Capítulo 28

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Chego no morro e paro de frente a casa do Nícolas, pego meu celular e ligo pra ele.

Ligação On

Lua- Estou aqui na porta abra a garagem, por favor.

Nícolas- Belê, já tô descendo.

Ligação Off

Ele abriu a garagem, coloquei o carro dentro, peguei minhas coisas e sai do carro. Ele me abraçou e eu retribui, fomos de mãos dadas até o quarto dele. Pelo visto não tinha ninguém na casa. Coloquei a chave do carro, meu celular e as outras coisas em cima do criado-mudo e me deitei. Ele trancou a porta e se deitou por cima de mim.

- Onde foi que a gente parou ontem? - Falou com cara de safado.

- Se você não me esmagar antes, seu gordo. - Jogo ele de lado e me sento no colo dele. - Paramos aqui.

Ele sorri, um sorriso lindo que só ele tem, que deixa qualquer garota doida, e me beija com desejo. Paramos o beijo e eu tiro meu tênis e jogo bem longe, tiro sua camisa e arranho seu peitoral...
Quando voltei a terra estava abraçada com ele embaixo dos lençóis. Dei um beijo nele e fui até o banheiro, tomei um banho e voltei. Fui pegar uma camisa dele e achei uma calcinha minha no meio das roupas dele. Vesti as peças íntimas e a enorme blusa dele, passei um dos perfumes dele e fiz um coque no cabelo.

- Vai tomar banho?

- Vou.

- Vou fazer chocolate e pipoca pra gente. - Falei fazendo arminha com a mão pra ele, que riu e balançou a cabeça.

- Tá. - Falou beijando minha testa e indo pro banheiro.

Desci as escadas e fui até a cozinha, coloquei as pipocas no microondas e fui preparar o chocolate. Tava mexendo o chocolate quando senti alguém me abraçar por trás e beijar meu pescoço, senti o perfume mais delicioso desse mundo. Me virei e dei um selinho demorado nele, ele estava apenas de short, sem camisa o que deixava seu peitoral a mostra.

- Vai queimar o chocolate. Mexe ai pra mim, por favor.

- Não sei fazer isso. - Falou pegando a colher.

- Só mexer Nícolas, e não deixa grudar.

- Tá. - Falou emburrado, fui até o microondas e tirei as pipocas.
Peguei dois baldes de pipocas tipo os de cinema e coloquei as pipocas.

- Acho que já tá bom desliga o fogo e coloca o chocolate em um prato, depois você coloca na geladeira.

- Tu tá mandona viu. - Reclamou.

- Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Anda logo. - Ele ri e faz o que eu pedi. Pegamos as pipocas e fomos pro quarto.

Ligamos a TV e colocamos um filme romântico que achamos na Netflix. Assistimos e comemos, jogamos pipoca um no outro e então eu desci pra pegar o chocolate, peguei duas colheres e voltei pro quarto. Tava terminando o filme quando meu celular toca, pego o mesmo e era a minha mãe.

Ligação On

Lua- Oi mãezinha.

Mãe/Eliana- Onde você está Lua? Você sai não diz nada, tome jeito.

Lua- Mãe eu estou na casa da Tina fazendo um trabalho de artes. - Minto.

Mãe/ Eliana- Tá bom, vê se não volta tarde. São 19:00h quero você aqui no máximo 20:00h.

Lua- Tá,te amo.

Ligação Off

- Vou ter que ir embora...

- Ah não, fica mais.

- Minha mãe me mata, ela tá mó estressada deve tá na TPM. - Dou risada e reviro os olhos.

- Tá bom, então vou te deixar na sua casa.

- E como você vai voltar? - Pergunto sem entender.

- Eu vou de moto atrás de você.

- Melhor não, você sabe que lá é bairro nobre e que tem polícia a todo momento. - Ele levanta.

- Não quer que eu vá, belê.

- Você que sabe. - Me levanto e visto minha roupa, ele veste uma camisa e coloco a arma na cintura.

Pego as minhas coisas em cima do criado-mudo e desço pra garagem. Destravo o carro e entro no mesmo. Nícolas abre a garagem e acelero, paro um pouco a frente e ele sai de moto, fecha a garagem e eu vou dirigindo a sua frente.

*****

Em alguns minutos chegamos em casa, estaciono o carro na porta de casa e ele faz o mesmo com a moto.
Ia descendo do carro quando minha mãe aparece na porta.

- Achei que não ia vim mais hoje. - Me olha séria e eu reviro os olhos.

- Que exagero. Mãe esse é o Nícolas... - Olho pra ele. - Irmão dá Valentina.

- Muito prazer. - Ela estende a mão, ele pega e beija a mão dela. - Cinco minutos pra entrar.

- Tá bom. - Ela entra, deixando eu e o Nícolas sozinhos. - Vamos entrar...

- Não posso tenho que voltar. Mas por que você não falou que a gente tá namorando?

- Porque não é hora ainda. - Fito o chão.

- Você que sabe, agora vem aqui. - Ele fala me puxando pra perto dele e me beijando suave. Retribui o beijo, mas parei ao lembrar que minha mãe poderia vir a qualquer momento ou pior meu pai. - Que foi?

- Meus pais. - Falo me afastando.

- Ah, blz. Já vou indo então. - Ele vai até a moto, sobe na mesma e acelera. Fico vendo ele sumir no final dá rua.

Entro em casa e jogo a chave do carro no sofá. Vou até meu pai que já está sentado na mesa junto com a minha mãe e dou um beijo no seu rosto.

- Boa noite paizinho.

- Boa noite minha Lua, estávamos só te esperando. - Balanço a cabeça positivamente e vou lavar minhas mãos na pia da cozinha.

Volto e me sento, Lucynha vem e serve o baião de dois.

- Senta com a gente Lucy. - Falo olhando pra ela.

- Que isso Lua, não posso. Vou jantar lá atrás mesmo. - Fala sorrindo.

- Faço questão. - Falo apontando pra cadeira.

- Posso? - Ela pergunta olhando pro meu pai, o mesmo balança a cabeça positivamente e ela se senta.

Jantamos todos juntos, terminamos e eu subo pro meu quarto.
Tomo um banho morno, faço minhas higienes e visto meu pijama. Ligo o ar-condicionado e me deito na cama. Tava quase pegando no sono quando lembro do carro. Levanto e coloco o carro na garagem, volto e durmo.

A Patricinha Marrenta E O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora