A Patricinha Marrenta E O Dono Do Morro

Capítulo 2

Acordo depois de uma longa tarde de sono e vou até a sala, meus pais estão no quarto deles arrumando as malas, para viajar. Vou até a cozinha pego um pote de Nutella e volto pra sala ligando a TV e espero eles descerem. Quase dez minutos depois eles descem pra sala me fazendo levantar e abraça-los.

- Quanto tempo vocês vão passar nessa viagem? - Falo choramingando.

- Não sabemos querida, mas por favor não dê trabalho pra Lucy. - Fala minha mãe Eliana olhando pra mesma que está encostada na porta da sala de jantar.

- O motorista vai ficar a disposição pra você ir onde quiser. - Papai me disse sorrindo.

- Tá, eu amo vocês.

Dou um último abraço neles e mais algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto, limpo rápido e acompanho os mesmo até a porta. Por um lado fico feliz porque vou poder sair pra onde eu quiser, mas por outro vou ficar longe deles por não sei quanto tempo. Pego meu celular e olho a hora e são 16:34, saio correndo pro meu quarto e mando uma mensagem pra Tina.

Mensagem On

Lua Maldonado 🌙 - Tina, vou me arrumar, e quando chegar na entrada do morro te ligo.

Best Friend ❤ - Tá, vem logo.

Mensagem Off

Entro no banheiro e tomo um banho frio, saio vestida no roupão e vou em direção ao closet. Pego um short jeans e um croped branco e coloco um tênis da adidas. Pego uma mala pequena e coloco algumas roupas e coisas que vou precisar. Arrumo meu cabelo passando o baby lis nas pontas, faço uma maquiagem leve e finalmente pego a mala e vou até Lucy.

- Lucynha, eu vou dormir na casa da Tina, ok?!

- Naquele morro? O patrão não vai gostar nada disso, você sabe muito bem que ele não quer você lá com aquele monte de bandidos e lá é perigoso.

- Vai Lucynha só hoje, você fica com a casa toda pra você... - Implorei.

- Tá, mas nada de voltar tarde amanhã. - Dou um abraço na mesma.

- Aiiii, te amo muito, mas não vai contar pros meus pais. - Falo soltando ela.

- Ta me devendo uma. - Falou rindo.

Me despeço e vou em direção ao carro, entrego minha pequena mala ao motorista e entro no carro. Após ele entrar no veículo dou as cordenadas do local conhecido como Morro Do Alemão, e ele pisa no acelerador. Chegondo na entrada do morro já estava com o celular na mão respondendo alguns directs, então ligo pra Tina.

Ligação On

Lua- Tô aqui na entrada do morro, vem logo...

Valentina- Tá, já tou chegando ai.

Ligação Off

Passou uns 5 minutos ela chegou.

- Vem entra no carro não vou subir de pé e ainda tem minha mala. - Falei sorrindo.

- Sem fazer tumulto não é Lua Maldonado, tem que trazer uma mala de roupa. - Ela ri e entra no carro, o motorista finalmente entra no morro, tinha pessoas por todos os lados, algumas casas eram bem simples, mas o povo parecia bastante feliz. Ele para na frente de uma casa na qual ela tinha explicado, é bem grande, comparada as outras lá embaixo era uma mansão.

- Nossa, casa linda en miga!? - Falei enquanto saia do carro, pego a mala me despeço do motorista e entramos na casa, que estava com um cheiro muito bom de comida.

- Coroa, chegamos. - Praticamente gritou enquanto entravamos na cozinha.

- Oi tia Maria. - Sorrio sem mostrar os dentes e ela vem me abraçar, já tinha visto ela algumas vezes no colégio porém não tinhamos aproximação.

- Oi meu bem. - Falou me soltando. - A Valentina me fala muito sobre você, sintasse a vontade. - Sorriu e balanço a cabeça positivamente.

Valentina me puxa escada a cima para o outro andar, onde tem um corredor com várias portas e me mostra o quarto que eu vou ficar. Desmancho minha mala e coloco as coisas no guarda-roupa que tem no quarto pra mais tarde ficar mais fácil de encontrar e não fazer uma zona. Desço até a sala e encontro Tina no telefone e depois de alguns minutos desliga.

- Quem era ? - Pergunto me sentando ao seu lado no sofá.

- Meu irmão, pedi pra ele vir nos buscar pro baile. Ele disse que é pra a gente tá arrumadas 22:00h.

- Tá certo, então. - Dou de ombros.

Olho no meu celular é 19:30h, a mãe da Tina vem até a sala e nos convida pra jantar. E eu estava realmente com um pouquinho de fome, vamos até a cozinha e nos sentamos, logo após nos servindo.

- Tá uma delícia tia. - Falei colocando um pouco de comida na boca.

- Que bom que gostou minha filha. - Ela sorri de lado e continua. - Mas e cadê o seu irmão Valentina? Ele não vem jantar?

- Ah mãe ele tá na boca, então não vem agora, só na hora do baile.

- Esse menino eu não sei não. - Falou revirando os olhos.

Terminamos de comer e ficamos conversando sobre vários assuntos que nem vimos o tempo passar. Me levanto, recolho os pratos de todas e coloco na pia, olho a hora e já são 21:00h.

- Valentina a gente precisa se arrumar, ou então vamos chegar atrasadas. - Falo olhando pra ela.

- Vamos.

Subo as escadas e vou pro quarto em que estou hospedada.