Capítulo 25 - It's gonna be okay

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Tive alguns pesadelos durante à noite e acordei por volta do meio dia, eu estava muito cansada porque chorei a noite toda também e mal consegui fechar os olhos e quando fechava, vinham os pesadelos.

Logo depois do almoço, liguei para David e ele veio exatamente uma hora da tarde. Eu queria conversar com alguém mas não queria preocupar Gen e Crys e Charlotte... Não é que eu não confie nela mas, nos conhecemos há pouco tempo e não têm porque dividir isso com ela. E

Eu ainda estava usando meu pijama quando David chegou. Nós subimos e ficamos sentados no chão do meu quarto que ainda estava escuro pois era um dia frio e eu nem abri as cortinas.

— Como você está? - ele perguntou, depois de me abraçar.

— Não estou bem, mas estou melhor - funguei. — Sei que te chamei aqui para conversar comigo mas... Será que podemos falar de outra coisa que não seja a minha mãe?

— Ok - ele assentiu e sorriu. — E pode ser sobre seus pesadelos e o fato de você precisar ir a uma psiquiatra.

— Não, Dave - fechei os olhos depois de revirá - los. — Eu sei que preciso e eu vou, você vai ver. Na semana que vem vai ter o acampamento mas quando acabar, eu vou.

— Você promete? - ele ergueu uma das sobrancelhas, me ofereceu seu dedo mindinho e me encarou, contraindo os lábios para não rir.

— Eu prometo - falei entrelaçando seu dedo mindinho no meu. Depois acabei rindo também. — Agora podemos falar de você? Como você está?

— Bom, acho que estou muito bem. Finalmente chamei Lolita para sair - ele fez um bico e deu de ombros, apoiando as mãos no chão e levando suas costas mais para trás.

— Você não deveria estar vibrando de alegria? - perguntei rindo e comecei a fazer cócegas em sua barriga.

— É, eu deveria e estou, F! - ele se levantou e começou a pular e aquilo me fez abrir um sorriso de orelha a orelha. Ver meu melhor amigo feliz me deixa muito feliz. Ele ficou com o rosto vermelho e se sentou na mesma posição de antes, respirando fundo. — Estou tão nervoso. O que devo fazer?

— Só seja você, já te disse isso - assenti e dei de ombros.

— Só isso? E se ela não gostar? - ele arregalou os olhos e depois bufou.

— Se ela não gostar... então... conheça outra garota. Mas eu tenho certeza que ela vai gostar, Dave, quem não gostaria? - sorri e ele abriu um sorriso de canto logo em seguida. — Ah, tem mais uma coisa que deve fazer.

— O que é?

— Deve ouvir ela, sempre. Mesmo que não esteja interessado, mostre a ela que está. Balance a cabeça e sorria e diga alguma coisa depois para que ela saiba que você a ouviu, mesmo que não tenha feito isso. E quando perceber que ficou tudo em silêncio, fale um pouco da sua vida e ela vai falar da dela.

— Obrigado - ele abriu um sorriso largo e me abraçou rapidamente. — Estou tão nervoso.

Balancei a cabeça e ri.

— Não tem motivos para estar. Vai dar tudo certo - o assegurei.

— E você? Como estão as coisas com o Jared?

— Bem, nosso primeiro "encontro" foi um desastre então vamos sair amanhã de novo.

— Que coisa boa - ele sorriu.

Ficamos em silêncio. Dave se levantou e foi até a minha estante, ficou olhando meus livros por longos minutos, até pegou alguns e os folheou e eu o fiquei observando enquanto tirava o resto do esmalte azul das minhas unhas.

Between Mysteries and Freedom (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora