Acordei e fui logo pegar o meu notebook, precisava fazer pesquisas sobre as tais cartas anônimas que Parker recebia. Quase todas elas mencionavam a The Warehouse, uma cafeteria aqui de Seattle e iríamos até lá mais tarde.
— Vamos nos arrumar. Ou quer encontrar aquele amigo gato do seu irmão com o cabelo assim e de pijama? - Crystal sacudiu meus ombros.
Meus olhos continuaram fixos na tela de meu notebook.
— Não quero me encontrar com ele - falei, ainda olhando para a tela.
— Hummmm, só porque lavaram a louça juntos?
— Crys, como você disse, ele é amigo do meu irmão e eu não vejo motivo de eu me encontrar com ele se nem somos nada - bufei.
— Nossa, tudo bem então. Eu o acho gatinho, achei que pensava o mesmo.
Ele é uma das maravilhas mais lindas desse mundo, fui o que quis falar.
— Eu desço depois. Ah, ligue para Gen e Dave, vamos à The Warehouse hoje mais tarde.
— Tudo bem - ela deu de ombros e saiu pela porta.
A The Warehouse era um pouco mais distante da Market Café - cafeteria da minha irmã, Lucy.
David e Genevieve vieram por volta das dez da manhã e então fomos todos os quatro para essa cafeteria. Seria essa uma pista de Parker que deveríamos seguir? E agora, às dez horas e quarenta minutos, aqui estamos, na rua Boren, Ave N prontos para entrar na cafeteria.
David abriu a porta, o que fez o sino que ficava em cima dela tocar e todas entramos.
— Eu vou até lá, pergunto para alguém do caixa - falei.
— Certo, vai lá - Genevieve sorriu.
Entrei na fila para o caixa, não estava muito grande, umas cinco pessoas na minha frente. As minhas pernas balançavam cada vez que uma pessoa saía e fazia a fila andar até quechegou a minha vez.
— Pois não. O que vai querer? - a atendente de cabelos vermelhos que combinavam com seu uniforme me perguntou.
— Ah... - olhei para meus amigos por cima do ombro que estavam perto da porta de entrada, de braços cruzados e voltei meu olhar para a moça de cabelos vermelhos. — Quero informações, na verdade.
— Desculpe? - ela esticou seu pescoço como se não tivesse ouvido direito.
— Conhece Charles Parker? - fechei os olhos e perguntei.
— Charles Parker? Apenas dos jornais, por que a pergunta?
— É que ele recebia cartas anônimas no acampamento e elas vinham daqui.
— The Warehouse? - ela arregalou os olhos.
— É, nome e endereço - retirei o papel em que havia anotado o endereço e mostrei à ela. — É esse não é?
— Sim, mas eu realmente nunca vi ou falei com esse Charles, desculpe.
— ANDA LOGO AÍ! - uma voz masculina veio do final da fila.
— Tudo bem, obrigada mesmo assim - eu já ia me virar mas me voltei para ela e li seu nome no crachá. Elize. — Ah, Elize... ele não se encontrava com ninguém aqui?
— Como eu te disse, eu nunca o vi a não ser pelos jornais e entrei aqui no mês passado. - ela sorriu lamentando. — Próximo!
Suspirei e fui até meus amigos.
— E então? - Crystal perguntou cheia de entusiasmo e esperança e eu balancei a cabeça negativamente o que a fez fazer o biquinho triste. — Nada?
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Between Mysteries and Freedom (Livro 1)
Mystery / ThrillerO desaparecimento do namorado. Foi isso que levou Fannie Thompson às aventuras arriscadas ao longo de meses. Charles Parker desapreceu em uma noite fria qualquer de novembro, enquanto as folhas eram derrubadas pela brisa forte no...