Capítulo 22

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Acordei com o Nícolas levantando rápido da cama. Minha cabeça latejava, com toda certeza era ressaca.

- O que foi amor? - Falo com a voz de sono.

- Chegou um carregamento que tava previsto pra chegar só na terça. E os únicos que recebem é eu e o Ac que também tá aqui. - Ele fala pegando as roupas do chão.

- Então quer dizer que você vai pro Rio agora ? - Falo me sentando na cama e fazendo um coque.

- É, por quê?

- Eu vou com você.

- Não precisa o Ac vai comigo.

- Eu não vou ficar aqui sem você.

- Tá então arruma suas coisas.

Me levanto e olho a hora no celular é 11:30h. Vou direto pra banheiro, faço minhas higienes, tiro minha roupa e entro no chuveiro, tomo um banho rápido, gelado pra tirar a ressaca e vou pra frente do guarda roupa. Coloco a lingerie, uma blusa curta solta de manga, uma calça jeans lavagem escura com um tênis branco. Passo um rímel e um batom claro, arrumo minhas coisas na mala, arrumo a cama, desligo o ar, pego meu óculos de sol e desço. Deixo minhas malas na sala e vou direto pra cozinha, vejo Nícolas, Ac e Tina tomando café, ou melhor comendo frutas porque não dava tempo.

- Bom dia! - falo entrando na cozinha.

- Bom dia. - Valentina e Ac fala em uníssono.

- Cadê o resto do povo? - Falo ao lembrar do interrogatório pro bolsa família.

- Dormindo, só a mamãe que o Nícolas acordou pra dizer que estamos voltando e que ele vem buscar ela mais tarde. - Falou Valentina.

Pego uma maçã e começo a comer, Nícolas termina e vai colocar minhas malas no carro. Todos terminamos e entramos no carro, eu e Nicolas, Valentina e Ac.

- Mana, você vem com a gente.

- Pode deixar chefia, vai ter nada não. - Ac falou.

- Tanto faz só quero chegar lá logo. - Ele entra no carro, e coloca o cinto, eu coloco o meu também e ele arranca o carro e o Ac vem logo atrás. Em menos de uma hora chegamos no Rio. Eles nos deixa em casa e vão pra boca resolver o carregamento.
Olho pra Tina que sorri, pegamos nossas malas e entramos em casa.

- Estou morrendo de fome.

- Vai comprar salgados pra nós ali na padaria. - Entrego o dinheiro pra ela e a mesma vai.

Levo nossas malas pros quartos e começo a arrumar minhas outras malas, porque vou embora amanhã cedo. Confesso que vou sentir muita saudades daqui, me acostumei bastante, as pessoas aqui são legais, não são que nem a de Copacabana tudo fresca. Nunca vou esquecer o tempo que eu passei aqui. Na verdade eu não quero ir, mas é preciso. Começo a chorar sem perceber. Escuto a porta bater e Valentina entrar cantando, limpo meu rosto e ela entra no quarto que eu estou e senta na cama

- Aí mona, não vai embora.

- Eu também não queria ir mas é preciso. - Sorrio sem mostrar os dentes.

- Foge e fica a sua vida toda aqui, o Nícolas manda uns cara fazer sua segurança. - Rio e jogo uma blusa na cara dela.

- Para, sua besta.

- Só me promete que vai vim aqui, nos visitar!?

- Aff, nem parece que a gente se ver todo dia no colégio. Na verdade parece que eu estou indo mudar de cidade. É isso tchau Rio de Janeiro. - Rimos.

- Agora a besta está sendo você.

- Vem, me ajuda arrumar as malas.

Ela vem e me ajuda a arrumar as malas que rápido termina, vamos lá pra baixo e começamos a comer os salgados com um refrigerante​ que tinha na geladeira enquanto usava o celular. Vejo uma postagem no Facebook de um baile que vai ter aqui na comunidade.

A Patricinha Marrenta E O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora