas são irmãs. — Mas você não compartilha da mesma crença, não é? — Nem um pouco. Apesar de toda a história tocante que ela nos contou, a foto e até o conhecimento sobre uma marca de nascença de Alice, eu não acredito nela. — Sabe o que eu estava pensando? — Caíque vem da cozinha com duas garrafas de cerveja nas mãos e oferece uma para Nathan. — Poderíamos fazer um teste de D.N.A. por nossa conta. — Sem o consentimento de nenhuma das duas? — Nathan dá um gole em sua cerveja. — Não disse que era uma ideia politicamente correta. — Ele dá de ombros. — Cá, você é um gênio! — Beijo sua bochecha. — Sempre soube disso.
Nathan revira os olhos.
— Mas como nós faremos isso? — Pergunto. — Precisamos colher uma amostra de material genético das duas. — Caíque toma um gole de sua cerveja. — Costuma ser saliva. — Como vamos pegar saliva delas?
Caíque olha sua garrafa por alguns segundos, depois sorri. Nathan parece compartilhar do mesmo pensamento.
— Vamos oferecer algumas bebidas à elas. — Nathan sorri.