Capítulo 37

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Sim, ele estava mudado. Está mais bonito, pude mesmo de longe ver que ele tinha feito algumas tatoo, está malhado, um sonho vamos se dizer assim. Decidi ir ao encontro dele logo, caminhei até a mesa em que ele estava sentado e parei na sua frente fazendo ele largar o celular que estava usando e olhar pra mim. 

- Boa noite Bruno Fonseca. - Falei sorrindo, e com uma mão na cintura. 

- Boa noite minha dama. - Falou levantando, pegou minha mão e beijou a mesma. 

- Nossa, ele tá mudado mesmo. Mas eu não dispenso um abraço não, vem cá. - Puxei ele pra um abraço rindo. 

- Nossa quanto tempo em neguinha. - Falou me soltando e puxando uma cadeira pra mim. 

- Pois é, você me deixou sozinha no mundo. - Falei me sentando na cadeira e te olhando sentar na outra a minha frente. 

- Você sabe porque fui embora, e tenho uma novidade pra te contar. - Falou e o garçom veio até nossa mesa. - Um vinho por favor.

- Um suco de laranja pra mim, por favor. Dei um tempo na bebida. - Falei pro garçom e o mesmo saiu. - Pois fale, também tenho um monte pra te contar.

- Ah, tudo bem. Eu vou morar no rio agora, meu pai terminou a construção da empresa e me chamou pra trabalhar com ele e claro que eu aceitei. Ficar perto dá minha família e dá minha neguinha, é tudo. - Falou animado e sorrindo, eu sabia que ele ainda gostava de mim, mas pra mim era apenas um jantar de amigos. 

- Nossa que bom, e ainda fica melhor pra você trabalhar com seu pai. 

- Agora conta as suas novidades. - Falou e o garçom chegou com nossos pedidos, tomei um gole do meu suco e ele fez o mesmo com seu vinho. 

- Bom, deixa pra depois. Vamos saber de você, namorou alguém por lá? - Falei tentando puxar assunto. 

- Namorar sério, não. Mas tinha uns rolos com umas gatas lá. Mas... Dona Lua, vai falando logo, nada de deixar pra depois. - Falou olhando nos meus olhos. 

- Tá, quando você foi embora eu fui estudar em outro colégio, aquele que sempre sonhamos e nossos pais nunca queria deixar. Conheci minha melhor amiga, uma baita morena chamada Valentina. - Suspirei - E tô grávida. 

- Você o quê? - Falou sem entender nada. - Ah eu mato aquele otário que se diz polícial. Caraí e seus pais, o que eles fizeram?

- Me colocaram pra fora de casa, mas eu tô morando no apartamento que minha vó me deixou. - Falei olhando pro suco, sem coragem de olhar pro seu rosto.

- Você pode morar comigo se quiser, claro. Sério, eu ia adorar te ter lá. 

- Melhor não Bruno, eu tô bem lá no apartamento. - Falei e bebi meu suco. 

- Me dá uma chance de fazer tudo diferente Lua, eu prometo que eu não sou mais aquele menino idiota que não te valorizava. Eu aceito você mesmo grávida, vou cuidar desse bebê como se fosse meu e não daquele inútil do polícial metido a besta. - Falou como se tivesse fechando um negócio. 

- Bruno, somos só amigos. Nosso tempo já passou, não vai ter mais volta. Você é novo tem tantas garotas mais bonitas que eu no Rio. Eu não posso fazer isso com você e nem comigo. - Falo abaixando a cabeça e me arrependendo de ter vindo. 

- Você não pode o quê? 

- Eu amo outra pessoa Bruno, não posso tá com você sem te amar. Não posso fazer isso com você nem comigo. - Falei olhando em seus olhos. 

- Sei, você ama aquele... Aff. - Revirou os olhos.

- Bruno, se for pra continuar falando disso eu vou embora. Dá pra jantarmos como amigos? - Falei decidida. 

A Patricinha Marrenta E O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora