Capítulo 11

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Alicia

...E quando olhei novmente para o meu pai...

Seus olhos estavam se fechando lentamente, e aquela máquina começou a disparar.Corri até ele.

- Papai? Você está bem? Não quero que durma agora por favor acorde, sei que está cansado mas não quero, você lembra a última vez que falou que estava com sono ? Pois bem acorde por favor? Porque não me responde sou eu Alicia sua filha fica comigo tenho medo de ficar sozinha.

- Com licença Alicia , ei tire a garota daqui.

Doutor Neres entrou correndo e colocando uns aparelhos no meu pai.

- Me solte eu preciso acorda meu.

Gritei pulei mas não resolvia o enfermeiro era forte o suficiente para me segurar.

- Rápido 220 v

Eles estavam dando choque no meu pai mas o mesmo não respondia a nada, porque ele está desse jeito ?! minhas pernas estão fraca e algo dentro de mim está se apagando, mas eu não quero .

Doutor Neres jogou aquele negócio de lado e me olhou triste.

- Fizemos de tudo mas ele entrou em óbito.

Óbito minha mente demorou alguns segundos pra entender que palavra é essa  , o doutor Neres me olha triste e ele sabe que não estou entendendo nada.

- Alicia , me desculpa mas não conseguimos salvar seu pai ele faleceu.

- Isso não pode ser verdade doutor meu pai só tem 34 anos ele é novo tem uma vida toda pela frente e-e-e ele vai ser vovô.

- Eu sinto muito.

Ele se virou e deu as costas para mim, corri até meu pai seus olhos então cerrados seus lábios perdeu a cor, mas ele nunca dormiu assim.

- Papai acorda diz pra eles que é mentira , que você está apenas dormindo, eu sei que você está cansado mas agora não é hora de dormir...

Ele não quer me responder e eu não quero acreditar.Comecei a sacudi-lo desesperadamente e o choro tomou conta e o grito.

- Papai!!!!!!!!!! Acorda temos as férias pra curtir , você tem que conhecer o bebê, e você ainda pode terminar sua faculdade.

Ele não acordava , meu pai tinha ido embora ele me deixou.

- Você prometeu que nunca iria me deixar, porque ? Porque agora você partiu?
Papai eu sou tão pequena ainda não sei viver sozinha me ajuda, não me deixa aqui a merce desse mundo todo sozinha.

Chorei deitada em cima do meu pai gritei o mais alto que pude , mas não resolveu muita coisa então senti minhas forças se acabando e a minha mente se apagar.

                     ****
-Alicia?

- Emy , na onde eu estou  ?

Acordei atordoada , sem conseguir assimilar as coisas.

- Você está no hospital , teve uma queda de pressão e desmaio.

- Onde está o meu pai ? Me leva pra casa quero vê-lo estou com saudades .

Emy ficou Tensa e uma lágrima caiu do seu olhar, só então me lembrei de tudo que tinha acontecido.

- Tudo bem Emy agora me lembro o que aconteceu.

- Já arrumaram os papéis pra velarem meu pai?

- Meu pai está cuidando disso.

- Sabe Emy até no último minuto ele pensou em mim.

- O tio Eduardo era um bom homem, Elisa está sabendo ela vai vim pro velório.

Ignorei totalmente o fato de saber que Elisa viria.

- Ele disse que queria dormir e então me mandou sair só pra mim não vê-lo morrer , mas Emy meu coração me contou que eu estava perdendo o meu pai.

O choro estava tomando conta da minha vida nesses dias.

- Não chora amiga , você é forte vai superar.

                 ******

1 semana depois

-Alicia vamos pra aula você não pode ficar perdendo aula vai tomar bomba.

- Hoje não vai dar pra ir .

Essa semana foi difícil pra mim andar em cada canto dessa casa e não poder lembrar do meu pai, encontrei o que ele me disse minutos antes de morrer , a cesta minha roupas e um pingente era lindo e tinha umas inicias "M e A", mas eu não me importava  com isso que se dane essa mulher eu a odeio , que se dane todos que tem ligação com ela , não quero vê-lá nunca na minha vida.
Elisa apareceu no velório do meu pai chorava muito deu pra perceber que ela estava arrependida , queria até me levar com ela mas eu não fui, se o meu pai conseguiu lutar sozinho com uma criança eu também consigo.

Fiz  os deveres de casa e subi pro meu quarto e fui tomar um banho , dentro do banheiro uma dor forte começou no pé da minha barriga , doía muito  eu corri até o celular e o único número que achei primeiro eu liguei.

- Gustavo por favor me ajuda estou passando mal.

Escutei apenas o tu... do telefone ele desligou na minha cara que canalha. Troquei de roupa peguei apenas o celular e sai andando, fui andando devagar e a dor aumentar cada vez mais, eu ia demorar um pouco pra chegar o hospital mais próximo era 3 km, depois de alguns minutos andando  ouvi uma moto se aproximar .

- Ei você está precisando de ajuda aí?

Eu reconheci  muito bem aquela voz.

- Não muito obrigado, não ando com playboy metido .

- É você de novo garota?!

- Vai embora daqui não preciso de você.

Nesse momento a dor se intensificou encostei na parede e comecei a me apertar.

- Que jeito doido de chamar atenção em morena!

Eu não acredito ele estava rindo da minha cara mas que idiota , esse cara vai me pagar.

- Vai embora , porque está me seguindo.

Tentei falar forte mas minha voz saiu fraca e trêmula.

- Ei você não esta   bem mesmo vêm vou te ajudar.

- Tira as mãos de mim seu imbecil.

Dei outro tapa na cara dele mas não foi forte porque minhas forças estavam se acabando.

- Você é muito teimosa além de eu estar oferecendo ajuda, ainda quer me violentar.

- Aiiii!!!!

Gritei o mais alto que pude aquela dor era horrível, e meu corpo me traiu senti ele desfalencendo e minha mente se apagar.

O jogo do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora