Prólogo

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Sangue. Eu sabia o quanto ele desejava o meu. Edward já havia me dito em nossas conversas que meu sangue era algo irresistível para ele, que cada vez que ele sentia o sangue pulsando em minhas veias ele tinha vontade de prová-lo. Eu sabia que o esforço que ele fazia quando estava em minha presença e era surpreendente, ele era calmo e mantinha uma distância segura para mim. De uma certa forma eu sentia muito por ele, deve ser difícil ter que lutar internamente contra uma coisa de sua natureza, a sede. Era ela quem mantinha Edward forte depois da transformação, sem sangue ele ficaria fraco.

Foi uma descoberta significante a de que o sangue humano poderia ser substituído por sangue animal na dieta dos vampiros. Do contrário, eu já estaria morta desde o dia em que os Cullen se mudaram para a minha escola.

Edward e a família eram realmente fascinantes. Eles conseguiam manter o controle e bem mais que isso, conseguiam conviver com humanos, até aí tudo bem, mas Edward se apaixonou por mim e eu por ele. Tínhamos que lutar contra nossos desejos egoístas de ficarmos próximos um do outro. Não tinha como evitar, estava virando uma obsessão. O cheiro dele, a presença dele, a voz... Tudo em Edward Cullen me fazia querer mais e mais a presença dele na minha vida. E isso era um erro.

Imortalidade. Toda vez que algum deles mencionava essa palavra eu sentia arrepios. Não deveria ser tão ruim, afinal, ele poderia usar esse tempo todo para fazer coisas que desejasse como Carlisle que estudou durante décadas e se tornou um médico importante. Eu realmente não sabia por que Edward se negava a me transformar, era a única forma de ficarmos juntos para sempre. Ele não teria que lutar contra a vontade de tomar até a última gota do meu sangue e eu poderia passar incontáveis horas próxima dele.

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