Helena perdeu seus pais em um trágico acidente, ainda muito nova. Desde então, trabalha duro para sustentar a casa e oferecer uma vida digna à sua irmã, Alice.
As dificuldades a fizeram ter sede de vitória e traçar um plano para sua vida: se formar...
— É o mesmo homem que estampa a matéria! — Leo bate levemente o dedo sobre a tela. — Então, o que Otávio quer é... — Vingança. — Mas nessa época, o senhor Gama nem comandava a empresa ainda. — Realmente, Vasco não foi o estopim desta vingança. Quem comandava a empresa na época do acontecido era o avô de Caíque. Isso começou por ele. — Então, por que Otávio quer se vingar de Vasco? — Não sei. Mas talvez nem seja de Vasco que ele queira realmente se vingar. Talvez seja apenas uma forma de atacar indiretamente o culpado. — Leo sugere, dando de ombros. — O pai do senhor Gama. — Meneio a cabeça. — É, faz sentido. — "Senhor Gama"? — Ele sorri torto. — Sogro não cairia melhor? — Com um ex na frente? — Dou de ombros. — Talvez. — Certo. Piada ruim, em hora ruim. Desculpe. — Onde ele está atualmente? — Retomo. — O pai de Vasco? Em uma clínica de repouso. Não sei ao certo, dizem que adoeceu. — Caíque nunca me falou dele. Apenas uma vez... — E o que ele disse? — Que foi seu próprio avô quem contratou e deu um cargo de confiança para Otávio. — Ele é realmente esperto. — Leonardo sorri fraco. — Ganhou sua confiança, para depois poder destruí-lo. — Caramba. — Suspiro. — Isso é loucura demais para mim. — O que é loucura demais para você? — Alice surge na cozinha. — A... Rotina maluca do Leo. — Invento. — O que você faz de tão maluco assim? — Alice o olha com interesse. — Ah, nada demais. Só... — Só...? — Você não acreditaria se ele contasse, irmã. — Abraço-a de lado, olhando para Leo. — Com certeza, não. — Ele sussurra. — Bom, acho que já vou indo. Sabe... Tenho coisas da "rotina maluca" para resolver ainda. — Sorri. — É claro que tem. — Ela retribui, com certa desconfiança. — Foi um prazer te conhecer, Alice. — O prazer foi meu. Apareça mais vezes.
Leo confirma e vai se despedir de Camélia.
— Esse cara é estranho. Um gato, — Alice analisa — mas estranho.
Dou uma risada e vou até a porta, me despedir de Leo.
— Te ligo se descobrir mais alguma coisa. — Está bem. — Tchau. E obrigado pelo jantar. — Leo pisca. — De nada.
Fecho a porta sorrindo e dou de cara com Alice me encarando.
— O que foi? — Esse cara é estranho. — Você já disse isso. — Sim. E estou repetindo. Ele é estranho. E misterioso também. — Ela conclui, desconfiada. — De onde você conhece ele? — Da Exxon. — Minto, indo para a cozinha. — Ele trabalha lá? — Não exatamente. — Resposta mais vaga impossível. — Ela reclama. — Ei, espera... Foi o número dele que você salvou no meu celular antes de ir encontrar o Caíque, não foi? — Foi. — Você disse que ele sabia de tudo e que me ajudaria, se eu precisasse. Afinal, ele sabe tudo sobre o quê? — Tudo sobre tudo. — Dou de ombros.
Alice revira os olhos.
— O que esse cara é? Um detetive, espião? Algum tipo de guarda costas? Ou está mais para vidente?
Dou uma risada.
— Ele é um bom amigo. Apenas isso. — Começo a lavar as louças. — Agora para de viajar e vem aqui me ajudar. — Pensei que o "bom amigo" já estivesse fazendo isso. — Alice ironiza, pegando um pano. — Pensou errado. — Entrego um prato molhado à ela, que o enxuga me olhando com cara de poucos amigos.
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