Capítulo 70

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O empurrei até que estivesse de costas na cama e um sorriso matreiro dançou em sua boca perfeita, seus braços flexionados atrás da cabeça, praticamente se oferecendo para mim. E eu o receberia de bom grado. Me inclinei sobre ele e beijei seu pescoço, seu peito, sua barriga cheia de gomos e alcancei o cós da sua cueca. Ergui a vista e Will já não estava sorrindo mais. 

Arranquei a peça de roupa que lhe sobrava e umedeci os lábios novamente, antes de envolve-lo em minha mão. Consegui ouvir um gemido baixo vindo dele e me mexi, subindo e descendo minha palma fechada sobre ele, adorando vê-lo daquela forma. 

- Lucy - sussurrou e sem mais delongas, inclinei-me para leva-lo em minha boca. 

Não posso dizer que sou uma especialista no assunto, aliás, não me lembro nem se já havia feito isso. Quando senti que ele ficava mais ofegante e maior...onde eu estava, suas mãos puxaram minha cabeça para cima e tudo aconteceu muito rápido para que eu conseguisse processar em tão pouco tempo. Primeiro, ele me colocou de costas na cama, seu corpo cobrindo o meu e sua boca estava no meu pescoço. Segundo, não sei que bendita mágica William havia conseguido fazer, mas logo a camiseta que eu vestia estava no chão. Terceiro, sua boca cobria um dos meus seios e eu fechei meus olhos, deleitando-me com aquela sensação tão conhecida e necessitada. 


- William - seu nome escapou dos meus lábios e minhas mãos foram para seus cabelos, puxando-o para mais perto de mim. 

- Eu quero provar cada pedacinho de você - ronronou e foi exatamente o que ele fez. Sua boca estava por toda parte, meus lábios, meu rosto, pescoço, seios e estremeci quando alcançou a minha barriga. Engoli com dificuldade quando ele me olhou, seus olhos queimando de luxúria, sua mão enroscou na minha calcinha e a tirou em um puxão.

- Desculpe por isso querida - falou e sorriu, beijando um pouco abaixo do meu umbigo - mas você destroça o meu controle e minha sanidade mental. 

E então, sua boca estava sobre mim, sua língua vasculhando meu sexo e cara, por que esse homem tinha que ser tão bom em tudo o que fazia? Meus dedos estavam novamente em seus fios áureos, minhas costas arqueadas para fora do colchão alternando com meus quadris, que subiam para encontra-lo ainda mais. Senti algo acontecer dentro de mim e senti que poderia morrer naquele momento, minhas pernas começaram a tremer compulsivamente e minha visão embaçou, pontinhos pretos em minhas vistas quando eu atingi um clímax delicioso. 


William parou de me torturar lá em baixo apenas quando eu me acalmei, subindo sua boca bem treinada pelo meu corpo, dando uma atenção especial para meus seios rijos, e alcançou minha orelha, tomando o lóbulo entre os dentes e sussurrou:

- Você é perfeita.

Esse homem conhecia todos os meus botões e sabia em quais mexer para que meu cérebro virasse geleia, perdendo até o caminho de casa. E ele sabia o que falar e quando falar. Tentei não pensar com quantas mulheres William esteve para aprender isso tão bem e voltei minha atenção para ele quando alcançou a calça jeans e tirou um preservativo do bolso traseiro. Ele o colocou rapidamente e eu esperei sua avançada, eu estava pronta para ele. Porém, ao contrário disso, ele se inclinou sobre mim e me beijou docemente nos lábios, envolvendo meu rosto em suas mãos calejadas. Enrosquei minhas pernas, insinuando o quanto eu o queria, e o puxei para mim. 

- Acalme-se, bebê - murmurou no meu ouvido, sua respiração fazendo com que cada pelo do meu corpo se arrepiasse - vamos com calma essa noite. Eu estou fazendo amor com você. 

- Repita isso - ronronei e envolvi meus braços ao seu redor.

 - Eu irei fazer amor com você a noite toda, Lucy - e com isso, senti seu membro abrir caminho para dentro de mim e não consegui segurar os sons que denunciavam o prazer que estava sentindo. 

- Oh, William - suspirei enquanto ele se movia, dando-me cada vez mais prazer. 

