Capítulo 40 - I miss Charles

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Jared foi embora antes do jantar e meu pai falou sobre seu dia no trabalho. Ele nos contou o quanto crianças são divertidas e mesmo carentes ou doentes, dizem o quanto a vida é bela e o quanto ainda há para viver.

— Às vezes, só precisamos ser como essas crianças e tirar, de algum lugar, a nossa vontade de viver - ele deu de ombros, finalizando o jantar.

Eu sorri, terminando de tomar meu suco e sorri, antes de subir para meu quarto e me jogar na cama.

Meu celular vibrou no criado mudo e eu franzi a testa, me perguntando quem me ligaria a essa hora.

  — Fannie! Pode estar correndo perigo - me levantei com a voz rápida de Genevieve no telefone.

— O-o quê? - franzi a testa a olhei para o teto, balançando a cabeça.

— Estou falando sério e preciso que acredite em mim.

— Gen, eu não estou entendendo - - balancei a cabeça com a boca semi aberta. — Você... Genevieve, você está bêbada?

  — Bêbada? É óbvio que não. Eu não ligo para ninguém quando estou chapada, você sabe disso. 

  —  Tudo bem - suspirei e mordi o lábio, tentando entender. — Então fale com calma, devagar. Por favor.

  — Vimos Jared no tal armazém onde April trabalha com o pai...

— O que? Gen, você está bêbada - comecei a rir, mas a risada saía estranha porque uma parte de mim temia ser verdade.

— Por favor, Fannie! EU NÃO ESTOU BÊBADA! - afastei o celular do ouvido porque a voz dela agora seria capaz de me deixar surda.

— Gen, vai dormir e não se esqueça do remédio para ressaca amanhã - balancei a cabeça e soltei uma gargalhada. — Vá dormir, eu farei o mesmo. Boa noite.

Desliguei o celular quando ela ia dizer alguma coisa, acho que estava pedindo para eu esperar, mas por que eu escutaria uma bêbada? Coloquei meu celular debaixo do travesseiro e em questão de segundos, apaguei.


* * *


Logo depois que tomei meu café da manhã, Jared me ligou, por algum motivo, me lembrei de Genevieve bêbada ontem à noite e no que ela disse.

— Alô? - falei e bocejei.

— Desculpe, te acordei? - sua voz parecia animada.

— Não. Claro que não - balancei a cabeça. — Estou acordada há algumas horas mas gostaria de ter conseguido dormir mais.

— Ótimo! Ahn... o que acha de sairmos hoje, hum? Podemos passar o dia todo juntos.

— Ah... hoje? - tentei não parecer desanimada.

— Bom, eu viajo em dois dias, eu acho. Temos que aproveitar o máximo.

— Você fala como se não fosse voltar - soltei uma gargalhada e ele riu também.

— Bom, é a Califórnia! Eu trocaria você pela Califórnia sem pensar duas vezes - ele brincou e eu ri, ameaçando bater nele.

  — Não pode ser amanhã? Tenho algumas coisas para fazer...

  — Vai trabalhar hoje?

— Não - suspirei, aliviada. — Estava pensando eu ir na terapia em grupo ou na minha sessão particular... Ainda não sei.

— Tá, tudo bem. Então nos vemos amanhã, certo? 

  — Certo - assenti, mesmo que ele não pudesse ver. 

Between Mysteries and Freedom (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora