Capítulo 8

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Alicia

Cheguei no hospital gritando pelo meu pai , sei que muitos pensaram que eu eram louca mas eu não estava nem aí queria saber do estado dele.

- Oi por favor me diga cadê  o meu pai?

- Como é o nome do paciente?

- Eduardo Andrade .

- Certo é o rapaz que sofreu um acidente de moto nessa tarde ?

- Sim, me diga logo.

Eu já estava impaciente com aquela ruiva falsa, será possivel que ela não via meu desespero?!

- Ali fica calma amiga você está grávida não pode ficar assim.

Emy estava do meu lado foi ela que me trouxe pra cá com o tio Maik ele também está arrasado no caminho eu até vi umas lágrimas  se escorrendo.

- Venha Alicia vou te levar até a sala do doutor Neres.

Ela me guiou e fomos até uma sala muito bonita , com uma decoração impecável .

- Alicia sente se por favor.

Puchei a cadeira e me sentei encarando o rosto dele, estava sério e aquilo me assustava muito .

- Doutor me fala como está o meu pai?

- Alicia devido ele estar em alta velocidade  perdeu o controle da moto que veio cair em uma pirambeira , mas a mesma não era muito alta, seu pai quebrou a perna direita e teve apenas alguns arranhões.

- Então quer dizer que tudo foi só um susto doutor ? Meu papai está bem posso vê-lo?

- Então se fosse somente por isso sim ele estaria bem, o problema e que a alça do capacete não estava presa e no impacto  veio a sair da cabeça dele  o que resultou uma pancada muito forte, o que eu quero dizer Alicia é que seu pai está com coágulos de sangue no cérebro e isso está fazendo com que inche...

- Meu pai vai morrer?

Debruçei na mesa e não me contive comecei a chorar ,Emy me abraçou mas seu a aconchego não resolvia eu queria o colo do meu pai.

- Calma Alicia estamos fazendo de tudo para salvá-lo.

Segurei com muita força na mão do doutor e supliquei a ele.

- Salva meu pai por favor ,trás ele de volta pra mim.

- Faremos o possível.

Saí daquela sala sem chão , a possibilidade de perder meu pai me fazia ter medo de viver , eu não poderia ficar sem ele era a única pessoa que eu tinha na vida meus avós já tinha morrido , eu só tinha ele.

- Ali você quer comer alguma coisa?

- Não estou com fome.

- Mas é preciso você agora tem um bebê que por acaso está dentro de você.

- Alicia minha filha coma algo você tem que ser forte agora.

Essas foi às únicas palavras que o meu tio disse depois que ficou sabendo da notícia .Fomos para a lanchonete tomei apenas um suco não estava com fome a tristeza me fazia sentir um nó no peito e uma dor no estômago.A noite demorou a passar tia Mirela ficou comigo enquanto Emy e tio Maik foi dormir em casa, em um dado momento da noite fui até o banheiro minha bexiga estava apertada , quando olhei no espelho não reconheci a garota que refletia ali era triste e o brilho dos olhos verdes havia se apagado e estava com olheiras e pálida, aquela garota era eu.

                        ****

Acordei no outro dia escorada no ombro da minha tia , na verdade é só de consideração eles são amigos do meu pai desde quando eu era criança.Olhei ao redor e passava algumas enfermeiras perguntei pelo meu pai e uma me indicou a sala do Dr.Neres ele estava cuidando do caso do meu pai.

Avisei minha tia e ela me acompanhou até a sala , chegando lá Neres observava alguns papéis que imagino eu que seja do meu pai.

- E aí como ele está?

- Fizemos uma cirurgia amenizou um pouco o inchaço mas não temos resultados concretos precisamos acabar com os coágulos.

Nesse momento minhas lágrimas já estavam caindo dos meus olhos e queimando minha pele, o doutor tentou me confortar abrançando-me.

- Você já pode ir vê-lo.

O fitei rápido e feliz por saber que ia ver o meu pai.
Ele me guiou até o quarto e quando a porta foi se abrindo eu vi meu pai deitado naquele leito pálido e desacordado  com uma faixa enrrolada na cabeça e um monte de aparelhos ligado a ele sem contar com fio que ficava preso no seu dedo , e o único baruho que tinha naquela sala era um aparelho apitando,meu coração doeu, mas não podia chorar não na frente dele.Me aproximei da cama e fiquei observando meu papai como ele é lindo porém  vê-lo aqui sem um sorriso no rosto e suas covinhas aparecendo me fazia sentir tristeza e vontade de estar no lugar dele. Comecei a lisa sua mão era tão grande perto da minha , de repente senti ele se mecher , e meu pai está acordando.

O jogo do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora