POV Jared Williams
E lá vamos nós, meu Borrego e eu, buscar a Fannie. Tyler me ligou ontem dizendo que ela estava tão chapada que ficou com medo que ela desmaiasse, mas acho que isso não aconteceu, o que me deixou aliviado.
Estacionei em frente a garagem dos Thompson e desci para tocar a campainha. Toquei duas vezes e ela atendeu. Estava linda, com uma roupa casual. Abriu um sorriso doce e me beijou.
— Para onde vamos?
— Ahn... trouxe coisas para um piquenique - cocei a cabeça e a puxei pela cintura. — Pensei em um... parque. É, um parque.
— Qual parque? - ela perguntou, rindo.
— Não sei, qualquer parque - dei uma risada e ela me acompanhou até o carro. Quando se sentou no banco do carona, suspirou.
Enquanto ligava o carro, pensei em perguntar para ela sobre a festa, mas pensei que seria melhor se eu nem tocasse no assunto, apesar de estar sentada ao meu lado, parece viajar no espaço em direção a algum planeta, o que me fez rir. Arranquei com o carro.
— O que foi? Por que está rindo? - ela perguntou meio brava, mas rindo.
— Nada - dei de ombros e segurei o riso contraindo os lábios.
— Fala - ela me socou no ombro e isso me fez rir ainda mais.
— Nada... Você só parece estar em outro planeta.
— Isso é engraçado? - ela cruzou os braços e deu uma risadinha.
— Mais ou menos. Você fica aí olhando pela janela, com a boca aberta, paralisada...
— Cale a boca e dirija, Jared! - ela me deu um tapa na perna e eu continuei dirigindo.
Quando paramos em um sinal vermelho, liguei o rádio e estava tocando alguma música do Guns N' Roses e ela começou a cantarolar, mudei a estação antes de arrancar com o carro por causa do sinal verde.
— Não! - ela deu um tapa na minha mão e eu imediatamente parei de mexer no rádio. — Deixa, eu gosto dessa música.
— Tá, tudo bem - falei na defensiva e ri, balançando a cabeça.
— ...Mama, put my guns to the ground I can't shoot them anymore that cold black cloud is comin' down... - ela começou a cantar baixinho e eu sorri. — Feels like I'm knocking on heaven's door... Knock, knock, knocking on heaven's door knock, knock, knocking on...
— Uau - olhei para ela rapidamente e sorri. — Nunca te ouvi cantar, só no enterro da sua mãe.
Ela sorriu, tímida.
— Por favor, continue... Certo, vamos lá - falei e comecei a cantar de um jeito horrível e desafinado. — Knock, knock, knocking on heaven's door knock, knock, knocking on heaven's door knock, knock, knocking on heaven's door...
Ela começou a rir e pediu para eu parar pois seus ouvidos já estavam doendo. Eu sabia que estava cantando de um jeito horrível, mas era o motivo da risada doce dela, então, eu não pararia tão cedo.
— Para... para - falou, recuperando o fôlego e segurando meu braço, quase caindo do banco de tanto rir.
— Tudo bem, tudo bem - puxei meu braço da mão dela pois precisava dele para dirigir e sorri. — Parei, não vou mais castigar você.
Ainda rindo, ela me deu um beijo na bochecha e recostou no banco, rindo e balançando a cabeça.
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Between Mysteries and Freedom (Livro 1)
Mystery / ThrillerO desaparecimento do namorado. Foi isso que levou Fannie Thompson às aventuras arriscadas ao longo de meses. Charles Parker desapreceu em uma noite fria qualquer de novembro, enquanto as folhas eram derrubadas pela brisa forte no...