Capítulo 42 - About A Girl

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POV Jared Williams


E lá vamos nós, meu Borrego e eu, buscar a Fannie. Tyler me ligou ontem dizendo que ela estava tão chapada que ficou com medo que ela desmaiasse, mas  acho que isso não aconteceu, o que me deixou aliviado.

Estacionei em frente a garagem dos Thompson e desci para tocar a campainha. Toquei duas vezes e ela atendeu. Estava linda, com uma roupa casual. Abriu um sorriso doce e me beijou.

— Para onde vamos?

— Ahn... trouxe coisas para um piquenique  - cocei a cabeça e a puxei pela cintura. — Pensei em um... parque. É, um parque.

— Qual parque? - ela perguntou, rindo.

— Não sei, qualquer parque - dei uma risada e ela me acompanhou até o carro. Quando se sentou no banco do carona, suspirou.

Enquanto ligava o carro, pensei em perguntar para ela sobre a festa, mas pensei que seria melhor se eu nem tocasse no assunto, apesar de estar sentada ao meu lado, parece viajar no espaço em direção a algum planeta, o que me fez rir. Arranquei com o carro.

— O que foi? Por que está rindo? - ela perguntou meio brava, mas rindo.

— Nada - dei de ombros e segurei o riso contraindo os lábios.

— Fala - ela me socou no ombro e isso me fez rir ainda mais.

— Nada... Você só parece estar em outro planeta.

— Isso é engraçado? - ela cruzou os braços e deu uma risadinha.

— Mais ou menos. Você fica aí olhando pela janela, com a boca aberta, paralisada...

— Cale a boca e dirija, Jared! - ela me deu um tapa na perna e eu continuei dirigindo.

Quando paramos em um sinal vermelho, liguei o rádio e estava tocando alguma música do Guns N' Roses e ela começou a cantarolar, mudei a estação antes de arrancar com o carro por causa do sinal verde.

— Não! - ela deu um tapa na minha mão e eu imediatamente parei de mexer no rádio. — Deixa, eu gosto dessa música.

—  Tá, tudo bem - falei na defensiva e ri, balançando a cabeça.

—  ...Mama, put my guns to the ground I can't shoot them anymore that cold black cloud is comin' down... - ela começou a cantar baixinho e eu sorri. — Feels like I'm knocking on heaven's door... Knock, knock, knocking on heaven's door knock, knock, knocking on...

 — Uau - olhei para ela rapidamente e sorri. — Nunca te ouvi cantar, só no enterro da sua mãe.

Ela sorriu, tímida.

  — Por favor, continue... Certo, vamos lá - falei e comecei a cantar de um jeito horrível e desafinado. —   Knock, knock, knocking on heaven's door knock, knock, knocking on heaven's door knock, knock, knocking on heaven's door...

Ela começou a rir e pediu para eu parar pois seus ouvidos já estavam doendo. Eu sabia que estava cantando de um jeito horrível, mas era o motivo da risada doce dela, então, eu não pararia tão cedo.

  — Para... para - falou, recuperando o fôlego e segurando meu braço, quase caindo do banco de tanto rir.

— Tudo bem, tudo bem - puxei meu braço da mão dela pois precisava dele para dirigir e sorri. — Parei, não vou mais castigar você.

Ainda rindo, ela me deu um beijo na bochecha e recostou no banco, rindo e balançando a cabeça.


Between Mysteries and Freedom (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora