Capítulo 50

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- Claro - falei e tomei sua mão. Deitei-me, aconchegando-me ao seu corpo, passei um braço ao seu redor e seu aroma tomou conta dos meus sentidos, meu rosto enterrado na curva do seu pescoço e, sem conseguir evitar, dei-lhe beijos castos nos ombros.

- Deveria fazer o mesmo - ela ronronou, seu corpo vindo para trás para se encaixar melhor no meu.

- Fazer o quê? - perguntei, um pouco inebriado com a sensação de seu traseiro em meu sexo e, Senhor, como eu a desejava. Lucy soltou um risinho baixo.

- Dormir um pouco, chamarei se precisar - ela falou, virou-se para mim com um pouco de dificuldade pela cama pequena, olhou-me com seus olhos estreitos pelo sono - você está horrível - ela comentou e eu sorri.

- Obrigado pelo elogio - resmunguei.

- Durma um pouco, tudo bem? - estávamos bem próximos um do outro, Lucy fechou o resto de distância entre nós e selou seus lábios nos meus rapidamente, se virou novamente, pegou minha mão que estava em sua barriga e entrelaçou seus dedos nos meus. Então, eu finalmente me permiti descansar um pouco.

LUCIANA

Abri os olhos em algum momento e o quarto estava um breu, pisquei algumas vezes e depois de alguns minutos meus olhos se acostumaram com a escuridão. Minha mente estava uma bagunça e eu não me lembrava de tudo o que havia acontecido no dia anterior, apenas alguns flashes. A primeira coisa que surgiu na minha linha de visão foi uma cadeira giratória , parecia-me que era de couro, e estava vazia; depois de um momento acordada e um silêncio absoluto no lugar, senti uma respiração regular no meu pescoço e um peso ao redor da minha cintura.

Eu já estava me sentindo quase renovada e virar-me não foi um trabalho árduo, dando de cara com um anjo dormindo ao meu lado. William era uma coisa linda acordado, entretanto, em seu sono, era pecaminosamente belo, parecia sereno, vulnerável e nem imaginava que estava sendo observado. Oh céus, eu realmente havia pedido para ele deitar comigo? Pensei que fosse apenas um sonho. E eu o havia beijado. Bendito seja, eu realmente havia beijado William Drake. Tudo bem que não foi um beijo que se diz: Oh, como foi um beijo de verdade... mas nossos lábios havia tocado um no outro e era o suficiente para que quase causasse uma combustão espontânea em mim.

E mesmo assim, mordi o lábio inferior quando não consegui mais me conter, estiquei a mão e escovei seus cabelos dourados para trás com meus dedos um par de vezes, os desci suavemente sobre seu rosto, seus lábios bem delineados e permiti que descesse por seu pescoço e... merda, o que diabos ele estava fazendo dormindo de camisa? E o que havia de errado comigo? Eu estava aproveitando-me de um homem inconsciente, pelo amor de Deus. Eu não gostaria que alguém ficasse me alisando enquanto eu estou dormindo, totalmente ignorante sobre esse fato. Não obstante, em minha defesa, ele parecia mais gato do que o normal.

Após vários exercícios mentais e puxando minha mão com a dificuldade que eu teria para arrastar um tanque de guerra, me virei, voltei a entrelaçar nossos dedos e fechei os olhos, não demorando para cair em um sono profundo. Quando acordei novamente, eu estava sozinha, pelo menos na cama. Gemi pela decepção e quando minhas pálpebras subiram dei de cara com um senhor de idade sentado na cadeira ao meu lado.

- Jesus, homem, quer me matar de susto? - perguntei, colocando uma mão sobre meu peito - é um ato horrível ficar vigiando as pessoas em seu sono - falei e senti minhas bochechas ficarem vermelhas, eu estava repreendendo o homem após fazer a mesma coisa algumas horas antes.

Steven soltou uma risada, suave e idoso, sabe, aquela que é pausada como se estivessem puxando ar.

- Desculpa, menina, não quis acorda-la, então estava esperando - falou, posicionando suas costas no encosto e cruzando os braços sobre o tórax.

ღ Perigosa AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora