Tive alguns pesadelos durante à noite e acordei por volta do meio dia, eu estava muito cansada porque chorei a noite toda também e mal consegui fechar os olhos e quando fechava, vinham os pesadelos.
Logo depois do almoço, liguei para David e ele veio exatamente uma hora da tarde. Eu queria conversar com alguém mas não queria preocupar Gen e Crys e Charlotte... Não é que eu não confie nela mas, nos conhecemos há pouco tempo e não têm porque dividir isso com ela. E
Eu ainda estava usando meu pijama quando David chegou. Nós subimos e ficamos sentados no chão do meu quarto que ainda estava escuro pois era um dia frio e eu nem abri as cortinas.
— Como você está? - ele perguntou, depois de me abraçar.
— Não estou bem, mas estou melhor - funguei. — Sei que te chamei aqui para conversar comigo mas... Será que podemos falar de outra coisa que não seja a minha mãe?
— Ok - ele assentiu e sorriu. — E pode ser sobre seus pesadelos e o fato de você precisar ir a uma psiquiatra.
— Não, Dave - fechei os olhos depois de revirá - los. — Eu sei que preciso e eu vou, você vai ver. Na semana que vem vai ter o acampamento mas quando acabar, eu vou.
— Você promete? - ele ergueu uma das sobrancelhas, me ofereceu seu dedo mindinho e me encarou, contraindo os lábios para não rir.
— Eu prometo - falei entrelaçando seu dedo mindinho no meu. Depois acabei rindo também. — Agora podemos falar de você? Como você está?
— Bom, acho que estou muito bem. Finalmente chamei Lolita para sair - ele fez um bico e deu de ombros, apoiando as mãos no chão e levando suas costas mais para trás.
— Você não deveria estar vibrando de alegria? - perguntei rindo e comecei a fazer cócegas em sua barriga.
— É, eu deveria e estou, F! - ele se levantou e começou a pular e aquilo me fez abrir um sorriso de orelha a orelha. Ver meu melhor amigo feliz me deixa muito feliz. Ele ficou com o rosto vermelho e se sentou na mesma posição de antes, respirando fundo. — Estou tão nervoso. O que devo fazer?
— Só seja você, já te disse isso - assenti e dei de ombros.
— Só isso? E se ela não gostar? - ele arregalou os olhos e depois bufou.
— Se ela não gostar... então... conheça outra garota. Mas eu tenho certeza que ela vai gostar, Dave, quem não gostaria? - sorri e ele abriu um sorriso de canto logo em seguida. — Ah, tem mais uma coisa que deve fazer.
— O que é?
— Deve ouvir ela, sempre. Mesmo que não esteja interessado, mostre a ela que está. Balance a cabeça e sorria e diga alguma coisa depois para que ela saiba que você a ouviu, mesmo que não tenha feito isso. E quando perceber que ficou tudo em silêncio, fale um pouco da sua vida e ela vai falar da dela.
— Obrigado - ele abriu um sorriso largo e me abraçou rapidamente. — Estou tão nervoso.
Balancei a cabeça e ri.
— Não tem motivos para estar. Vai dar tudo certo - o assegurei.
— E você? Como estão as coisas com o Jared?
— Bem, nosso primeiro "encontro" foi um desastre então vamos sair amanhã de novo.
— Que coisa boa - ele sorriu.
Ficamos em silêncio. Dave se levantou e foi até a minha estante, ficou olhando meus livros por longos minutos, até pegou alguns e os folheou e eu o fiquei observando enquanto tirava o resto do esmalte azul das minhas unhas.
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Between Mysteries and Freedom (Livro 1)
Mystery / ThrillerO desaparecimento do namorado. Foi isso que levou Fannie Thompson às aventuras arriscadas ao longo de meses. Charles Parker desapreceu em uma noite fria qualquer de novembro, enquanto as folhas eram derrubadas pela brisa forte no...