37. Banho de Sangue

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 Oi pessoal! Obriga por acompanharem a história e votarem nela  *u* 


"Eu me afastei para enfrentar a dor, fecho meus olhos e me desvio sobre o medo. Nunca encontrarei uma maneira de curar minha alma, vagarei até o fim dos tempos. Meu coração está partido. Durma docemente meu anjo negro nos livre da custódia do sofrimento, não posso continuar vivendo dessa maneira. Mas não posso voltar pelo caminho que vim. Acorrentada a este medo que nunca encontrarei uma maneira de curar minha alma, e vagarei até o fim dos tempos. Meio viva e sem você. Meu coração está partido. Durma docemente meu anjo negro, nos livre. Mude, abra seus olhos para a luz. Eu neguei por tanto tempo. Diga adeus."

My Heart Is Broken -Evanescence


Milla


  Eu sabia que ele estava atrás de mim. Podia sentir cada célula do meu corpo receber uma dose de adrenalina, para manter meus pés correndo, para não ser pega. Para não morrer.

  A essa altura, minha parte racional já não existia. O instinto de sobrevivência era o que me matinha de pé.

  Quando era criança, minha professora do sexto ano, a Srta. Lewis, passou um trabalho sobre felinos baseado em um documentário que tínhamos visto. Tio Joe e eu pesquisamos vários felinos, mas o que mais me interessou foi o guepardo. A velocidade que ele podia alcançar era 110 a 120 km/h, mais rápido que qualquer presa. Por ser carnívoro, o guepardo fica observando a presa de longe e depois da um ataque surpresa.

  Eu sabia muito bem o que uma presa sentia ao ser perseguida. Não podia vê-lo, mas sabia que ele estava ali, em algum lugar, só esperando o momento certo para atacar. Minha respiração estava dificultando a fuga, se eu não parasse um pouco meus pulmões explodiriam dentro de mim. Era como se eu estivesse pisando em cacos de vidro, pois meus pés doíam.

  A floresta parecia um labirinto escuro, as árvores me confundiam o tempo todo, como se eu estivesse correndo em círculos.

-ACHA MESMO QUE PODE CORRER MAIS DO QUE?! - a voz dele surgiu como um trovão, de algum lugar próximo e ecoando por toda a floresta. Estremeci.

  Então era isso? Por mais que tentasse fugir, ele seria mais rápido? Mas, afinal, o que ele era?

  As batidas aceleradas do meu coração, latejando em meus ouvidos, me fez acordar para a realidade. Me forcei a correr novamente.

-É assim que prefere? Presa e caçador? -ele perguntou irônico. Senti um vulto passando rapidamente ao meu lado. Por entre as árvores.

  Ao tentar me desviar acabei não vento o troco caído no meio do caminho. O impacto me fez sair rolando pela floresta, a relva e os galhos caídos chicoteavam meu corpo. Finalmente parei eu um tronco de árvore, pensei que tivesse torcido o pé.

  Edward parou a minha frente. Tentei me arrastar para longe, mas ele me segurou pelo pé. Apertando mais ainda. Senti meu osso trincando e gritei de dor enquanto ele me puxava de volta.

-Não faça isso, Edward. -implorei chorando- Sei que não é você! Você não quer me machucar.

  Ele permaneceu calado. Seus olhos escuros se aproximaram dos meus quando ele agachou. Minha respiração acelerada e meu coração eram as únicas coisas que eu conseguia ouvir.

-Shh... -ele disse passando a mão pelo meu rosto. A ferida em minha cabeça fazia o sangue escorrer pelo meu rosto. Edward pegou uma gota nos dedos e a levou até perto da boca.

  Parecia que estava apreciando o cheiro, ou algo do tipo, e em seguida levou até a boca. Fiquei imóvel, observando ele provar meu sangue.

-Edward...O que é você? -perguntei baixinho, como se tivesse refletindo.

-Não sou o Edward. -ele sorriu- Sou seu maior pesadelo... o monstro dentro dele.

Fechei os olhos.

  A morte estava cada vez mais perto. Minha hora havia chegado? Meu destino era morrer nos braços dele?

  Sempre soube que o amor podia ser minha ruína. Minha overdose. Mas ignorei todos os avisos... até ser tarde demais.

Alice

-Eu disse que ganharia a aposta. -Emmett disse se gabando.

-Não existe aposta nenhuma, você estava competindo com você mesmo. -Jasper disse.

  Entrelacei nossas mãos e dei um selinho nele.

-Vocês são fracos demais para competir comigo. -Emmett disse rindo.

-Nunca diga nunca, docinho. -Rose sorriu- Você pode ser o mais forte, mas tem que obedecer às minhas ordens.

  Ele deu ombros.

-Parece que tem ondas de vergonha vindas de você, grande urso. -Jasper disse, fazendo todos nós rir.

-Isso não tem graça. -Emmett rebateu emburrando.

-Edward está demorando demais, não acham? -Rosalie perguntou depois de um tempo.

  Olhei para Jasper preocupada, mas ele me acalmou.

-Deve estar por aí caçando, ele é exigente demais. -Emmett brincou.

  Entramos pela varanda dos fundos, todos rindo de Emmett. Que havia desafiado Jasper, mas acabou perdendo. Enquanto andávamos até a sala, Jasper apertou minha mão.

-Tem alguma coisa errada. -ele disse sério.

-O que foi, amor? -perguntei preocupada.

  Nem precisou dele responder. Ao chegarmos na sala, Carlisle e Esme se levantaram imediatamente quando chegamos. Os dois estavam sérios.

-O que houve? -perguntei.

-Vocês encontraram Milla por aí? -Carlisle perguntou com o telefone na mão.

-Milla? Não. O que ela faria por aqui? -Emmett disse.

-Assim que voltamos, vimos o carro dela estacionado no lado de fora. Encontramos um bilhete dela na porta. -Esme disse, parecia preocupada- Pensamos que ela estivesse com vocês.

-Estávamos caçando, não vimos ela. -Jasper disse- Chegaram quando?

-Pouco tempo, os tios da Milla ligaram preocupados. Dissemos que ela estaria em casa logo.

-Me deixe ver o bilhete.

  Ao pegar o pequeno pedaço de papel. Ao sentir a caligrafia dela contra o papel, tive uma visão.

  Muito sangue. A relva densa e escura estava coberta pelo sangue vermelho escuro, a visão estava desfocada, mas consegui ver um corpo caída. Estremeci, segurei a mão de Jasper mais forte.

-Alice? O que foi? -a voz de Carlisle estava distante.

  Tudo em que eu me concentrava, era em identificar o corpo caído no chão. Conhecia a floresta, as árvores eram as mesmas que ficavam perto daqui. Alguém se aproximou do corpo caído, um homem. Imediatamente soube quem era.

  Edward.

  Algo ruim estava acontecendo. Ou ia acontecer.

  Quando ele se afastou pude reconhecer quem era a mulher caída no chão. Todo aquele sangue pertencia a ela... Milla estava morta.

-Ele vai matá-la! -gritei quando a visão acabou- Temos que impedir!

-Quem vai matar quem? -Esme perguntou.

-Vi Edward, e Milla. Ela estava...

-Alice.

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