Capitulo 16

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Acordo como sempre com o despertador do celular tocando, desligo e levanto. Abro a cortina da janela e vejo o morro todo ativo, me espreguiço e vou pro banheiro, faço um coque no cabelo, tiro minha roupa e vou tomar banho. 10 minutos depois eu saio do box e escovo meus dentes, saio do banheiro e vejo o Nícolas em pé na porta do quarto. 

- Onde é que você tava? - Cruzo os braços.

- Tava dormindo ué.

- Mas a gente foi dormir e você não tinha chegado ainda, onde é que você tava? 

- Tava na boca, marquei uma reunião de última hora. - Ele fala entrando e deitando na cama.

- Uhum, ok. - Abro o closet e procuro uma roupa.

- Que foi tá com ciúmes, ficou preocupada? - Ele me olha com um sorrisinho no rosto.

- Preocupada eu fiquei com ciúmes jamais. Agora vira pra lá que eu quero me vesti ou vou me atrasar.

- É sério isso?

- Eu estou dando risada? - Falo seria, ele revira os olhos e vira pro lado.

Visto uma blusa curta preta com simbolos, uma calça rasgada com uma botinha preta. Coloco umas pulseiras, um batom e solto meu cabelo.

- Pronto. - Falo pegando meu celular e coloco no bolso.

- Nossa que demora, já tava criando raizes de olhar pra parede. - Ele fala virando pra mim.

- Sem graça. - Pego minha mochila e coloco os livros das aulas de hoje.

- Tá toda bonita. - Fala me olhando dos pés a cabeça.

- Sou linda sempre amor. Vamos lá pra baixo. - Falo irônica, pego a mochila e começo a puxar ele.

- Tá vamos. - Ele levanta e nós vamos pra cozinha.

Pego uma xícara, coloco um pouco de café pra mim e me sento, ele se senta do meu lado e fica mexendo no meu cabelo.

- Nícolas para de mexer no meu cabelo, vou chegar com uma juba no colégio. - Bebo um pouco do café.

- Eu tô apenas com saudade.

- Ah, tá. - Bebo o resto do meu café, levanto e coloco a xícara na pia. Ele levanta e fica encostado no balcão.

- Vem cá.

- Não Nícolas me deixa.

- Vem cá, na moral. - Fez cara de pidão.

Vou andando até ele o mesmo coloca a mão na minha cintura e eu coloco as minhas no seu pescoço e sorrio.

- Que é? - Olho pra ele com a cabeça elevada por ele ser mais alto.

Ele me pega no coloco, me coloca sentada no balcão e nos beijamos intensamente.

- Eita que o dia hoje vai ser quente, já amanhecem assim!? - Paramos o beijo pra olhar pra ela que vinha entrando na cozinha.

- Cala a boca piveta. - Ela ri e pega uma maçã.

- Vamos Lua se não vamos nos atrasar.

Pulo do balcão ainda com Nícolas na minha frente, ele se afasta e eu saio, passo o braço no pescoço da Tina e falo.

- Vamos, menina estudiosa. - Vamos até a porta e o Nícolas nos acompanha. Pegamos o uber e vamos pro colégio.

As aulas foram um tédio, tocou o sinal e saímos. Chegando no pátio sinto alguém me puxando pelo pulso e vejo que é um menino que mora em algum morro, o Renan.

- Olha a patricinha tá toda gata hoje.

- Obrigada, mas me solta. - Tento me soltar e ele aperta mais forte.

- Ei deixa ela vai. - Fala entrando no meio.

- Vamos ali gatinha dá uns beijo. - Olho pro portão e vejo Nícolas parando o carro.

- Me solta seu drogado, meu namorado chegou.

- Que namorado o que? É só pra fugir de mim. - Vejo o Nícolas vindo em nossa direção e dá um empurrão no menino.

- Qual foi aí ? Deixa minha namorada se não quiser morrer seu drogadinho filho da puta.

- Você namora com esse otário? Tadinha.

- Olha como você fala comigo seu trombadinha. - Ele vai pra cima do menino e eu entro na frente, ele ia matar o menino.

- Ei Nícolas deixa o guri, vamos embora.

- Tô de olho viu pivete. - Ele fala sério e pega na minha mão entrelaçando nossos dedos.

Eu olho pra Tina que fica olhando ao redor, todo mundo tava olhando pra gente principalmente pra mim e Nícolas de mãos dadas, vamos pro carro e tia Maria está no banco de trás, eu entro no carro e sento no banco da frente, Nícolas entra e puxa o carro com tudo. Uma hora depois chagamos na tal fazenda e Nícolas não tinha dito uma palavra nada durante a viagem.
Saio do carro e vou ajudar Tina com as malas. A gente pega as malas e leva tudo lá pra dentro.
Era uma casa enorme, provavelmente maior que a da cidade.

- Vem Lua, vamos levar nossas malas pro quarto.

- Pode deixar que eu levo suas malas. - Fala ao entrar na casa.

- Não, pode deixar que eu levo. Tenho mãos pra isso. - Falo séria.

Ele me olha sério e passa direto. Eu e Tina subimos e eu vou pro quarto que vou ficar.

A Patricinha Marrenta E O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora