Quando cheguei e abri a porta, encontrei Nina sentada no sofá, os braços cruzados sobre os seios. Fechei a porta e ela virou seu rosto para mim, o mesmo iluminando-se. Não dei muita moral, eu só queria a minha cama; então subi e escutei passos atrás de mim.
- Oi, Will - ela entrou no meu quarto atrás de mim e jogou seus braços ao meu redor.
- Oi, Nina - falei sem ânimo, me soltei e sentei na cama para tirar meus sapatos, os chutando em um canto.
- Onde você estava? Está cheirando a sexo - comentou torcendo o nariz.
- Você já sabe o que eu estava fazendo, não precisa saber onde eu estava - seu nariz torcido virou uma carranca.
- Você estava no bar, não é? Estou sentindo o cheiro de pinga em você.
- O que é isso? Está parecendo uma namorada ciumenta - abri os botões da minha camisa e a pendurei na cabeceira da cama.
- Só não gostei de saber que você anda por ai procurando uma vadia para dar para você - cruzou os braços e fez um bico enorme.
- E o que você tem a ver com a minha vida sexual?
- Nada, mas eu me preocupo com você - ela explodiu, andando de um lado para o outro no quarto - William, já nos conhecemos a muito tempo e me importo de você escolher qualquer mulher por ai para levar para cama. Se quer transar com alguém, eu estou aqui.
Olhei para ela com o cenho franzido.
- Você é minha amiga, não vou transar com você - falei.
- Tarde demais para dizer isso, você já transou comigo, esqueceu? - ela perguntou e aproximou-se, empurrando-me na cama - e eu sou mulher, você um homem, a atração é inevitável. E eu nunca te esqueci, Will, sinto falta dos seus beijos, do seu corpo nu e eu entendo o que essas vadias que você pega por ai sentem quando você diz que é só por uma noite - ela inclinou-se para mim e mordiscou minha orelha - você é um deus do sexo.
A empurrei de cima de mim e me sentei na cama.
- Sou eu que bebo e você é quem fica bêbada? - perguntei - é melhor você ir para sua casa, preciso dormir.
- Posso dormir com você? - Nina perguntou fazendo beicinho.
- Não vai rolar, é melhor você ir, nos vemos amanhã - ela suspirou e foi para a porta a contragosto. Tirei a calça e apenas de cueca enfiei-me debaixo das cobertas e adormeci.
LUCIANA
Era uma bela manhã de sol do lado de fora da janela do meu quarto e quando desci, encontrei Diana, Júlia e Julian sentados no sofá.
- Papai está de cama - Diana comentou assim que coloquei meus pés no cômodo.
- Oh, ele está bem? - perguntei realmente preocupada.
- Sim, mamãe disse que está fazendo drama - deu de ombros - sabe, para que voltemos para casa, para que eu seja castigada e você se case com o noivo que a espera ansiosamente.
- Terá que esperar sentada se acha que irei voltar - comentei, pegando um pão de queijo em um prato e sentando-me no braço do sofá. Diana mordeu o lábio inferior e seu voltou seu olhar para todos os lados, menos para mim.
- Ai não, o que você fez, Di?
- Mamãe me preocupou e acabei confessando onde estamos - falou, abaixando sua cabeça - me desculpe, Lucy.
- Ai - reclamei e fechei os olhos - ela já deve estar a caminho daqui nesse momento. O que vamos fazer?
- O navio do meu pai está ai, não querem embarcar nele? - Julian deu a ideia, o fuzilei com meu olhar mortal e ele ergueu as mãos em rendição - foi apenas uma sugestão. Meu pai não está nele e está bem longe, então, eu realmente considerei a questão.
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ღ Perigosa Atração
RomanceLuciana Hamilton, filha do poderoso duque de Westwick, era a favorita do papai e por isso sempre foi mantida presa na enorme casa da família ou vigiada de perto por inúmeros guardas-costas, longe dos olhares famintos dos homenzarrões da cidade. Poré...