Capítulo 43 - Back to the party

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Mandei uma mensagem para Lucy avisando que eu já estava do lado de fora e ela me atendeu depois de dois minutos.

— Oh, achei que fosse vir amanhã - ela falou e me deu um abraço.

— Jared me deixou aqui. Até que sobrou tempo hoje - balancei a cabeça e sorri. — William já chegou?

— Não, deve chegar em meia hora. Estou tão nervosa - ela falou, mordendo o lábio e apontou para dentro. — Entre.

Assenti com a cabeça e entrei. Cada cantinho da casa estava impecável de tão limpo, nem parecia que havia alguém morando na casa. Me sentei no sofá e ela se sentou ao meu lado, suspirando.

— Como vocês estão? - perguntei me virando para o lado para acariciar a barriga dela. Ela abriu um sorriso tão doce que me fez sorrir também.

— Bem - passou a mão na barriga no lado que a minha não estava e seu sorriso se desfez. — Estou com tanto medo, Fannie. Se William não quiser esse filho, serei a mulher mais infeliz de todo o mundo.

— Mas... ele te faz feliz, certo? - parei com o movimento na barriga dela para a olhar nos olhos, depois continuei.

— Muito. Acho que fomos feitos um para o outro - ela suspirou e parou de acariciar a própria barriga. — Mas temos discutido muito ultimamente, como te falei por telefone.

Sorri, para tentar passar positividade para ela e falei:

— Há discussões em todos os relacionamentos, Lucy. Todos. Sem exceção - fiz uma pausa. — E isso não significa que não exista mais amor. Todos nós temos opiniões diferentes às vezes, ou um dia ruim... Mas não devemos estragar os dias e momentos bons por causa disso.

De repente ela começou a chorar e eu arregalei os olhos e fiquei analisando minha fala e tentando achar algum erro. Ela afundou a cabeça no meu peito e começou a soluçar como uma criança, então eu apenas acariciei seu cabelo com o queixo apoiado em sua cabeça.

— Eu fui tão horrível com você - ela falou, ainda soluçando. — Sou uma irmã horrível, me perdoa.

— Não, não - tentei ficar calma, por ela. — Todos temos um lado ruim, tudo bem. Não precisa pedir perdão, está tudo bem.

— Não está não - ela se levantou do meu peito. — Sou uma irmã mais velha horrível.

— Lucy, você me acha uma pessoa forte? - perguntei e ela franziu a testa.

— Mas é claro que acho. Você suporta tanta coisa - ela falou e sorriu, com o rímel escorrendo pela bochecha.

— Aprendi isso com minha irmã mais velha. Me lembro que você sempre foi a mais forte. Sempre suportou qualquer notícia ruim sem derramar uma única lágrima e eu sempre pensei "quando crescer, serei igual a ela". Eu não consigo ser como você ainda, mas acho que consigo ser forte - acariciei sua bochecha e ela sorriu. — Me espelhei em você para isso. Tivemos nossos conflitos e ainda vamos ter muitos, mas a questão é que eu amo você, então tudo bem.

— Ah, irmãzinha... - ela chorou novamente e me abraçou. Depois que me soltou disse: — Eu também amo muito você. Muito mesmo. Sinto muito ter sido uma bruxa na maior parte do tempo, não merece isso. Ninguém merece.

— Tudo bem, Lucy. Nunca vou esquecer ás vezes que me protegeu ou simplesmente me abraçou quando eu mais precisava... - eu sorri e ela retribuiu. — Bom, já está tudo resolvido. Vamos esperar seu marido chegar e você vai ver que tudo vai ficar bem, ok? Ele vai querer sair para comemorar porque a esposa está grávida, você vai ver.

Between Mysteries and Freedom (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora