Capítulo 36

9K 372 17
                                    

Quando eu acordei Nícolas ainda dormia. Me levantei e fui pro banheiro, me olhei na frente do espelho, fiz um coque e comecei a lavar meu rosto.
Senti uma mão envolvendo minha cintura, levanto a cabeça devagar e vejo Nícolas sorrindo feito besta.

- Bom dia. - Falei sorrindo, com voz de sono.

- Bom dia. - Começou a beijar meu pescoço. Depois me soltou e foi pra pia ao meu lado.

- Vou marcar a primeira consulta hoje. - Falo pegando minha escova de dentes.

- Tudo bem. Amanhã finalmente volto pra boca, já não aguento mais ficar trancado em casa. - Fala e começa suas higienes matinais, reviro os olhos com o que ele falou.

Escovo meus dentes e saio do banheiro, pego meu celular, procuro uma clínica na internet, pego o número e ligo. Falo com a secretária do hospital e marco a consulta pra daqui a dois dias. Começo a arrumar minha bolsa pra voltar pro apartamento.

- Tá arrumando a bolsa por quê? - Falou indo até o closet pegar uma toalha.

- Vou pra casa. - Falei me sentando na cama juntando algumas coisas espalhadas no criado-mudo.

- Como é que você vai voltar pra casa se você foi EXPULSA POR SUA PRÓPRIA FAMÍLIA? Diz aí... - Fez questão de deixar bem claro, eu estava muito sensível não sei se por causa da gravidez mas essas palavras me machucaram. Ele veio do closet com a toalha no ombro.

- Eu tenho um apartamento, que minha avó deixou pra mim. Minhas coisas já estão tudo lá. - Falo emburrada.

- Então vai riquinha. - Fala indo pro banheiro.

Minha vontade naquele momento era de jogar ele no chão e dá tanto tapa, mas não dava. Terminei de arrumar minha mochila, coloco nas costas e vou pra cozinha, dona Maria estava lavando a louça do café.

- Bom dia! - Falo sorrindo tentando disfarçar minha chateação.

- Bom dia minha flor. - Fala se virando pra mim.

- Cadê a Tina? - Pergunto por não vê-la na cozinha.

- Foi atrás do Ac, saiu foi cedo. Mas e esse bebê ai como tá?

- Está bem graças a Deus, mas eu preciso ir pra casa. Tá uma bagunça lá pra eu arrumar. - Falo sorrindo.

- Tome pelo menos o café, você tem que se alimentar pra o bebê ficar saudável.

- Muito obrigado, mas eu vou indo.

Saio da cozinha indo em direção a sala, passo e olho pra escada, vejo Nícolas lá em cima com os cabelos molhados, só de short e... Fumando. Uma coisa que nunca tinha visto ele fazer. Saio da casa e entro no meu carro colocando a mochila no banco do passageiro. Ligo o carro e abro os vidros, precisava sentir o vento no rosto, faço a manobra e começo a dirigir indo pra casa. Vejo umas talaricas na rua fofocando e uma delas grita.

- Olha a rapariga que se diz tá gravida do nosso Nícolas, só pra pegar a grana dele e ser "patroa" do morro. - Já estava muito estressada mesmo, paro o carro no meio da rua e desço do mesmo parando de frente pra elas.

- Repete sua puta pra tu vê o estrago que faço nessa sua cara remendada. - Falo colocando o dedo na frente da cara dela.

- Ui, vai bater é!? - começou a rir com as amiguinhas dela.

- Bato em você e em mais cem se vier. Só pra deixar claro, não preciso de macho pra ter dinheiro não, pra isso existe trabalho e querendo ser patroa não bebê, eu já sou. Fazer o que!? Quem pode, pode.

- Rárárá, ela ficou nervosinha. - Avanço em cima dela derrubando ela no chão ficando por cima, puxando seu cabelo e dando murros na mesma. Sinto uma pessoa me puxando, e gritando.

- Para Lua, tá louca!? Para guria. - Valentina falou me puxando até que sai de cima da menina, ficando de seu lado e arrumando meus cabelos percebendo o tanto de gente que tava olhando. - O que foi que aconteceu aqui ?

- Essa puta que roubou nosso Nícolas com uma falsa gravidez. - Falou limpando o canto da boca que estava sangrando.

- Meu Deus, pra que eu perguntei? Tu cala tua boca se não eu deixo ela te arregaçar, porque capacidade ela tem. Vamos... - Falou me levando até o carro, entro e ela se encosta na janela. - Você é louca, brigar no meio da rua e pior estando gravida!?

- Não sei, minha cabeça esta latejando, vou pra casa.

- Tá bom, cuidado.

Ela desencosta do carro e eu acelero agora definitivamente indo pra casa. Chego no prédio, coloco o carro na garagem, pego minha mochila e vou pro elevador. Chegando na porta do meu apartamento, procuro a chave e abro a porta, fecho a mesma. Vou direto pro meu quarto, jogo a mochila na cama e procuro minha bolsinha de remédios, pego um remédio pra dor de cabeça e vou pra cozinha, pego um copo de água e tomo o mesmo.
Tava morrendo de fome, fiz um sanduíche saudável e um suco de morango da poupa. Fui pra sala, liguei a TV em Teen Wolf e comecei comer. Levantei e desliguei a TV, comecei a arrumar o apartamento, já que não tinha contratado ninguém ainda. Quando terminei fui direto tomar banho, vesti meu conjunto da Calvin Klein, e me deitei na cama mexendo no celular. Três horas da tarde recebi uma mensagem inesperada.

Mensagem On

Bruninho ❤ - Oi Mozona, estou no Rio, vamos jantar hoje!?

Lua Maldonado🌙- Oi dlç, que bom, vamos sim. Só dizer a hora e o local.

Bruninho ❤- Local o mesmo de sempre, no restaurante perto da praia e as 19:30h quero você lá. Quero saber das resenhas.

Lua Maldonado 🌙- Hahahah, vai saber sim, tinha que ser Bruno mesmo.

Bruninho ❤- Beijão, até mais tarde. Tchauuuuuu.

Lua Maldonado 🌙- Tchau. <3

Mensagem Off

Não estava acreditando que meu amigo está no Brasil e melhor no Rio, fomos amigos de infância, namoramos por um tempo mas não deu certo e ele teve que ir pra Portugal fazer faculdade. Eu estava super animada pra esse encontro que logo levantei da cama e fui lavar meu cabelo. Quando terminei fui até a cozinha e peguei algumas frutas pra comer, aproveitei e bebi água, precisava está hidratada. Voltei pra cama e contei tudo pra Tina, o que tinha acontecido com Nícolas, com as talaricas e com o Bruno. Quando olhei no relógio já era 18:00h, as horas voam quando tô falando com a Tina, dei um pulo da cama, coloquei meu celular pra carregar e fui tomar um banho caprichado, quando sai fui pra frente do espelho com o babyliss e fiz cachos na ponta do cabelo. Vou no closet e pego um conjunto de cropeed decotado e saia preto.
Coloquei um salto fino bege e fiz uma make de noite que quase não sai, coloquei um relógio e um anel. Tirei o celular do carregador e coloquei dinheiro na capinha do mesmo, liguei pro uber e em alguns minutos eu estava na portaria. Entrei no uber, falei o endereço do restaurante e ele me deixou na porta. Quando dei os primeiros passos vi o Bruno na mesa que sempre sentávamos.

A Patricinha Marrenta E O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora