Crys me deixou em casa por volta das oito horas e eu estava tão cansada que fui tomar um banho e logo depois, me deitei e antes que eu me desse conta, já tinha pegado no sono.
Acordei por volta das nove, com uma ligação de Rivers. O celular vibrando no criado mudo ao lado da cama.
— Acordei você? - ele perguntou.— Me desculpe. Oi... eu... eu tenho novidades.
Me sentei, ainda muito sonolenta.
— Descobriu alguma coisa? - passei a mão na testa.
— Temos... - pigarreou. — nós temos um suspeito. Farei o interrogatório hoje mesmo e vou manter você e seus amigos informados. Podemos nos encontrar na The Warehouse mais tarde se não tiver problema.
— Certo - suspirei, de alívio. Eles acharam um suspeito. E se esse suspeito nos levar até Parker? Eu sorria com um pouco de esperança. — Vou avisar meus amigos. Eu te ligo depois, certo?
Assenti.
— Certo - ele ficou em silêncio, e antes que pudesse desligar, o agradeci. — Rivers, de verdade, obrigada.
— Não por isso - ouvi ele suspirar antes de encerrar a chamada.
A ideia de ter uma pista sequer de Charles, me deixava cheia de esperança. Me fazia sonhar que eu estaria o abraçando apertado de novo, brigaríamos por causa de Jared e essa ideia, de alguma forma, me fez rir.
Hoje tenho terapia em grupo. É um tipo de "Grupo de Apoio", onde todos fazem uma roda com as cadeiras e cada um conta o porquê de estar ali, ou algo muito pessoal de você, ou coisa do tipo. Eu odiava isso. Odiava contar coisas sobre mim em frente as pessoas que eu nem conhecia. Porém, me sinto um pouco aliviada, porque se essas pessoas estão na terapia em grupo, significa que elas estão passando por algum problema. Assim como eu.
Me troquei e desci para tomar o café da manhã.
— Bom dia - dei um beijo na bochecha de meu pai, que como sempre, lia um jornal enquanto tomava chá. Ele sorriu e deu um beijo em minha bochecha também.
— Bom dia, mana - Tyler sorriu, ainda mastigando alguma coisa.
— Bom dia - retribuí seu sorriso e dei um beijo em sua bochecha.
Me sentei ao lado de meu irmão. Peguei os ovos e o bacon que meu pai tinha preparado para mim e depois me servi meu suco.
— Onde vai? - Tyler perguntou, olhando para minha jaqueta de couro falso, a que eu mais gostava.
— Terapia em grupo - rolei os olhos e bufei.
— Quer que eu leve você? Estou com bastante tempo - meu irmão conferiu o relógio em seu pulso e deu de ombros.
— Tudo bem então, é melhor - assenti para ele e sorri.
— Ah, abelhinha - meu pai dobrou o jornal, o colocando na mesa e olhou para mim. — Temos um jantar na casa da sua irmã hoje à noite, então, não se atrase.
— Pode levar o Jared se quiser - Tyler deu de ombros.
— É, claro. Pode levar seu namorado - meu pai sorriu. — Gosto daquele rapaz.
Sorri feito uma boba e mordi o lábio. Acho que meu pai realmente gostava dele e eu nunca tinha ouvido ele dizer que gostava de William, o marido da minha irmã.
— Tudo bem - suspirei. — Vou falar com ele. Podemos ir, Ty? Não quero me atrasar.
— É claro - ele limpou os lábios com guardanapo enquanto eu terminava de beber o meu suco.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Between Mysteries and Freedom (Livro 1)
Misterio / SuspensoO desaparecimento do namorado. Foi isso que levou Fannie Thompson às aventuras arriscadas ao longo de meses. Charles Parker desapreceu em uma noite fria qualquer de novembro, enquanto as folhas eram derrubadas pela brisa forte no...