Chegamos a um restaurante italiano, um dos meus preferidos. Eu era uma fã de massas e aquele lugar fazia as melhores que eu já havia provado. Nos sentamos em uma mesa do canto e eu não conseguia acreditar que estava ali, almoçando, com William Drake. Não demorou para uma senhora, com cara de que matou uns cinco lá dentro, vir nos atender.
- Já sabem o que vão querer? - perguntou com uma carranca tenebrosa.
- Quero um penne doppia rigatura ao molho branco e vermelho - respondi olhando o cardápio. Ouvi William pedir uma lasanha a bolonhesa e mais alguma coisa que não entendi.
- E para beber? - ela perguntou, sua voz arrastada de tanto desânimo.
- Um vinho rosé - ele respondeu e abriu um largo sorriso que fez minhas pernas bambearem, agradeci por estar sentada. A mulher revirou os olhos e saiu.
- Você não faz o tipo dela - ri da situação.
- Azar o dela - ele disse, encostando-se nas costas da cadeira - eu estava prestes a convida-la para sair comigo. Soltei uma gargalhada, mas tive que me segurar após atrair alguns olhares para mim.
- Isso foi cruel - murmurei. Nosso almoço logo chegou e notei o quanto estava faminta. Estava tudo muito delicioso e eu comia devagar, apreciando, degustando bem a comida.
- Eu amo a comida daqui - murmurei assim que terminamos. Antes que mais alguma palavra fosse proferida, a senhora com cara de mal amada parou em nossa mesa.
- Vão querer mais alguma coisa? - sua voz era arrastada, como se ela tivesse preguiça até mesmo de abrir a boca.
- Ainda estou em dúvida - William inclinou-se sobre o cardápio e franziu o cenho como se estivesse pensativo - o que acha, meu bem? - o apelido carinhoso fez meu coração tombar dentro do meu peito.
- Estou confusa - consegui falar e passei os olhos pelo meu próprio cardápio - estava pensando em pedir uma sobremesa, amor - eu não sabia se pulava de felicidade ou me afundava de desgosto por poder chama-lo assim.
- Talvez esse pudim de leite condensado com calda? - ele sugeriu e eu torci os lábios, avaliando.
- Ou talvez essa de morango - apontei e com um olhar de esguelha, notei que a mulher apoiava o peso de tempo em tempo em um pé e torcia o nariz em impaciência. E William estava fazendo aquilo apenas para implica-la.
- Acho que irá gostar mais dessa torta de chocolate - apontou no cardápio - sabe que você é louca por chocolate.
- Own, você sabe disso - afirmei - mas não sou tão louca como eu sou por você - e mandei um beijo para ele no ar. E eu não estava brincando quando eu disse aquilo, William era melhor do que o mais doce chocolate. Ele sorriu de lado, um sorriso tentador e sexy, e eu queria voar no pescoço dele, agarra-lo e nunca mais solta-lo.
- Então vai ser isso - Will falou e sorriu para a mulher - duas tortas de chocolate.
A mulher, visivelmente irritada, virou de costas e foi fazer nosso pedido. William riu e flexionou os braços, colocando-os atrás da cabeça, mostrando os músculos firmes dos seus tríceps.
- Não consegui evitar - ele disse - apenas a expressão dela estava me irritando.
- Talvez ela seja apenas mal amada - nós rimos. Nossa sobremesa chegou e comemos calados, apreciando o silêncio que pairava no ambiente se os murmurinhos fossem ignorados.
Quando terminamos, Will insistiu em pagar a conta e me ignorou enquanto eu tentava protestar pois acreditava na igualdade entre os sexos, não queria ninguém pagando nada para mim. Depois ele me deixou na casa da minha mãe para que eu pegasse os meninos e preferiu esperar do lado de fora, dentro do carro.
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ღ Perigosa Atração
RomanceLuciana Hamilton, filha do poderoso duque de Westwick, era a favorita do papai e por isso sempre foi mantida presa na enorme casa da família ou vigiada de perto por inúmeros guardas-costas, longe dos olhares famintos dos homenzarrões da cidade. Poré...