— Eu vou quebrar a cara dele! Eu o avisei que o destruiria se ele partisse seu coração e ainda assim, ele partiu - Tyler disse fechando o punho.
Assim que acordei e desci para tomar meu café, ele me disse para me contar o que aconteceu na noite passada. Tudo o que eu disse a ele é que Jared escondia alguma coisa de mim e não dava para confiar nele, por isso terminamos.
— Está tudo bem, Tyler - menti. Não estava nada bem — Não precisa quebrar a cara dele. Podem continuar sendo amigos, tudo bem.
— O que? Mana, ele partiu o seu coração.
— Tyler, eu sou bem grandinha - ergui uma sobrancelha e comi mas uma colher de meu cereal — Não tem que terminar sua amizade com ele por minha causa.
— Fannie, teve uma crise ontem. Nunca te vi daquele jeito e você diz que "está tudo bem"? Está mentindo - ele me encarou e depois mexeu em seu relógio de pulso.
— Ty, eu estou bem. Agora. Ontem foi... ontem e eu quero esquecer isso, está bem? - empurrei seu nariz com o indicador e ele abriu um sorriso fraco e falso.
— Me preocupo com você, só isso.
— Eu sei - assenti. Terminei meu cereal e coloquei a tigela na pia.
Ele pegou a sua bolsa e se levantou. Deixo um beijo em minha bochecha e se despediu.
— Preciso ir, ok? Por favor fique bem - ele sorriu e acariciou minha bochecha e pegou as chaves na mesa.
— Ei, Ty, não se preocupe comigo. Estou bem - respirei fundo para tentar convencer a mim mesma disso e dei de ombros.
Ele sorriu e saiu correndo, provavelmente está atrasado como sempre.
Lavei a louça e dei uma ajeitada na cozinha e depois na sala. Troquei alguns enfeites de lugar.
— Devem estar cansados de ficarem sempre no mesmo lugar, não é? - coloquei a mão na cintura e olhei para a estátua da liberdade em um tamanho médio que ficava no lado direito da estante e balancei a cabeça — Ah que ponto você chegou, Fannie? Está falando com objetos inanimados.
Depois de terminar as minhas "mudanças", subi para meu quarto. Vesti uma camisa do Nirvana que ganhei aos quinze anos e fiquei surpresa ao ver que ainda me servia, mostrava uma parte da barriga, mas ainda cabia em mim. E coloquei uma calça de moletom. Me joguei na cama e peguei meu celular. Como eu já esperava, tinham várias mensagens de Jared. Apenas fechei os olhos e mordi o lábio, decidindo se abriria elas ou não. Acabei abrindo.
"Me perdoa, eu amo você", "O estrago que você fez no Borrego não chega nem aos pés do que eu fiz com seu coração, sei disso, mas quero me redimir. Me perdoa, Fannie", "Sinto muito por não contar a verdade, eu ainda não posso, mas eu amo você, isso é verdade. Eu juro", "Por favor, me atenda, nós precisamos conversar!". Deslizei meu indicador na tela e li sua última mensagem: "Venha até meu apartamento. Podemos conversar com mais privacidade e sem "paredes de vidro". Meus lençóis também sentem sua falta, sabia?". Não chorei como achei que faria, apenas fiquei ali com os olhos fixos na tela, relendo as mensagens algumas vezes. Fui até minha lista de contatos e procurei seu nome na lista de J: "Chamar/Deletar", meu dedo quase foi em "chamar". Encarei a tela por mais um tempo e com os olhos cheios de lágrimas, pressionei meu polegar em cima de "deletar". Jared apagado da sua lista de contatos com sucesso.
* * *
— É tão lindo - disse Crystal, olhando para o céu escuro estrelado através do telescópio que ganhei de aniversário da tia Aimee. Abri um sorriso e assenti. — Não vai vir olhar? É lindo!
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Between Mysteries and Freedom (Livro 1)
Mystery / ThrillerO desaparecimento do namorado. Foi isso que levou Fannie Thompson às aventuras arriscadas ao longo de meses. Charles Parker desapreceu em uma noite fria qualquer de novembro, enquanto as folhas eram derrubadas pela brisa forte no...