- Boa noite - murmurei e quando já estava me afastando, William segurou-me o braço e quando me voltei para olha-lo, seus olhos azuis estavam abertos e vivos.
- Fique comigo - ele pediu.
- Eu não posso - sussurrei e mordi o lábio inferior.
- Por favor - implorou e começou a puxar-me lentamente, meus pés guiando-se com vida própria. Logo eu estava ali, deitada ao seu lado, virados um para o outro, nos encarando. William esticou a mão e tocou meu rosto, fechei meus olhos e apenas o senti.
- Lucy - ele murmurou e pude sentir sua respiração cada vez mais perto, então seus lábios estavam sobre os meus, suaves como plumas. Me afastei e abri os olhos para encontra-lo me fitando.
- Bebeu demais, deveria dormir - sussurrei, engolindo em seco. Para minha surpresa ele sorriu abertamente e colocou uma mecha solta do meu cabelo atrás da orelha.
- Eu passei a noite inteira com uma única garrafa de cerveja.
- Mas eu o vi indo e vindo do bar, várias vezes - acusei.
- Então estava de olho em mim? - ele perguntou, sua mão serpenteando pela minha cintura. Não consegui responder. Droga, que gafe - enfim, eu ia e voltava com a mesma garrafa na mão. Não estou bêbado, apenas fingi estar, sei exatamente o que faço.
- Por que deixou que eu o trouxesse? - perguntei, indignada.
- Isso não é difícil de adivinhar - William deitou de costas, sua outra mão veio para meu pescoço e então puxou-me para um beijo. Mas dessa vez era ávido, cheio de saudade, sua língua implorava pela atenção da minha, mas eu permanecia imóvel, minhas mãos deixada aos flancos e não correspondi ao beijo.
- Não, William - pulei da cama e ele sentou-se - eu não vou passar por isso de novo. Vou-me embora.
Me virei para a porta e antes que eu chegasse perto para abri-la, William já estava em pé, segurando-me pela mão. Me virei e ali estava ele, com toda sua altura e presença, o sonho de cada mulher desse cidade e arrisco dizer das moças em geral e de alguns homens.
- Por que me desdenha? - perguntou em um fio de voz. Não era óbvio?
- Não irei ficar ai deitada novamente como um trapo velho - soltei-me de seu aperto - e por que se importa? Já conseguiu o que queria - ele engoliu em seco e eu suspirei em desânimo. - deixe-me ir.
- Não posso, não de novo. Me dê uma chance, Lucy, eu prometo que quando acordar, estarei ao seu lado - eu sabia que ele nunca havia feito isso antes e como estava sendo difícil agora. Mas ele prometeu e talvez eu devesse arriscar. Eu o queria e me mataria se ele fosse atrás de uma outra mulher.
- Fica comigo, Lucy - sua voz era baixa e suave, quebrando todas as minhas resistências.
Me aproximei lentamente, estiquei meu braço e fiz o que eu queria fazer a noite inteira, toquei sua pele exposta. Deslizei os dedos em seu peito nu, desci para sua barriga e fui o empurrando para trás até que ele sentou-se na cama. William estava ficando com a respiração pesada e esticou os braços para me pegar, mas afastei.
- Não - soltei e sorri maliciosamente - não pode me tocar até que eu permita.
Ele grunhiu, me afastei ainda mais e tirei o enfeite da minha cabeça, jogando em cima dele.
- Oh, merda - ele sussurrou e regozijei-me por dentro com seu inicio de desespero. Ele sabia o que eu estava fazendo.
- Lembre-se, não pode me tocar - relembrei - e fará o que eu mandar. Começando a tirar minhas sandálias - estiquei uma perna para seu colo e ele fez exatamente o que eu disse.
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ღ Perigosa Atração
RomantizmLuciana Hamilton, filha do poderoso duque de Westwick, era a favorita do papai e por isso sempre foi mantida presa na enorme casa da família ou vigiada de perto por inúmeros guardas-costas, longe dos olhares famintos dos homenzarrões da cidade. Poré...