15. Súplica

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15. SÚPLICA

"Me dê um pouco de amor, me dê um pouco de amor e me segure [...] me dê um pouco de amor e me abrace forte"

I went too far -AURORA

Milla

Alguns minutos depois da nossa chegada, Rose e Alice disseram que precisavam ir ao banheiro e que não demorariam. Concordei, eu ainda estava com um pouco de medo por estar temporariamente sozinha naquele lugar barulhento.

Estava distraída em meus pensamentos quando um homem se aproximou.

-Posso me sentar aqui? -ele perguntou. Seu rosto era familiar.

-Na verdade, minhas amigas só foram ali. Logo vão estar de volta. -respondi indiferente, ainda olhando para a taça a minha frente.

-É só até elas voltarem. -ele disse já se sentando com uma garrafa na mão- Desculpe incomodar, mas eu conheço você de algum lugar.

-Eu acho que não.

-Você é Milena Arcker, certo? Você conhece o meu irmão.

-Como você sabe o meu nome? -perguntei séria. Notei que ele estava bêbado.

-Eu sou de Forks também, é bastante coincidência, não?

-Não, quem é seu irmão?

-Mike, ele disse que você e ele estavam saindo.

-O que?! -levantei exaltada- Ele está aqui? Onde?

-Ei, calma. Ele não está aqui.

-Então como me conhece?

-Já falei, Mike me disse que vocês namoram.

-Isso é uma mentira, nós não temos nada. Ele é um pervertido aproveitador.

-Melhor maneirar nas palavras, mocinha. -ele disse- Não gosto que fale assim do meu irmão.

-Você gostando ou não, é isso que ele é.

Me levantei, mas ele agarrou meu pulso.

-Me solte.

-Não, espere aí. Começamos com o pé errado.

-Eu não quero conversa com nenhum Newton. -saí andando e ele veio andando atrás de mim- Para de me seguir!

-Espere, me deixa pagar uma bebida para você.

-Eu vou chamar o segurança!

Duas mãos fortes cravaram nos meus braços me puxando para a pista de dança. Eu tentava me soltar de suas mãos que me apertavam fortemente, mas ele continuava a me puxar. As outras pessoas não pareciam se importar, estavam em seus próprios mundos regados a álcool.

-Você é mesmo bonita, acho que Mike não vai se importar se eu aproveitar um pouco.

-Tire suas mãos de mim, seu idiota! -as tentativas de investir qualquer golpe nele eram impossíveis. Ele era bem maior do que eu e bem mais forte. Conseguia controlar a situação com facilidade.

-Socorro! Alguém me ajude!

Tentei gritar, mas a música era alta demais para alguém me escutar. Ele tampou a minha boca com a mão, toda vez que eu me mexia para tentar escapar ele me apertava mais. Pressionando meus pulmões. Como ninguém havia percebido um brutamonte me puxando para um canto escuro?! Ele estava praticamente me carregando!

-Se você tentar se soltar vai ser pior. -o cheiro de bebida vindo dele me deixava enjoada.

-O que você vai fazer comigo? -não pude evitar as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

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