Arqueei meus quadris para encontra-lo e senti que eu estava alcançando minha libertação de novo, seguido de perto por ele, que soltou um rugido antes de se liberar. Ele desabou em cima de mim e eu continuei o envolvendo com minhas pernas e braços. Eu o amava. Amava tanto que chegava a doer. Cheguei a abrir a boca para empurrar essas palavras para fora, mas as segurei no último segundo, com medo de que ele saísse correndo. No momento, eu me contentei em tê-lo assim, bem perto de mim. 

O envolvi ainda mais e beijei seu ombro, seu pescoço e eu estava adorando aquela liberdade que ele estava me proporcionando. Ele se afastou, deitando na cama de costas e eu senti um frio no lugar em que ele havia estado anteriormente. Porém, não demorou muito ele me puxou para deitar em seu peito. William não estava brincando quando disse que aquilo iria durar a noite inteira, pois fizemos amor mais um bocado de vezes, em posições que eu nem sonhava em conhecer, e fomos dormir quando os primeiros raios solares apontavam pela janela.

Na minha cabeça, eu imaginei que quando o sol aparecesse William iria pegar suas roupas e suas palavras de afeto proferidas em vários momentos a noite, e sumiria porta a fora. Entretanto, eu acabei dormindo, aconchegada no corpo do homem dos meus sonhos. Mas o que aconteceria quando eu despertasse mais tarde? Eu não queria nem pensar nisso. Eu me despedaçaria se o perdesse novamente. 

Um pesadelo estranho, como se flashes passassem na minha mente, fez com que eu acordasse e me sentasse na minha cama, ofegante e suando. Olhei para o relógio digital sobre minha cômoda e marcava 11:30 a.m. Respirei fundo, tentando me acalmar de algo que eu nem me lembrava direito, eram apenas vultos que passavam na minha frente enquanto estava com os olhos fechados. 

Olhei no relógio novamente e me assustei por ainda estar dormindo. Estremeci quando a ideia de que tudo que eu havia passado foi apenas um sonho, que eu acabei vindo dormir por conta do temporal e o resto da noite foi apenas minha imaginação. Porém, quando olhei para o lado, me deparei com um corpo nu e perfeito, de belas feições, cílios longos e cabelos maravilhosos. O alívio que me inundou foi tão reconfortante que se eu suspirasse seria ouvido até em outros continentes. Alisei seus fios levemente, escovando-os para trás e me inclinei para beija-lo laconicamente nos lábios e tomando cuidado para não acorda-lo. 

Joguei minhas pernas para fora da cama, bocejando pelo sono que ainda embaçava minha visão, e tateei com os pés o chão à procura dos meus chinelos. Tomei um banho, fiz minhas necessidades, escovei os dentes e resolvi descer para arrumar algo para comermos; Will deveria estar faminto quando acordasse, assim como eu estava. Abri o armário, mordi o lábio inferior pensando no que faria e uma lasanha me pareceu uma boa pedida. Eu já mencionei como eu amava massas? Bem, é isso, eu sou uma viciada nisso. Estiquei-me nas pontas dos pés para alcançar as coisas e caminhei até a pia com os braços cheios, despejando tudo sobre ela.

- Mãos à obra - resmunguei, lavei as mãos e comecei a ajeitar as panelas no fogão. 

Era domingo e eu sempre dava esse dia de folga para todas as pessoas que trabalhavam aqui, então eu teria que me virar e achar tudo que eu precisasse. Já havia feito o molho branco e a carne estava quase pronta para preparar o molho vermelho, quando a campainha soou. Joguei o pano de prato sobre o ombro, como se eu fosse uma cozinheira inata, e caminhei até a porta, estranhando que ninguém houvesse me avisado que me visitaria. 

Provavelmente era Diana e eu teria que segura-la aqui em baixo de qualquer jeito e torcer para que Will não descesse. Girei a maçaneta e do outro lado, estava parado um rapaz, arriscava dizer que beirava os vinte anos, cabelos e olhos escuros, a pele morena, um tipo incomum por aqui. 

- Sim? - questionei, minhas mãos indo para minha cintura e a cabeça tombando, imaginando se eu o conhecia. 

- Lucy? - perguntou e parecia estar nervoso. E como se estivéssemos conectados e passasse por osmose, eu comecei a ficar nervosa também. 

- Sim - mal havia pronunciado a palavra, ele passou por mim com uma rapidez de um gato e pressionou um pano com cheiro forte no meu nariz. Não demorou para que a escuridão tomasse conta de mim.

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