Capítulo 5

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Acordo com um pouco de dor de cabeça por conta da ressaca, levanto e faço minhas necessidades matinais, logo após vou tomar banho. Visto o roupão e vou escolher uma roupa, pego um cropeed preto de crochê, um short jeans claro e uma rasteirinha, visto e guardo o restante das roupas na mala novamente. Olho no celular e são 9:50h, desço com a mala pra cozinha e vejo a mãe da Tina e o Nícolas sem camisa deixando a mostra algumas tatuagens sentados ao redor da mesa conversando. Se controla Lua Maldonado, ele é gostoso mas é um brutamontes e dono de um morro só quer te pegar.

- Bom dia. - Falei sorrindo, fazendo eles olharem pra mim.

- Bom dia. - responderam em uníssono, me sento justamente ao lado do Nícolas.

- Vai pegar o beco?- Olhei pra ele sem entender, mas depois entendo.

- Anrran, estou indo pra casa. Tia aqui por perto tem algum ponto de táxi? É que meu motorista não trabalha dia de hoje.

- Tome seu café primeiro querida, depois o Nícolas te leva lá.

- Não estou com fome, obrigada. E não quero atrapalhar, afinal ele tem que resolver as coisas dele.

- Não de boa, quando eu voltar eu resolvo.

- Não precisa é sério. - Sorrio sem mostrar os dentes.

- Precisa sim, tô falando.

- Tá. - Reviro os olhos. - Cadê a Tina?

- Tá dormindo. - Dona Maria revira os olhos e eu dou risada baixinho, coloco uma mão disfarçadamente na cabeça e faço um pouquinho de careta.

- O que foi?

- Ressaca. - Falo tirando a mão da cabeça e ele ri da minha cara.

- Já tinha bebido antes pelo menos?

- Claro. - Reviro os olhos.

Dona Maria me oferece café da manhã e eu recuso, não estava com tanta fome. Nícolas fica me olhando por um tempo, depois palavras saem da sua boca.

- Vamos minha marrenta. - Fala levantando e indo em direção a porta.

- Marrenta talvez, mas sua nunca. - Me levanto revirando os olhos.

- Esses dois. - Dona Maria fala rindo e balançando a cabeça negativamente.

Me despeço da dona Maria com um beijo no rosto e falo pra ela dizer a Valentina que eu deixei um beijo quando a mesma acordar. Saio na porta e o sol logo aquece o meu corpo, Nicolas já estava dentro do carro, sem camisa apenas me esperando. Coloco minha mala no banco de trás e entro no banco do carona, ele passa a marcha e pisa fundo. Vinhamos ouvindo Hungria o caminho inteiro, vinha tão entretida que não notei que estávamos chegando. Ele estaciona na porta da minha casa, eu desço do carro e logo após pego minha mala, ia passando quando ele puxa o meu braço pela janela do carro.

- Faltou só meu beijo.

- Se toca garoto, eu hein. - Falei jogando o cabelo com a outra mão.

- Tchau minha marrenta.

Ele me solta e eu entro em casa, fecho a porta e me encosto na mesma sorrindo, escuto ele saindo. Vou até a cozinha com a mala e vejo Lucy cozinhando alguma coisa que estava muito cheirosa por sinal.

- Bom dia Lucynha. - Sorri após falar.

- Bom dia Lua. - Me olhou. - O que aconteceu que ta animada?

- Nada. - Dei de ombros. - Tem nutella?

- Claro que tem minha Nutellinha...

Sorrimos juntas, eu pego o pote, uma colher e subo pro meu quarto levando a mala. Fecho a porta e deixo a mala no canto do quarto, abro a janela e me jogo na cama, ligo a TV e coloco PLL "Pretty little liars" e começo a comer a Nutella.

Nícolas On

Ela me deixa louco, ninguém nunca me disse não, ela é marrenta e patricinha.
Fico pensando em como vou pegar ela até chegar no morro novamente, vou direto pra boca pois tinha uns carregamentos pra nós e o AC não dava conta sozinho.

- Iae como é que vão as coisas aqui ? -Perguntei ao chegar.

- Os carregamentos chegaram Chefe, vamos lá olhar!? - Ac respondeu com os braços cruzados.

- Vamos. - Falei batendo no braço dele.

- Êh chefia se deu bem com a gostosa que tava na sua casa ontem, en!? - Ele ri.

- Mais respeito aí pow.- Dou um murro de leve no braço dele.

- Não me diga que tá pegando ela?

- Dês de quando te devo satisfação? Anda vamos logo. -Saímos e fomos ver os carregamentos.

Lua On

Chego ao final no pote, coloco em cima do criado-mudo, desligo a TV e fico pensando em Nícolas o quanto ele é idiota, lindo e gostoso até dormir.

A Patricinha Marrenta E O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora