Helena perdeu seus pais em um trágico acidente, ainda muito nova. Desde então, trabalha duro para sustentar a casa e oferecer uma vida digna à sua irmã, Alice.
As dificuldades a fizeram ter sede de vitória e traçar um plano para sua vida: se formar...
Antes que eu consiga dizer qualquer coisa, Nathan me surpreende com um beijo.
Um beijo delicado, cuidadoso. Quase inocente.
— Than... — Afasto-o, ainda me refazendo da surpresa. — O que foi isso? — Um beijo. — Baixa os ombros. — Foi ruim, não foi? — Não! Não foi ruim. Foi... — Suspiro. — Estranho. Como beijar um irmão.
Ele encara o chão.
— Até quando você vai me ver assim? — Seus olhos encontram os meus. — Nathan, eu amo você... — Mas sou só seu melhor amigo. — Ele completa, com um sorriso amargo. — Já esperava por isso. — Than...
Ele me olha fundo nos olhos, como se fosse capaz de ler todos meus pensamentos.
— Você está apaixonada por ele, não está? — Pelo Caíque? Não! É claro que não! — Desvio meu olhar. — Quem você está tentando enganar, Le? — Nathan levanta meu rosto até o seu novamente. — Eu não sei. Nem mesmo sei o que estou sentindo. — Sussurro, baixando meus ombros. — Só espero que você não se machuque quando descobrir. — Ele beija minha testa. — E se eu me machucar? — Vou estar aqui para te curar. — Nathan sorri fraco. — Vem, vou te levar para casa.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Prontinho. Sã e salva. — Nathan estaciona o carro na porta de casa. — Me desculpe pelo beijo, tá? — Esquece isso. Obrigada pela noite, estava mesmo precisando me distrair. — Só quero te ver feliz. Se cuida, Le. — Você também. — Abraço-o apertado. — E vê se não some mais. — É só me ligar que venho correndo. Sem nem ligar para a cara feia do seu... Marido. — Ele termina a frase com uma careta. — Está bem. — Dou uma risada. — Tchau, Le. — Tchau.
Desço do carro e dou um último aceno, antes de entrar.
— Helena! Até que enfim você chegou! — Lúcia vem ao meu encontro, logo que coloco os pés na sala.
Deixo a bolsa em cima do sofá e a olho, preocupada.
— O que houve, Lúcia? — O senhor Caíque... — O que tem ele? — Saiu feito doido com o carro depois de atirar um vaso na parede. — Ela conta com as mãos entrelaçadas. — E por que ele fez isso? O que aconteceu?
Lúcia cerra os lábios.
— Foi pouco depois que a senhora saiu com o seu amigo.
Suspiro.
— Você faz alguma ideia de onde ele possa ter ido? — Infelizmente não, Helena.
Mordo o lábio e pego minha bolsa, vasculhando-a até achar meu celular. Em seguida, ligo para Caíque.
— Desligado.
Fito o chão, pensando no que fazer.
— É claro! Como não pensei nele antes? — Nele quem? — Lúcia me encara. — Paulo! É o melhor amigo do Caíque, se não estiver com ele, saberá onde encontrá-lo. — Procuro seu número em meus contatos. — Droga, não tenho o número dele. — Voltamos a estaca zero. — Ainda não.