Capítulo 33 - I killed Susan Miller

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  — Stefannie Thompson! - Rivers me chamou.

Meu irmão, meus amigos e eu, estávamos na delegacia para falar sobre Susan Miller e o que havia acontecido.

Me levantei e fui até a sala onde Rivers estava de pé, sorrindo. Ele fechou a porta assim que me sentei.

— Sabe que pode me chamar de Fannie - dei de ombros, irônica.

— E você pode me chamar de Ezra - ele semicerrou os olhos. — Enfim, vamos começar com algumas perguntas.

— Eu não entendo - falei, me ajeitando na cadeira. 

— O que não entende, senhorita Thompson? - ele juntou uma mão na outra e me encarou.

— Já sabe o que aconteceu. Eu... - fechei os olhos. Reviver tudo aquilo me dava enjoo. —  Eu matei Susan em auto defesa.

— Foi o que todos disseram e sei que é verdade. Eu acredito em você, Thompson. Mas faz parte do nosso... procedimento. 

— Tudo bem - dei de ombros. 

— Como conheceu Susan Miller? 

Senti uma pontada no estômago. Eu não podia dizer que tinha sido por causa da maldita loja de fantasias, mas eu não queria e nem podia mentir, mas posso ocultar um pouco da verdade.

  — Meus amigos e eu procuramos uma vaga no hotel Kings Inn e ela era a recepcionista lá. Bom, nós a achamos um pouco suspeita depois de conversar um pouco com ela e decidimos pesquisar um pouco sobre...

— "Suspeita" como?  - ele apoiou o queixo na mão. A caneta entre os dedos.

— Eu não sei. Ela só parecia suspeita e eu estava tão louca atrás do responsável pelo desaparecimento do Charles que achei que poderia ser ela - fui sincera dessa vez. — Mas eu já nem sei mais. 

— Então está a acusando?

— Não - dei de ombros. — Eu não tenho provas, então, não a acuso de nada. 

— Por que eu tenho a impressão de que você está mentindo? - ele coçou a barba e semicerrou os olhos, franzindo o cenho.

Fiz um bico e dei de ombros.

— Seus amigos disseram algumas coisas diferentes. Estavam todos juntos no dia do hotel?

— Sim, estávamos - assenti. 

  — Certo. Agora me conte a verdade - ele riu, irônico.

Engoli em seco.

— A verdade? - ergui uma sobrancelha.

— Vamos lá, pare de bancar a desentendida - ele riu, coçando a barba.

— Certo. A verdade - soltei uma gargalhada sarcástica e ele me encarou. — Até porque foi isso que você disse quando nos conhecemos, não foi? Oh, não. Espera. Muito pelo contrário. Mentiu sobre seu nome e sobre o que fazia.

— Faz parte da minh... 

— Da sua falta de caráter? - arregalei os olhos.

  — Olha, Fannie, por favor!Eu sei que errei e deveria ter sido sincero com você. Você estava em um momento difícil e a última coisa que precisava era que alguém mentisse para você...

— Ah, que bom que entende - ri e dei de ombros.

— Mas esse é o meu trabalho e você precisa me dizer toda a verdade.

— EU NÃO ESTOU MENTINDO! - gritei. Depois respirei fundo, tentando me controlar — Não estou mentindo. Você disse que acreditava em mim, então, por favor...

Between Mysteries and Freedom (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora